Olá, moxileiros!
Durante nossa passagem pelo Deserto do Atacama em dezembro de 2023, tivemos a oportunidade de conhecer um novo país e realizar um de meus sonhos: explorar o Salar de Uyuni.
Como estávamos um pouco perdidos para fazer esse passeio quando chegamos em San Pedro de Atacama, resolvemos escrever esse artigo contando um pouco mais do que você verá no passeio do Salar de Uyuni. Lembrando que fizemos tudo através de uma agência de turismo local.
Informações e Dicas do Salar de Uyuni
ℹ️ Antes de falarmos mais sobre as majestosas belezas do Salar de Uyuni, vamos tratar sobre algumas perguntas que são feitas com certa frequência. O que é, como chegar, qual a melhor época, quanto custa? Reunimos informações essenciais para garantir que sua aventura neste deserto de sal boliviano seja completa.
O que é Salar de Uyuni (ou Salar de Tunupa)?
Localizado na Bolívia, é um vasto deserto de sal abrangendo mais de 10 mil km² a uma altitude acima de 3.600 metros acima do nível do mar que se destaca como um dos destinos mais extraordinários e famosos da América do Sul. Esta maravilha natural oferece paisagens tão surreais que parecem de outro planeta.
Considerado o maior deserto de sal do mundo, o passeio ao Salar de Uyuni, também conhecido como Salar de Tunupa, não se limita apenas ao mar de sal, mas também inclui uma incrível variedade de atrações ao longo de um trajeto turístico que costuma durar até 4 dias.
🪞️ Além disso, durante o período chuvoso, o Salar se transforma em um espelho d’água, refletindo o céu, as nuvens e até mesmo as estrelas à noite, proporcionando um espetáculo visual inesquecível. Falaremos mais sobre isso nas seções a seguir.
Não tivemos a oportunidade de ver o salar espelhado, mas ele seco não decepcionou!
Qual Altitude se Chega no Passeio do Salar de Uyuni?
Ao embarcar no passeio pelo Salar de Uyuni, espere alcançar altitudes notáveis, atingindo, em alguns trechos, patamares próximos ou superiores a 4.000 metros acima do nível do mar.
A falta de oxigênio pode afetar algumas pessoas acima dos 3.000 metros, manifestando-se como o mal de altitude. Por isso, o recomendado é fazer uma aclimatação gradual antes do início do passeio, além de estar ciente dos possíveis sintomas e dos cuidados necessários para garantir uma experiência mais tranquila. Caso você visite o Deserto do Atacama nos dias anteriores, provavelmente já estará bem aclimatado.
Durante a jornada, as altitudes variam de 3.600 metros a quase 5.000 metros. Algumas das atrações mais famosas incluem:
- Salar de Uyuni: A planície de sal se estende a uma média de aproximadamente 3.650 metros acima do nível do mar.
- Ilha Incahuasi (Isla del Pescado): Localizada no centro do Salar, essa “ilha” dominada por cactos eleva-se a cerca de 3.822 metros.
- Laguna Colorada: Uma das mais lindas e também muito reconhecida por sua tonalidade avermelhada devido às algas, a lagoa está situada a aproximadamente 4.278 metros.
- Geysers Sol de Mañana: Geralmente considerada a atração mais “alta” dos roteiros para o Salar de Uyuni, esses geysers fascinantes estão localizados uma altitude de aproximadamente 4.850 metros, com impressionantes fumarolas e poças de lama fervente.
- Laguna Verde: Próxima ao Vulcão Licancabur, essa lagoa possui uma altitude de cerca de 4.320 metros, destacando-se pela cor verde intensa, variável conforme as condições climáticas.
É fundamental ter em mente que essas altitudes são aproximações e podem sofrer variações sutis de acordo com as fontes que você pesquisar.
Como se preparar para o mal de altitude, ou puna, no passeio do Salar de Uyuni?
Para enfrentar o mal de altitude durante o passeio do Salar de Uyuni, é crucial adotar precauções.
- Aclimatação: A altitude pode causar sintomas como dor de cabeça, náuseas, falta de ar e fadiga. Sendo assim, o recomendado é passar alguns dias em uma cidade de menor altitude antes de ir para o Salar de Uyuni. Desta forma, você permitirá que seu corpo se acostume gradualmente à altitude, além de conseguir entendê-lo melhor. Por exemplo, caso vá para o Deserto do Atacama nos dias anteriores e faça alguns dos passeios, já estará passando por um processo de aclimatação suficientemente bom.
