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Roteiro de 4 Dias em Gonçalves e Monte Verde/MG

Roteiro de 4 Dias em Gonçalves e Monte Verde/MG

Viagem em 26 de dezembro de 2021
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Olá exploradores!

Aproveitamos o recesso de final de ano para uma rápida viagem pela região próxima da nossa cidade (Itapira-SP). Optamos por conhecer as belas formações rochosas de Gonçalves/MG e também visitar a cidade de Monte Verde/MG, que fica toda enfeitada com decorações natalinas durante as últimas semanas do ano.

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Dia 1: Pico do Machadão > Pedra do Cruzeiro > Gonçalves > Cachoeira do Cruzeiro

Atrações e Cidades Próximas de Gonçalves, MG: Paraisópolis e São Bento do Sapucaí

Saímos cedo de Itapira, com uma rápida passagem por Pouso Alegre, e, após cerca de 200 km, chegamos no primeiro destino de nosso roteiro, o Pico do Machadão.

Pico do Machadão

Trata-se de uma elevação rochosa situada ao sul da área urbana de Paraisópolis. Ao final da estrada indicada pelo Google Maps, entramos pelo portão da direita – pois a entrada principal estava interditada devido a enchentes-, e subimos até o pico tranquilamente com o carro (um HB20 1.0).

A vista é muito bonita e algumas pessoas estavam se preparando para saltar de parapente. Descendo a pé mais um pouco pela direita havia também uma casa abandonada com uma varanda privilegiada. É um passeio rápido – ficamos menos de 20 minutos no local -, mas se estiver passando por perto, a subida vale a pena!

Pico do Machadão

Pedra do Cruzeiro

Seguimos pela estrada de terra sentido Bairro Atrás da Pedra para nosso próximo destino, a Pedra do Cruzeiro. Após cerca de 35 minutos, é fácil identificar o belo maciço rochoso que emerge isolado no vale. Rodeamos a pedra e estacionamos o carro em uma rua tranquila, próximo de uma igrejinha, para iniciar a trilha.

Saindo do Pico do Machadão, a caminho da Pedra do Cruzeiro

Após atravessar algumas porteiras começa a subida, que apesar de muito íngreme, é curta (pouco menos de 1 km), e acompanhada de pequenas capelinhas que representam as Estações da Via Sacra até o topo. Em cerca de 30 minutos já estávamos no topo da pedra: além do belo visual de quase 360º, no local há uma capela maior e uma cruz. Recomendamos que leve água e protetor solar, pois a trilha é aberta.

Pedra do Cruzeiro

Mirante do Cruzeiro em São Bento do Sapucaí

Retornamos para o carro e, antes de ir para o camping em Gonçalves, descemos pela MG-173 em direção a São Bento do Sapucaí, onde fica a famosa Pedra do Baú. Infelizmente não pudemos visitá-la dessa vez – fomos apenas conhecer o Mirante do Cruzeiro.

Após uma subida extremamente íngreme, chegamos de carro até o mirante: um grande mosaico da rosa dos ventos no chão e uma vista bonita para a pequena cidade. Esse desvio de Gonçalves levou cerca de 1 hora, então acreditamos que faz mais sentido visitar o local quando for para a Pedra do Baú.

Mirante do Cruzeiro

Mapa de Gonçalves, MG e Serra da Mantiqueira

Mapa roteiro Serra da Mantiqueira e Vale do Paraiba
Confira o mapa das cidades próximas de Gonçalves, MG, na Serra da Mantiqueira e Vale do Paraíba

Onde fica Gonçalves, MG

Gonçalves está localizada na Serra da Mantiqueira, no extremo sul de Minas Gerais, a uma altitude de 1350 metros. A viagem de carro de São Paulo até Gonçalves dura cerca de 3 horas e 15 minutos, cobrindo uma distância de 221 km. Campos do Jordão está localizado a 53 km de Gonçalves e Monte Verde, também em Minas Gerais e a próxima cidade que visitamos, está a 59 km de distância.

Camping Recanto da Paz, em Gonçalves

Fomos para Gonçalves diretamente para o camping Recanto da Paz, pois, por ser domingo, a maioria dos estabelecimentos da cidade estava fechada.

Nossa reserva foi feita pelo WhatsApp, com metade do valor sendo acertado antes. A comunicação foi um pouco difícil e não fomos atendidos chegando no local – havia outros dois grupos com motorhome na mesma situação. No entanto, mesmo a dona não estando lá, entendemos que podíamos entrar normalmente.

O lugar é lindo e bem tranquilo, fazendo jus ao nome. Há uma cozinha compartilhada com geladeira, mesas e fogão, e o banheiro era limpo e tinha água quente.

Camping Recanto da Paz

Cachoeira do Cruzeiro

Armamos a barraca e, no fim da tarde, aproveitamos para conhecer a Cachoeira do Cruzeiro, bem próxima ao camping (menos de 10 minutos). Estacionamos no canto da estrada, ao lado de uma cerca, e entramos na trilha por um pequeno vão nessa mesma cerca.

Descemos o barranco e exploramos os caminhos, que estavam confusos, cheios de bifurcação e não muito bem demarcados, mas chegamos até a parte alta da cachoeira, ao lado do rio. Um casal na nossa frente se perdeu e abandonou a jornada, então quem não estiver acostumado a fazer trilhas pode sentir um pouco de dificuldade em se localizar.

Cachoeira do Cruzeiro

Dia 2: Gonçalves > Pedra Chanfrada > Pedra do Forno > Pedra de São Domingos > Monte Verde

O que fazer em Gonçalves, MG: principais pontos turísticos

Como nossa passagem pela cidade foi muito rápida, não foi possível conhecer todas as principais atrações da cidade. De qualquer maneira, pudemos visitar alguns locais incríveis.

No dia seguinte, acordamos às 07h, preparamos um café e deixamos o agradável camping, rumo à Pedra Chanfrada, em um dia que se mostraria cheio de emoções (leia-se: perrengues).

Pedra Chanfrada

Por volta das 08h, deixamos o carro gratuitamente no estacionamento do restaurante “Ao Pé da Pedra” – conhecido por servir uma deliciosa comida mineira -, e começamos a trilha, (muito bem) acompanhados por dois doguinhos do restaurante.

Saindo do Camping Recanto da paz, a caminho da Pedra Chanfrada

O caminho foi tranquilo de se seguir e com várias placas indicando a direção, e a subida intensa, extremamente íngreme, beira alguns trechos perigosos e requer atenção. Apesar disso, em cerca de 40 minutos já havíamos percorrido os 1,5 km e estávamos no topo da pedra, ainda escoltados pelos nossos guias caninos.

Além de um visual muito bonito (cuidado com o penhasco!), sendo possível enxergar frontalmente a Pedra do Forno (nossa próxima parada), nos deparamos também com uma cruz de madeira e um belo bosque de pinheiros. Tiramos algumas fotos e já estávamos prontos para retornar, quando percebemos que o cachorro menor (aparentemente filhote) havia sumido há alguns minutos.

Como estávamos sozinhos no local, achamos melhor procurar pelo cão ausente, e começamos a explorar o bosque, descendo cerca de 500 metros floresta adentro e tentando chamá-lo. Após cerca de 30 minutos, o tempo parecia instável e infelizmente não conseguimos localizá-lo, então achamos melhor descer e avisar os proprietários do restaurante.

Pedra Chanfrada

Mirante Carola Fernandes

Descemos angustiados com o sumiço e, em cerca de 30 minutos já estávamos chegando no fim da trilha, preparados para notificá-los do desaparecimento. Subitamente, para nosso alívio, o filhote travesso passou pulando pelo nosso lado, como se nada tivesse acontecido. Fica a lição: por mais legal que seja a presença dos pequenos animais, é melhor sempre perguntar para os donos antes se os cachorros costumam fazer a trilha, ou simplesmente tocá-los no começo para que eles não sigam.

De volta para o carro, logo na saída da propriedade paramos para ver o mirante Carola Fernandes, um charmoso deck com vista privilegiada para a Pedra do Forno – e para lá fomos nós.