- Hidratação: Beba bastante água e se mantenha hidratado, pois a altitude pode causar desidratação com facilidade. Bebidas alcoólicas e cafeína podem aumentar a desidratação e, portanto, evitá-las pode ser uma boa ideia.
- Alimentação: Seu corpo te agradecerá caso faça uma alimentação leve, evitando alimentos pesados e gordurosos, visto que eles podem dificultar a digestão em altitudes elevadas.
- Medicamentos: Indo além, você pode consultar um médico antes da viagem para obter orientações sobre medicamentos para o mal de altitude, como a acetazolamida. Esses medicamentos podem ajudar a prevenir ou aliviar os sintomas do mal de altitude. No entanto, isso não é, de forma alguma, uma recomendação médica, e você deve sempre consultar um profissional antes de usar remédios.
- Movimentação: Evitar esforços físicos intensos nos primeiros dias de chegada à altitude elevada dará tempo ao seu corpo para se adaptar gradualmente. É normal perder o fôlego em qualquer caminhadinha de 5 minutos – digo isso por experiência própria. 😮💨️
- Conhecimento local: Sendo muito polêmica e famosa, as folhas de coca são usadas tradicionalmente na região para aliviar os sintomas do mal de altitude. No entanto, esteja ciente do que está consumindo. Muitas pessoas também alegam que não surtem nenhum efeito para solucionar esse problema.
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Seguro Viagem para o Salar de Uyuni, Bolívia
Já que estamos falando sobre possíveis complicações de saúde causados pela altitude, não se esqueça de incluir um seguro viagem em seus planos. Desta forma, você estará mais bem preparado para lidar com imprevistos, como problemas de saúde, indisposições alimentares ou outros acidentes.
📃️ Com um seguro viagem adequado, você tem acesso a atendimento médico e hospitalar, além de benefícios como retorno antecipado, auxílio por cancelamento de voo e proteção para sua bagagem. Já nos esquecemos de pegar um seguro viagem e tivemos um vôo cancelado. Nem preciso falar do arrependimento, né?
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Deserto do Atacama e Salar de Uyuni: A Combinação Perfeita
A fusão entre o Deserto do Atacama e o Salar de Uyuni é uma escolha popular, e com razão. A proximidade geográfica e a logística facilitada entre essas regiões tornam comum a inclusão de ambos os destinos em uma única viagem.
Para quem parte de San Pedro de Atacama, no Chile, há muitas opções de agências turísticas que oferecem esse passeio, que costumam durar de 3 a 4 dias, dependendo se você deseja retornar à San Pedro ou concluir a jornada em Uyuni.
Além disso, o caminho inverso também é possível, com agências saindo da cidade de Uyuni e finalizando o passeio em San Pedro.
Nós fizemos o passeio saindo (e retornando) de San Pedro de Atacama e a experiência foi surreal. Ambos os destinos combinam muito bem, e, já que você está na região, porquê não aproveitar e explorar ambas?
Se você tem tempo suficiente, não hesite em fazer ambos os destinos na mesma viagem
Onde Fica e Como Chegar no Salar de Uyuni
O Salar de Uyuni fica na Bolívia, no sudoeste do país mais especificamente, próximo à fronteira com o Chile e a Argentina. A cidade de Uyuni é a principal porta de entrada para o salar e está localizada nas proximidades.
📌️ Já a resposta para “como chegar” depende de sua localização inicial, mas, as rotas mais comuns são partindo de San Pedro de Atacama, no Chile, através da Ruta 27 e cruzando o Hito Cajon para entrar na Bolívia.
Já a outra opção é viajando de La Paz para Uyuni, uma jornada que leva aproximadamente 9 horas em um ônibus noturno, sendo que também há voos para a cidade a partir de La Paz ou Santa Cruz de la Sierra. O passeio, então, inicia-se a partir de Uyuni, fazendo o “caminho inverso” em relação ao passeio saindo do Atacama.
Lembre-se de verificar as condições climáticas e a melhor época para visitar o Salar, pois isso pode influenciar significativamente sua experiência.
Salar de Uyuni: Quando Ir e Melhor Época
O Salar de Uyuni é um destino fascinante que pode ser explorado durante todo o ano, de modo que cada estação possui sua própria beleza e singularidade. No entanto, a escolha da época certa para você depende das suas preferências, ou seja, que tipo de “cenário” você quer ver, bem como sua disposição para lidar com diferentes condições climáticas.