Mirante Carola Fernandes

Pedra do Forno e Restaurante Zé Ovídio

Estacionamos no restaurante Zé Ovídio, a cerca de 12 km do centro de Gonçalves; pagamos a taxa de manutenção de R$ 5 (por pessoa) e logo começamos a subida até um dos pontos mais conhecidos de Gonçalves.

A trilha é mais extensa que a anterior, porém menos intensa – levamos por volta de 1 hora para percorrer aproximadamente 1.5 km. Não foi tão difícil se localizar, mas para quem tem um pouco de dificuldade nessa questão, recomendo usar o aplicativo WikiLoc, no qual é possível pesquisar pelas trilhas e colocar os trajetos em seu mapa, facilitando muito a navegação.

No final da trilha tem um trecho um pouco mais técnico, onde é preciso escalar a pedra usando uma “escadinha” de grampos e, em seguida, alguns segmentos de “escalaminhada”, que terminam em uma pequena passagem até o outro lado da pedra – o topo da Pedra do Forno, onde está situada a capela que é mantida pela Dona Glória, proprietária do restaurante, e uma formosa paisagem da Mantiqueira, ao norte.

Pedra do Forno

Também é possível ver a ponta da Pedra de São Domingos, a Pedra Bonita, e, de alguns lugares específicos, a Pedra Chanfrada, onde estávamos pouco tempo antes e agora nos parecia “baixinha”. Já a vista da paisagem ao lado da capela é bloqueada pelas árvores, e as nuvens começaram a tomar conta do local. 

Descemos rapidamente, em cerca de 40 minutos, e começou uma forte chuva quando estávamos já próximos do restaurante. Várias pessoas que encontramos começando a subida quando estávamos chegando resolveram voltar, o que é uma escolha sábia para situações de chuva/tempestade em montanhas e/ou terrenos elevados expostos.

O almoço à vontade custava R$ 40 por pessoa, mas preferimos dividir uma porção de bolinho de arroz (R$ 20) e uma Coca-Cola (R$ 5), enquanto esperávamos a chuva dar uma trégua – o bolinho parecia requentado, então talvez houvessem opções mais interessantes. 

Pedra do Chanfrada vista de cima da Pedra do Forno / Restaurante Zé Ovídio

Visita cancelada à Pedra do Jair e caça aos Totens de Pedra

Nosso próximo destino era a Pedra do Jair, mas abortamos a missão por conta do mau tempo – o final de ano foi extremamente chuvoso na região e as estradas de terra estavam precárias para nosso veículo.

Por conta disso, fomos direto da Pedra do Forno para os “Totens de Pedra”, os quais não encontramos muitas informações na internet, e nesse momento cometemos o erro crasso: o Google Maps nos jogou em um “atalho” via estrada de terra para Monte Verde que bifurcava em nada menos que uma estrada para carros 4×4 (claro que só fomos descobrir isso depois) – nesse momento deveríamos ter voltado até Gonçalves e continuado o caminho pelo asfalto. A tempestade ainda estava rolando…

Estrada de terra saindo da Pedra do Forno, a caminho da Pedra de São Domingos

Com nosso valente HB20 1.0, entramos na estrada e, quando percebemos o erro, era tarde demais. Depois de mais de uma hora de sufoco com quase-atoladas, pedras judiando a parte de baixo do carro e descidas por barrancos lamacentos praticamente sem freio e sem controle do volante, chegamos em um bairro “habitado” (pois até então não tínhamos visto nenhum veículo ou pessoa, ou seja, atolar ali seria nosso fim). Todas as pessoas que perguntaram de onde viemos ficaram surpresas que conseguimos chegar (quase) inteiros 🥲️

Pedra de São Domingos

Como o carro já havia sido abusado, passamos reto na bifurcação para os totens e fomos ver o sol se pôr na Pedra de São Domingos, que não estava em nossos planos, mas decidimos ir pois passaríamos pela bifurcação e também como recompensa pela recente vitória (traumática). O trecho de estrada até a subida é quase todo asfaltado, mas é absurdamente íngreme, fazendo o motor sofrer e levando-o quase ao seu limite. Para ajudar, em um momento o carro entrou lateralmente em um trecho estreito afastado e escorregou para fora da estrada – conseguimos sair de ré, mas por muito pouco o carro não ficou preso em um buraco.

Chegando no topo, a chuva já havia parado, mas uma outra tempestade já estava se aproximando e estávamos em um dos pontos mais altos da região; para “ajudar”, também há uma torre que parece adorar receber alguns raios de vez em quando e não há grades de proteção em grande parte do local – muito cuidado com isso também. A subida é rápida, levamos uns 5 minutos para terminar o “escadão”.

Saímos de lá muito rapidamente pois já havíamos abusado demais da sorte nesse dia.

Pico da Raposa e Cambuí

Planejávamos passar também pelo Pico da Raposa, mas já estava chovendo novamente quando passamos por lá, e o sol poente estava ocultado pelas nuvens. Então, tocamos para nosso camping em Monte Verde/MG, com uma rápida parada para abastecer o carro e também nossos suprimentos, no supermercado Unissul em Cambuí.

Pedra de São Domingos

Por volta das 18:30, finalmente chegamos no Camping Monte Verde. Sobrevivemos!

Onde fica e como ir para Monte Verde, uma boa alternativa a Campos do Jordão

Monte Verde está localizada a cerca de 165 km de São Paulo e leva cerca de 2 horas e meia para chegar de carro. Basta seguir pela Fernão Dias (BR-381), e viajar cerca de 122 km (passando por dois pedágios). A saída 918 indica o caminho para Camanducaia – MG, e, chegando lá, basta seguir as placas rumo ao distrito de Monte Verde, onde você chegará depois de atravessar uma estrada com belas paisagens de cerca de 30 km. Recomendamos sempre usar o Google Maps para evitar transtornos.

Não há ônibus direto de São Paulo até Monte Verde. No entanto, pode-se ir de ônibus até Camanducaia e pegar outro de Camanducaia até Monte Verde.

Monte Verde é cidade?

Uma curiosidade do nosso próximo destino é que Monte Verde não é exatamente uma cidade, e sim um distrito afastado da cidade de Camanducaia – MG, estando a cerca de 30 km de distância. É uma estrada muito linda e sinuosa que pode ser percorrida com cuiidado em cerca de 40 minutos.

E isso, no fim das contas, não faz tanta diferença, pois o distrito se parece muito com uma pequena cidade e é comumente confundida como uma de qualquer maneira.

Dia 3: Monte Verde > Centro > Pinheiro Velho > Aeroporto > Cascata da Siriema

Passeio de 4x4 por Monte Verde

Encontramos no Civitatis um tour de 4×4 por Monte Verde com várias avaliações positivas. Nós não fizemos este passeio pois, como dissemos, estávamos de carro (era um HB20, e não um 4×4, mas tudo bem 😅️). O tour inclui degustação de cachaça, doces, queijos e chocolate. Comprando pelo botão abaixo, você também estará apoiando nosso blog! Se não estiver aparecendo nada, por favor, avise-nos no comentário.

Acampando no Camping Monte Verde: opção de hospedagem barata

O Camping Monte Verde é, até onde sabemos, o único camping da região e fica a cerca de 10 minutos do centro de Monte Verde. O fato de não estar localizado mais próximo da parte urbana é um ponto negativo, mas, pelo lado positivo, deixa o lugar ainda mais sossegado.

A maioria das pessoas busca por pousadas e hotéis em Monte Verde – e com razão, pois são muitas excelentes opções e o distrito já é romântico por si só. Entretanto, para quem deseja uma alternativa mais econômica apenas para explorar a região, é uma excelente opção.

Acordamos cedo e tomamos café no camping – simples e suficiente. Saindo de lá pelo trecho curto de estrada de terra, rumamos para a cidade, onde chegamos após cerca de 10 minutos. Logo na entrada, paramos na MOVE para pegar um mapa e algumas informações turísticas. Deixamos o carro ali em frente e aproveitamos para tirar algumas fotos do canteiro no meio da rua, que estava lindo com enfeites de Natal, e também do letreiro “Eu ❤️ Monte Verde”.