☁️ As condições climáticas podem variar anualmente, e não há garantia de encontrar o Salar espelhado em datas específicas, apesar de você conseguir aumentar suas chances, se essa for a intenção.
Independentemente da estação, prepare-se para o frio, especialmente de manhã e à noite, pois você estará acima dos 4.000 metros. O inverno apresenta temperaturas rigorosas, enquanto o verão pode ser mais quente, com a oportunidade de ver o Salar alagado. As estações podem ser “divididas em duas”, sendo uma predominante no verão e a outra, no inverno.
Época Seca (Abril a Novembro):
☀️ Durante esses meses, o Salar se transforma em um deserto branco sob o sol. Os dias são ensolarados, mas as noites podem ser muito frias, especialmente no inverno. A paisagem permanece consistente ao longo do ano, e se você não quer ter surpresas com as adversidades climáticas, talvez seja mais adequado fugir da época chuvosa.
Época Chuvosa (Dezembro a Março):
🌧️ Já durante essa temporada, as temperaturas são mais amenas em comparação ao inverno, variando entre 4°C e 22°C. Ainda pode haver neve em áreas mais altas, como o Geyser Sol de Mañana. No entanto, chuvas frequentes são esperadas, e essas podem atrapalhar alguns passeios – chuvas intensas podem afetar a acessibilidade do Salar, levando ao cancelamento de passeios ou restrições de acesso a certas áreas, como a Isla Incahuasi. Nós fomos em dezembro de 2023 e não pegamos chuva em nenhum momento. Este período oferece a chance de encontrar o Salar espelhado, o que muitos dizem ser uma experiência única.
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O Incrível Salar de Uyuni Espelhado
Você com certeza já viu fotos do Salar espelhado. Este fenômeno, capaz de transformar o chão em um gigantesco espelho natural, ocorre durante a temporada de chuvas, de dezembro a março, de modo que suas águas cobrem delicadamente o Salar.
📅️ Para aproveitar o belo fenômeno espelhado com menor risco de chuva, considere planejar sua visita em meados de final de fevereiro ou março. Lembre-se de que a natureza é imprevisível, mas não se preocupe: qualquer época escolhida para visitar o Salar de Uyuni promete paisagens deslumbrantes e uma experiência inesquecível.
Nós visitamos a região em dias que não choveram, e futuramente pretendemos voltar especificamente para ver os lindos espelhos do Salar de Uyuni.
Quanto Tempo Preciso para Explorar o Salar de Uyuni? Quanto Duram os Passeios?
O mais recomendado é dedicar pelo menos 3 a 4 dias para aproveitar plenamente essa região de maravilhas naturais.
3️⃣️ As opções mais populares de passeios são de 3 dias e 2 noites ou 4 dia e 3 noites, mas leve em consideração que a última “atração” nos roteiros é a mesma: um almoço no 3º dia.
4️⃣️ O 4º dia é, na verdade um transfer, sendo usado integralmente para regressar até a cidade final. Ou seja, se você sair de San Pedro de Atacama e quiser retornar para lá no fim, seu passeio será o de 4 dias, e, se quiser permanecer em Uyuni, será o de 3 dias – ambos os passeios passarão exatamente pelas mesmas atrações. O mesmo é valido no caminho inverso: se sair de Uyuni e quiser terminar em San Pedro de Atacama, serão 3 dias; caso queira voltar para Uyuni, serão 4 dias.
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Quanto custam os passeios para ir ao Salar de Uyuni? Preços e Quanto Dinheiro Levar
Como os passeios costumam ter todos o mesmo itinerário, o custo varia de acordo com as suas preferências – se quer quartos e banheiros privativos ou compartilhados; seu consumo durante as paradas feitas; etc -, e também com o seu destino final – se pretende voltar para a mesma cidade de onde partiu ou permanecer na que chegou.
🤑️Por mais que os roteiros sejam os mesmos, os custos variam de acordo com a agência de turismo escolhida, a temporada e outros fatores. É interessante cotar com diferentes opções antes de fazer a reserva.
Além disso, considere os custos adicionais dentro da Bolívia: entradas para atrações (Reserva Nacional Eduardo Avaroa Bs150, Termas de Polques Bs6, Ilha Incahuasi Bs30), que não costumam estar inclusas; taxas de banheiro ao longo do caminho; souvenires (ponchos por volta de Bs60 a Bs100) principalmente na Feira Artesanal de Colchai e na placa de Dakar; cervejas artesanais de quinoa e cacto (Bs10 a Bs20); etc.