Camping Monte Verde / centro

O que fazer em Monte Verde: explorando o Centro e o aeroporto abandonado

Trilha do Pinheiro Velho

Nosso primeiro passeio foi na Trilha do Pinheiro Velho – um caminho bonito rodeado de natureza. Estacionamos em uma rua paralela à Av. Monte Verde bem ao lado da entrada do percurso (local tranquilo e não pagamos para deixar o carro lá), e levamos cerca de 10 minutos até chegar no Pinheiro enorme que dá o nome à trilha (aproximadamente 0,5 km). É um trajeto tranquilo e curto, e uma das entradas fica localizada na avenida principal, ao lado do centro da cidade; por conta dessa localização e facilidade, estava muito movimentada. A trilha tem algumas ramificações e pode ser adentrada pela Av. Monte Verde (1), Alameda Pinheiral (2), Rua do Aeroporto (3 e 4) ou Av. Sol Nascente (5).

Trilha do Pinheiro Velho

Avenida Monte Verde, Shopping Celeiro e centrinho

Exploramos um pouco e voltamos para o centro da cidade. Andamos por toda a Avenida Monte Verde, a principal da cidade – do arco da entrada até o IceBar. Estava tudo muito lindo, enfeitado e florido. Conhecemos muitas lojinhas de queijo, vinho e chocolate, mas os estabelecimentos são em maioria restaurantes, então passamos reto sem levar muito tempo (quem viaja economizando sabe como é hehe). Tem algumas lojas legais de lembrancinhas também. Vimos muitas indicações para conhecer locais como a Fábrica de Chocolates Gressoney – possuem grande variedade de deliciosas e famosas sobremesas, cafés, entre outros -, mas fomos apenas visitar brevemente.

O que mais gostamos do centro foi o Shopping Celeiro, muito bonito para fotos, com lojinhas legais, algumas opções de comida rápida e, no fim, um espaço arborizado com muitos esquilinhos.

Centro de Monte Verde

Aeroporto de Monte Verde

Do centro fomos para o aeroporto, onde estacionamos o carro em frente à uma parede coberta por uma pintura de asas grandes. O Aeroporto de Monte Verde é considerado o de maior altitude do Brasil, mas está fechado desde 2015. A entrada é proibida e, com dificuldades, conseguimos ver muito pouco da pista, por trás da cerca de arame. Atravessando a rua em frente ao aeroporto tem uma vista bonita, quase como um mirante, da cidade e suas pedras, além de algumas araucárias ao lado, que formam um cenário bem legal para fotos.

Aproveitando Monte Verde com chuva

Passamos no Orquidário mas infelizmente estava fechado para recesso de natal. Começou a chover fortemente e fomos para a Unger’s Pottery House, uma galeria de artesanato sofisticado, com peças de cerâmica e outros materiais. Obras de vários artistas estão em exposição e à venda – claro, a preços exorbitantes -, sendo elas muito caprichadas e curiosas. Também há um belo e muito bem cuidado jardim na frente, que é percorrido para chegar até o salão principal. Não se paga nada para entrar.

Orquidário e Unger’s Pottery House

As obras estão em uma parte interna, então é uma atração legal até mesmo se estiver chovendo (apesar de não dar para aproveitar tanto o jardim). De qualquer maneira, além dessa galeria de artesanato, Monte Verde pode ser aproveitada mesmo com chuva em outros passeios em ambientes fechados, como tours na Cervejaria Fritz, patinar no gelo ou curtir os inúmeros restaurantes, bares e lojas.

Voltamos novamente para o aeroporto, pois lá havia um mirante em um deck que o Pietro conhecia (ele visitou a cidade várias vezes quando criança). Aparentemente, o deck, que fazia parte do aeroporto, foi comprado e reformado por um restaurante luxuoso. Entramos (atrevidos, mas destemidos dos mal olhares dos frequentadores) para confirmar e ver a paisagem lá de dentro, onde, por ser mais alto, havia uma janela formando um quadro natural das grandes pedras.

Aeroporto / Unger's Pottery House

Cascata da Siriema, a cachoeira escondida de Monte Verde

Com o fim da tarde se aproximando, fomos para a Cascata da Siriema, localizada em uma parte um pouco mais alta da cidade. Curiosamente, foi difícil encontrar informações sobre essa cachoeirinha e estávamos sem expectativas, mas ela acabou se mostrando uma surpresa agradável.

Estacionamos na curva entre a Rua da Cascatinha e Rua Europa, e subimos pela Tv. da Cascatinha, uma rua de terra em más condições. Em menos de 5 minutos, já nos aproximávamos de um caminho interessante com alguns bancos de pedra que dividiam o espaço com plantas e musgos. Essa entrada discreta/escondida nos levou até a pequena queda d’água, uma graça. O chão é de pedra e estava todo molhado e escorregadio, então muito cuidado. Também era possível continuar explorando o local, chegando em um portão que acreditamos possivelmente ser dos fundos do Parque Oschin – não seguimos adiante pois é propriedade particular.

Cascata da Siriema

Bosque Instagramável de Monte Verde

Por fim, terminamos o dia em um lugar que encontramos explorando o Google Maps, o “Bosque Instagramável de Monte Verde”. Uma bela pracinha muito florida e com alguns bancos, em frente a um casarão intrigante onde há uma placa provocativa “Pra que Mais” e uma icônica estátua de um gorila. Além disso, caminhando mais um pouco atravessamos uma pequena ponte e chegamos no “Gato de Botas” – apenas uma rua com casinhas no estilo europeu e grama, bastante grama. Subimos a Rua Uirapurus, extremamente íngreme mas que nos recompensou com uma linda vista para o Pico do Selado.

Bosque Instagramável / Gato de Botas

BBQ Road: apreciando lanches deliciosos no pequeno vilarejo

Voltamos para o camping ao anoitecer apenas para tomar banho e já rumamos de volta para a cidade. Nossa experiência gastronômica nas viagens costuma ser procurar e comer “o lanche mais gostoso do local”. Sempre ficamos em dúvida, e dessa vez optamos por conhecer o BBQ Road: um pouco longe do centro, mas definitivamente valeu à pena. Escolhemos o lanche de cerca de R$ 32, podendo montá-lo à seu bel-prazer, e há também um combo de R$ 40. Eles também têm delivery.

Monte Verde iluminada pelo Natal na Montanha

Termômetro Oficial de Monte Verde e Galeria Suíça

Buchinho cheio, fomos de volta ao centro, agora ainda mais movimentado do que durante o dia, para percorrer o mesmo caminho que fizemos à tarde. A decoração noturna da cidade era de tirar o fôlego: ruas inteiras adornadas com pisca-piscas de Natal e estabelecimentos disputando uns com os outros a colocação de mais bem enfeitada e irradiante. Para nós, o lugar mais bonito era a região do lago, onde fica o famoso “Termômetro Oficial de Monte Verde” e ao lado da “Galeria Suíça”.

Centro de Monte Verde à noite

Dia 4: Monte Verde > Pico do Platô > Chapéu do Bispo > Pico do Selado > Mirante Miguel Juliano > Itapira

As paisagens naturais de Monte Verde

Um dos nossos receios em ir para Monte Verde eram as restrições para as trilhas, instituídas para tentar reprimir o contágio. Havíamos lidos em várias páginas oficiais que as principais estavam fechadas, ou só poderiam ser feitas com guias locais que cobravam a partir de R$ 150 por casal. 

Nossa visita à MV já estava sendo adiada há mais de 2 anos, e, quando finalmente decidimos ir, não faria sentido ao menos tentar subir nas pedras. No dia anterior, lemos alguns relatos recentes no TripAdvisor, buscamos mais informações pela cidade e conselhos de quem conseguiu ir recentemente. Como o Pietro já havia completado várias vezes essas trilhas quando criança, resolvemos fazê-las por conta, visto que supostamente eram de dificuldade fácil/média e sempre foram gratuitas.