💸️ Conforme mencionamos anteriormente, os preços para explorar o Salar de Uyuni variam de acordo com a agência e o tipo de passeio escolhido. Em média, os preços saindo do Atacama giram em torno de $200 a $250 dólares por pessoa para o passeio de 4 dias (ou seja, retornando para o Atacama). Para o passeio de 3 dias ou as saídas a partir de Uyuni, você pagará ainda menos.
O método de pagamento varia de agência para agência. Algumas aceitam apenas dinheiro em espécie, enquanto outras, como a Sajama, aceitam até mesmo pagamentos diretamente pela Wise.
Nosso passeio foi feito pela Sajama Expedições (não é publi!) e pagamos $210.000 pesos chilenos por pessoa (cerca de $240 dólares) em dezembro de 2023 para sair e voltar de San Pedro de Atacama, e ainda nos ofereceram quartos privativos sem cobranças adicionais (todas as agências que cotamos cobravam uma taxa de $20 dólares por dia para ter isso). Gostamos muito da experiência, dos quartos, dos serviços, do guia e da comida. Além disso, você precisa levar pelo menos cerca de Bs350 por pessoa para arcar com ingressos e custos adicionais. Trocamos R$ 500 por Bs700, e você também não deve se esquecer de fazer o câmbio em San Pedro antes do seu passeio.
Notas de 100 e 200 Bolivianos – cédulas e moedas estão entre os souvenirs preferidos do Pietro
Como Economizar no Passeio do Salar do Uyuni: Estratégia Simples
Apesar de os valores serem semelhantes entre as agências, uma das maneiras que outros queridos viajantes compartilharam em nosso grupo gratuito do WhatsApp foi indo de San Pedro até o Uyuni de ônibus, pagando o passeio diretamente na Bolívia e, evidentemente, optando pelo passeio de 3 dias (ou seja, sem o transfer de volta até Uyuni).
Com essa estratégia é possível economizar até $100 dólares por pessoa! Mas, claro, precisa de planejamento e vontade para realizar, além de você também precisar arcar com mais responsabilidades.
Tabela de Gastos com Atrações no Passeio do Salar de Uyuni
Uma das perguntas mais frequentes é sobre o preço dos atrativos durante o passeio do Salar do Uyuni. Você não precisa se preocupar desde que leve a quantia que as agências solicitam de antemão – entre Bs300 e Bs300.
💸️ Para facilitar a visualização dos preços, construímos uma tabela semelhante à de nosso post sobre as atrações do Deserto do Atacama, a qual foi muito bem recebida por outros queridos leitores!
Como você vai perceber, com menos de Bs200 você já conseguirá pagar pelos ingressos das atrações, mas recomendo mesmo que leve pelo menos Bs50 a Bs100 a mais (ou seja, de Bs250 a Bs350 no total) para poder curtir as cervejas e vinhos locais, além dos infinitos souvenirs artesanais maravilhosos e também caso precise comprar alguma água/alimento ou utilizar o banheiro pago em algum momento. Nós levamos Bs350 cada um, e faltou um pouco pois perdemos a mão nos souvenirs, mas usamos o cartão da Wise para pagar (o que não creio ser possível para os ingressos das atrações).
| Tour | Preço da Entrada | Observação |
|---|---|---|
| Ingresso para Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa | Bs150 | Esse ingresso é comprado logo assim que você entra na Bolívia. Precisa escrever seu nome e número de passaporte, e, mais importante, guardar bem o ingresso, pois será solicitado quando sair da reserva |
| Ingresso das Termas del Polques | Bs6 | Uma ida ao banheiro inclusa, além de vestiário. Para usar o banheiro mais vezes precisa pagar Bs3 |
| Ingresso da Isla Incahuasi | Bs30 | Esse valor é para poder fazer a trilha. Há banheiros disponíveis na entrada (inclusos nesse ingresso) |
| Banheiros em algumas atrações | Bs3 a Bs5 | Em várias das atrações que passamos, como a Laguna Colorado, é preciso pagar taxas que costumam varias de Bs3 a Bs5 para usar o banheiro |
| Cervejas Artesanais (Quinoa, Cacto, Folha de Coca, etc) | De Bs10 a Bs15 | Tem garrafas de 350ml e 600ml, mas você definitivamente tem que provar pelo menos um sabor! O que mais gostei foi de quinoa |
| Vinho Boliviano Kohlberg | Bs48 | Esse vinho é delicioso e compramos no hostel de sal Magia del Salar, vale muito a pena |
| Ponchos bolivianos | Bs60 a Bs100 | Há literalmente centenas de opções de ponchos a bons preços na feira artesanal de Colchani! Eu paguei Bs65 no meu e o Pietro pagou 95Bs no dele + Bs2,50 de taxa para aceitarem o cartão Wise. Prepare-se para perder a cabeça na quantidade de coisas 😵💫️ |
| Souvenires, Patches e Bolsinhas | Bs2 a Bs50 (ou mais) | Além de sermos "viciados" em souvenirs, geralmente também compramos patches dos lugares que visitamos para enfeitar nossas mochilas, bem como ímãs, pratos decorativos e bolsinhas de moedas. São milhares de opções de souvenirs, boas compras! 🛒️ |
| Passeio de 3 ou 4 dias no Salar do Uyuni | $150 USD a $250 USD | Bem, como menção honrosa, deixamos aqui também referências dos valores que esse passeio costumam custar. Vão variar de agência para agência, quantidade de dias e local de saída/retorno️ |
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Salar de Uyuni: Passeio com Agência Turística ou Fazer Por Conta?