Trilhas de Monte Verde: Pico do Platô, Chapéu do Bispo e Pico do Selado

Partimos logo pela manhã, com a ideia de fazer todas as cinco trilhas no mesmo dia: Platô, Chapéu do Bispo, Pico do Selado, Pedra Redonda e Pedra Partida. Acabamos fazendo apenas as três primeiras: descobrimos que estava sendo cobrado o valor de R$ 36 por pessoa para poder entrar e fazer a trilha da Pedra Redonda (por onde é possível ir até a Pedra Partida), então deixamos essas duas pedras para uma próxima e rumamos para o Platô.

Café Platô e subida na Trilha do Platô

Estacionamos o carro numa rua ao lado do Café Platô, a cerca de 2 km do centro e, seguindo a rua adiante, após aproximadamente 130 metros, começamos a subida em uma entrada à direita, próxima de uma caixa d’água (ou algo parecido) – tudo tranquilo, sem controle ou cobranças.

Dica importante: assinamos o aplicativo Wikiloc, que custou cerca de R$ 42 pela anualidade, e, como fazemos muitas trilhas, vai ser bastante utilizado (é possível também testá-lo gratuitamente por 14 dias). A versão gratuita já é muito boa e útil, mas com a assinatura é possível baixar as trilhas e fazer a navegação por elas mesmo sem conexão com a internet. Portanto, sempre que fizer uma trilha, recomendamos fortemente o uso do aplicativo, explorando e salvando (antes de ir) os diferentes registros locais dos usuários, lendo os comentários das pessoas que fizeram esses caminhos salvos, vendo quando a trilha foi percorrida e, obviamente, sempre com o celular carregado.

A subida é tranquila, apesar de íngreme, e sob mata fechada, em um caminho espaçoso e bem demarcado (com ajuda da chuva dos dias anteriores, que forma um caminho natural para ser percorrido). Cruzamos alguns fios de água e, depois de 40 minutos e 1,5 km, saímos da mata para o primeiro platô, um “mirante”.

Começo da trilha a caminho do Platô / primeiro mirante

De volta à mata, seguimos por mais uns 5 minutos e chegamos ao Platô, uma extensa laje de granito de onde se tem uma ótima visão panorâmica dos arredores, à 1945 metros de altitude – o ponto mais baixo dentre os principais da montanha. Vale a pena gastar um tempo explorando as redondezas do local, e deve-se ter um pouco de cuidado onde pisa pois há uma vegetação rasteira muito florida com, consequentemente, muitas abelhas (ficando em silêncio é possível ouvi-las). A vista mais bonita era para o Vale da Paraíba, ao Sul, onde se formou um belíssimo mar de nuvens. Para o Sudoeste, uma descida leva até a trilha do Pico do Selado, e, para o Nordeste, a entrada tímida para a trilha do Chapéu do Bispo – e é para lá que fomos.

Platô

Chapéu do Bispo

O caminho para o Chapéu do Bispo já era bem mais fechado, com mata alta, e confuso do que a subida para o Platô, mas, com o WikiLoc, não tivemos problemas.

Ao chegar na base do Chapéu do Bispo, pode-se perceber que não é uma pedra única, mas sim um conjunto de rochas com 10 metros de altura, cuja disposição explica bem o nome dado à essa formação. Uma curiosidade: as barras de ferro fincadas na rocha marcam exatamente a divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Para subir no topo das pedras é preciso habilidade e experiência, e, como estávamos sozinhos e sem equipamentos, preferimos não arriscar – uma pena, pois dizem ser uma das melhores vistas da região. Pelo menos ao lado achamos um mirantezinho escondido onde podia-se ver Monte Verde.

Chapéu do Bispo

Achamos duas pessoas que estavam fazendo a Travessia de São Francisco Xavier e perguntamos sobre a Pedra Redonda: é possível continuar até lá a partir do Chapéu do Bispo, e, de lá, ir até a Pedra Partida. No entanto, o tempo estava virando e preferimos voltar para o Platô e seguir até o Pico do Selado, não tão frequentado (por ser mais extenso) mas um dos mais belos. Com 2082 metros de altitude, ele se situa no município de São José dos Campos, sendo o 9º ponto mais alto do estado de São Paulo.

Pico do Selado

A trilha segue pela crista da serra, com subidas e descidas suaves em quase todo o percurso – apenas o trecho final é um pouco mais íngreme -, e com vários mirantes. Após cerca de uma hora e meia de caminhada e 2,5 km, chegamos na base do Pico do Selado, uma grande pedra rachada ao meio. Ficamos poucos minutos lá e começou a chuviscar, então não fomos adiante para assinar o livro do cume e logo estávamos retornando.

A chuva começou a apertar, e nos apressamos para retornar logo. Quando estávamos chegando, a poucos metros do Platô, a chuva forte empoçou toda a parte de mata que precisávamos atravessar e ficamos confusos para achar o caminho certo. Ao tentarmos pegar o celular para olhar o mapa, vimos um raio cair logo ali em cima, onde estávamos tirando foto algumas horas antes, e um trovão ensurdecedor, que sentimos até a pedra sob nossos pés tremer.

Esse momento foi uma grande injeção de adrenalina, pois sem dúvidas escapamos de uma fatalidade. Subimos quase correndo até o Platô – o cansaço desapareceu – e logo entramos na mata novamente, para retornar a descida. Apesar da chuva forte formar verdadeiras cachoeirinhas por toda a trilha de volta, em menos de 50 minutos já estávamos no Café Platô novamente, são e salvos.

Pico do Selado

Mirante Miguel Juliano

Retornamos para o camping, já sem chuva; desmontamos as barracas e pegamos estrada de volta para Itapira. Entre Companhia e Camanducaia, paramos em uma lojinha de queijos e doces artesanais com uma bela vista – toda a estrada entre Monte Verde e Camanducaia é um espetáculo. Cruzando a rua nessa lojinha, havia uma estrutura metálica de 3 andares, o Mirante Miguel Juliano, que não estava em nosso roteiro, mas valeu muito a pena. Subimos rapidamente pois já estava voltando a chover: uma belíssima vista 360º com o sol poente, misturado com pontos de chuva, para fechar a viagem com chave de ouro.

Mirante Miguel Juliano

Considerações finais: vale a pena combinar Gonçalves e Monte Verde na mesma viagem?

A viagem de 4 dias foi uma experiência maravilhosa pela Serra da Mantiqueira, onde foi possível conhecer muitas atrações da região – como as imponentes pedras de Gonçalves -, e se agraciar com a bela decoração do período festivo de Natal na Montanha embelezando a pequena vila de Monte Verde.

Não achamos que o roteiro ficou puxado. Algumas atrações ficarão para uma próxima viagem, como a Pedra de São Domingos, a Pedra Redonda e Partida, e a Pedra do Baú (poucas pedras nessa região, como se pôde perceber).

Apenas tome o devido cuidado com a época que for, visto que, os últimos e primeiros meses do ano (verão) não são muito adequados para subir montanhas por conta da alta probabilidade de chuva e a perigosa incidência de raios. A temporada de montanha no Brasil é de abril a meados de outubro.

E você, prefere Monte Verde ou Gramado? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!

Espero que esse roteiro seja útil para você. E se busca uma viagem mais curta, confira nosso roteiro de 2 dias na Pedra Grande e Serra do Lopo.

Não se esqueça de entrar em nosso grupo gratuito com muita troca de informação legal sobre destinos no Brasil.

Até a próxima!

Vídeos e fotos nos destaque do Instagram

Quanto gastamos em 4 dias em Gonçalves e Monte Verde?

R$ 531,59​

Despesas aproximadas por pessoa

  • Transporte R$ 213,14

    Gasolina

  • Alimentação R$ 183,45

    Supermercado, lanches, salgados na estrada

  • Hospedagem R$ 130

    Camping Gonçalves e Camping Monte Verde

  • Passeios R$ 5

    Pedra do Forno

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