Ao planejar uma visita ao Salar de Uyuni, sempre surge a questão crucial: optar por um passeio com agência turística ou explorar por conta própria? Ambas as escolhas têm seus prós e contras.
Se você busca comodidade, agências oferecem pacotes completos, incluindo transporte, hospedagem, alimentação e guias especializados. O conforto e a conveniência são pontos fortes, assim como a expertise local e a organização, mas é crucial escolher uma agência confiável e com boa reputação.
🚗️ Já para os aventureiros, explorar por conta própria proporciona liberdade e torna possível economizar mais. Entretanto, alugar um carro em Uyuni ou em San Pedro de Atacama também traz mais responsabilidades e maior necessidade de planejamento.
Ou seja, fica evidente que a escolha depende de preferências pessoais, orçamento e nível de conforto desejado.
Ao contrário do Atacama, acreditamos que faça mais sentido fazer esse passeio através de uma agência. O valor do pacote é bem em conta e inclui hospedagem, transporte e alimentação.
Mas, caso você esteja com seu carro próprio, estude, busque relatos e se planeje, e, assim, você conseguirá se virar sem muitos problemas – já lemos muitos viajantes fazerem esse roteiro sem agências. O importante é aproveitar ao máximo a região!
Como Escolher a Melhor Agência para fazer o Passeio até o Salar de Uyuni? Critérios como Conforto, Confiança e Transparência
Essas são algumas dicas cruciais para ajudar nessa decisão:
- Leia relatos e recomendações: Busque informações em grupos e relatos de outros viajantes, o que, para nós, são as fontes mais valiosas.
- Verifique a reputação da agência: Pesquise as avaliações de outras pessoas sobre as agências, tanto no Google Maps, como também no TripAdvisor ou em grupos do Facebook e WhatsApp.
- Compare preços e serviços: Anote os preços das diferentes agências para ter referências dos preços que cobram, e também tente reparar nos detalhes dos serviços que oferecem. Leve em conta a duração do passeio, atividades incluídas, acomodações e formas de pagamento.
- Considere o tipo de passeio: Escolha entre passeios compartilhados ou privados, dependendo de suas preferências e orçamento. Privados oferecem mais conforto, mas a um custo maior, evidentemente. Geralmente as agências cobram um valor adicional para ter quartos ou banheiros privados (na faixa de $20 dólares por dia).
- Flexibilidade na reserva: Tente evitar reservas antecipadas para ter maior flexibilidade. É claro, não chegue em Uyuni ou San Pedro de Atacama “cru” igual fizemos, vá tendo já uma boa noção, mas aproveite para focar apenas em negociar diretamente com as agências para obter melhores preços e condições. Caso você opte por passeios pagos no Atacama, tente negociar descontos, argumentando que você vai fazer mais de um passeio com essa agência.
- Cuidado com as datas: apesar de ocorrerem saídas quase todos os dias, preste atenção na data em que você deseja encaixar esse passeio. Às vezes a agência que você gostou não tem saída no dia que você planejou ir, então tente antecipar isso.
- Foque nos fatores principais: os roteiros costumam ser os mesmos para todas as agências. Sendo assim, os pontos para tomar uma decisão geralmente serão o preço, a privacidade de quartos compartilhados ou não, o fato de a agência terceirizar quem faz o passeio ou não (lemos relatos terríveis de motoristas bolivianos que enchiam a cara e estragavam o passeio de muitas pessoas, sem contar no perigo absurdo disso), a alimentação inclusa (e se oferecem opções especiais, por exemplo, caso você não coma algo específico), se os hotéis em que você vai ficar possuem internet (alguns possuem), e, claro, o atendimento e a transparência.
Depois de ler em grupos do Facebook que é possível fechar o passeio até o Salar diretamente em San Pedro do Atacama, mesmo, visto que a rua principal de San Pedro (a Caracoles) é lotada de agências de turismo oferecendo esses passeios, resolvemos arriscar e fomos contando com a sorte para encontrar a melhor agência faltando menos de 5 dias para o passeio.
😴️ Confesso que não tenho muita paciência para ficar conversando com vendedores pois conhecemos muitas “táticas” e gatilhos mentais de venda que eles costumam usar, então ficar indo de agência em agência cotando o passeio foi um pouco massante para mim, especialmente pois todas explicavam exatamente o mesmo roteiro (mesmo que avisássemos que só queríamos saber o preço).
A sede da Sajama Expedições em San Pedro de Atacama
Sendo assim, depois de passarmos por umas 8 agências diferentes em um intervalo de 3 dias, finalmente encontramos uma que gostamos do atendimento e sentimos confiança. Obs: isso não é uma publicidade! É um relato sincero de nossa própria experiência, e não estamos sendo pagos para divulgar a empresa.
Como mencionamos anteriormente, a agência que contratamos se chama Sajama Expedições, e fomos muito bem atendidos. A Concepcion foi extremamente gentil e transparente com tudo que comentou, e não nos pressionou em momento algum para fecharmos com eles. Na verdade, nós saímos de lá em dúvida, e depois de pesquisar no Google Maps e ler quase todos os relatos, resolvemos confiar. Outro diferencial deles é que ela ainda ofereceu quartos privados para nós dois sem cobrar nada a mais por isso.
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Também pudemos deixar uma mochila grande com excesso de roupas e souvenirs com eles no dia anterior ao passeio, de modo que guardaram com segurança nossos pertences pelos dias que ficamos na Bolívia.
Por fim, criaram um grupo do WhatsApp com os integrantes da expedição – demos muita sorte mais uma vez, pois são todos extremamente queridos e gentis e já estão em nossos corações! Bruna, Sandrita e Julian. Neste grupo eles enviaram alguns avisos antes da expedição, e depois de finalizada, usamos o canal para trocar as centenas de registros incríveis.
Turminha maravilhosa!
Segurança: O Passeio do Salar do Uyuni é Seguro?
Sim, o passeio ao Salar de Uyuni é considerado seguro, desde que você tome algumas precauções, começando pela escolha de uma agência turística confiável e com boa reputação. É sério, no mínimo leia a maiora dos relatos da empresa pelo Google Maps! Nós geralmente ordenamos da pior nota para a melhor, pois, assim, ficamos mais conscientes sobre os perrengues – preferimos saber como as empresas lidam com os feedbacks e experiências negativas, e não quando está tudo mil maravilhas.
Como comentamos na seção anterior, o problema com alguns motoristas bolivianos é recorrente. Não apenas praticamente todos os relatos negativos das agências que lemos mencionavam especificamente essa questão – que os guias/motoristas bebiam antes de dirigir, dormiam pouco, usavam “produtinhos” piores e coisas do tipo -, como até mesmo algumas agências falavam sobre a realidade desse problema. De maneira alguma estamos querendo generalizar ou esteriotipar – imagino que sejam uma minoria, mas esteja ciente disso. Nosso guia e motorista, o Marino, era extremamente gentil, amigável e experiente! Por outro lado, o motorista que nos levou de volta até San Pedro de Atacama nos preocupou em vários momentos, pois, como disse, agia estranho, parecia estar muito cansado, entre outros comportamentos anormais.
Além disso, é altamente recomendado contratar um seguro viagem antes de embarcar para o Salar, especialmente devido à altitude e às condições climáticas extremas da região. 👉️ Clicando aqui, você consegue comparar excelentes opções de seguro.
Já durante o passeio, é importante seguir as instruções do guia, quando houverem. Leve em conta que a área do Salar de Uyuni é remota e com pouca infraestrutura, então é importante estar preparado para possíveis contratempos e levar suprimentos básicos, como água, protetor solar e roupas adequadas para o clima.
Por outro lado, caso você vá fazer o passeio por conta própria, ouvimos alguns comentários de uma pessoa próxima de que criminosos se aproveitavam do fato de a região ser muito remota para roubar turistas, levando até mesmo suas caminhonetes. Não sabemos até que ponto isso é verdade (ou com que frequência ocorre), mas foi um dos fatores que nos levaram a optar pelo passeio guiado. Tome como exceção, e não como regra.
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O Que Precisa Levar no Salar do Uyuni?
Fizemos uma lista lista abrangente dos itens essenciais. No entanto, leve em conta que o espaço dos carros é limitado, principalmente se a expedição estiver cheia – ou seja, não exagere!
Vestuário:
- Roupas e calçados confortáveis.
- Camadas de roupas para fácil adaptação às mudanças climáticas.
- Luvas, cachecóis, corta-vento, toucas e roupas térmicas, dependendo da época.
- Toalha (para Termas de Polques).
Proteção Solar e Hidratação:
- Óculos de sol.
- Protetor solar e labial.
- Hidratante corporal.
- Garrafa de água (recomenda-se pelo menos 1 litro por pessoa, por dia).
Itens de Higiene e Saúde:
- Soro para umedecer o nariz.
- Papel higiênico ou lenços umedecidos.
- Remédios básicos e para sintomas de mal de altitude (consulte um médico antes de viajar).
- Kit de higiene básica (escova, pasta de dente, lenços desinfetantes).
Diversos:
- Dinheiro em bolivianos.
- Sacola para coletar lixo.
- Snacks de fácil digestão (cuidado com o que for levar caso você entre no Salar pelo Chile. Busque saber quais alimentos são permitidos).
E, o principal: vontade de explorar. 🙂️
Nossas mochilas (reduzidas) para os 4 dias de passeio – levem água!
Itinerário Padrão do Passeio de 4 dias no Salar de Uyuni, Bolívia: Relato Dia por Dia
Praticamente todas as agências costumam seguir um itinerário muito semelhante. Sendo assim, leia nosso relato a seguir já tendo em mente que você muito provavelmente fará um roteiro com poucas diferenças deste. Realizamos esse passeio entre 04/12/2023 e 08/12/2023.
Salar de Uyuni, Dia 1: Hito Cajón, Lagunas Blanca, Verde e Colorada, Termas de Polques, Salvador Dali, Gêiser Sol de Mañana e Mais
Enfim, chegou o grande dia! Depois de vários dias de exploração ao maravilhoso Deserto do Atacama, finalmente começaríamos nossa tão aguardada expedição ao Salar do Uyuni.
Hito Cajón, nossa Entrada para a Bolívia
A van passou em nosso hostel por volta das 06:30 da manhã e pegou a Ruta 27 com destino à Bolívia. Esse trecho leva menos de 1 hora, e, na parte final, as vistas para o vulcão Licancabur são impressionantes.
📄️ Chegando no Hito Cajón, que é uma passagem localizada na fronteira entre a Bolívia e o Chile, esperamos por alguns minutos até que a fronteira abrisse. O processo para sair do país é simples, e, depois de devolvermos a nossa “Tarjeta de Turismo”, aquele papelzinho extremamente importante emitido pela PDI (Polícia de Investigações do Chile) quando entramos no país – esse documento é indispensável e não podemos perdê-lo! – e passarmos por um raio X, seguimos até a Aduana da Bolívia.
☕️ Tomamos um café da manhã delicioso enquanto esperávamos a aduana abrir, e, depois de esperar mais um tempo, carimbamos nosso passaporte e trocamos a van pelo jeep, quando conhecemos nosso guia Marino e passamos nossa bagagem para o novo veículo.
Nesse local havia muita gente na fila que são de outras expedições. Há saída para esse passeio todos os dias, e vários grupos e carros chegam no mesmo horário, tanto para entrar na Bolívia como para sair.
De cara já ficamos felizes em ter escolhido a Sajama Expedições, pois tanto a van como o Jeep e seus funcionários eram da própria empresa, ao invés de terceirizados, como as agências costumam fazer. Várias agências nem mesmo queriam nos dizer por quais empresas eles nos terceirizariam. Suspeito, né? 🤔️
< Pausa rápida para um comercial >
Depois de passar pela aduana, compramos também a entrada para a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. É essencial que guarde essa entrada pois será solicitada na saída do país, e cada um deve arcar com o custo do ingresso, que é de Bs150 – o valor já está contabilizado naqueles bolívares que pedem para levarmos.
⌚️ O processo todo levou cerca de 4 horas – desde a saída do hostel até esse ponto de finalmente entrar na Bolívia, e as primeiras atrações ficam ali pertinho, as Lagunas Blanca e Verde.
Guarde muito bem esse ingresso, ou vão te fazer pagá-lo novamente na saída da reserva
Laguna Blanca e Laguna Verde
A primeira parada do passeio foi na Laguna Blanca, onde o guia nos deixa a pé para percorrermos a beira da laguna tirando fotos e nos encontramos no jeep um pouco mais à frente. São paisagens lindas, sendo que as montanhas ao fundo refletem na água da lagoa. Nesse momento foi difícil não ficar animada com os próximos dias, pois já começamos muito bem!
Poucos minutos depois, o jeep também faz uma parada rápida para fotos na Laguna Verde, tão bonita quanto, e que tem esse nome pela coloração originada das altas concentrações de minerais na água, como magnésio e arsênio. A lagoa fica bem nos pés do vulcão Licancabur, que dá ainda mais charme ao local. 🌋️
Ao todo, foram cerca de 45 minutos nessas duas atrações.
O passeio mal começou e já nos surpreendemos🥹
Deserto Salvador Dalí
🎨️ Aproximadamente 40 minutos depois, um rápido desvio para tirar algumas fotos nesse local que leva este nome por suas paisagens e formações rochosas únicas que lembram as pinturas surrealistas de Salvador Dalí.
A 4.200 metros de altitude, a paisagem desolada é amplo e conta com formações rochosas e montanhas, porém elas estavam relativamente distantes. Parada rápida de menos de 5 minutos, mas o lugar é lindo.
Uma verdadeira pintura!
Termas del Polques
Poucos minutos depois, chegamos nessas termas, onde tivemos cerca de 1 hora para nos banharmos. Tem um banheiro pago (Bs3) mas que, com o ingresso de Bs6 para as termas, tivemos direito a um uso. Há um vestiário para se trocar antes de entrar nas poças quentes.
💦️ As termas estavam um pouco lotadas, umas 20 pessoas dentro da água, a qual é muuuito quente, diria que bem mais quente que as Termas de Puritama no Atacama, e é uma delícia, parece água de chuveiro no inverno. O engraçado é, nos próximos dias, você vai “trombar” recorrentemente com várias das pessoas que você ver ali ou conversar, visto que os roteiros são todos iguais.
A mochila fica ali por perto do lado de fora mesmo, então tome cuidado com seus pertences. Depois nos secamos e trocamos de roupa novamente, almoçamos por ali mesmo, em uma área com algumas mesas. Já era aproximadamente 14:00 e todos estávamos com fome.
Pense numa água quente…
Geyseres Sol de Mañana
🌫️ Todos almoçados, uns 40 minutos de estrada depois e chegamos em um buracão que parecia ter cimento borbulhando dentro. Situados entre 4.800m e 5.000 de altitude, se tratavam dos Gêiseres Sol de Mañana, os quais achamos até que bem diferentes daqueles que vimos no Atacama (Geyseres del Tatio). É a região “mais alta” do passeio, e o cheiro de enxofre reina.
Mais uma vez, o guia nos deixou ali e foi com o jeep até um pouco mais pra frente, para que andássemos e tirássemos fotos. Porém, ele podia ter nos esperado, pois não havia mais nada no caminho, desperdiçamos uns 10 minutos indo até o carro. Ali sim haviam mais gêiseres.
Ficamos aproximadamente meia hora no local, e pela manhã deve ser ainda mais legal por estar mais ativo e pelas diferenças de temperatura.
Interessante, sem dúvidas, mas o horário faz toda diferença
Laguna Colorado 🦩️🦙️
Pouco menos de uma hora depois e chegamos no ápice do primeiro dia (e, sinceramente, um dos lugares mais incríveis de todo o passeio, inclusive para fotos)!
📸️ Já era final de tarde, perto das 17 horas, e nos deixou explorar o local pelas próximas 01h30. Assim, pudemos percorrer um caminho na “parte alta” que é de tirar o fôlego, com vistas incríveis para a laguna e seus arredores. Também percebemos que haviam muitos flamingos e lhamas lá embaixo!
A Laguna é tão grande que parecia uma praia, e sua coloração em partes era rosa, o que me deixou encantada, visto que é minha cor favorita. Fomos caminhando até um “deck” com algumas bandeiras, inclusive da Bolívia. Estava ventando absurdamente! 🌬️
🦩️🦙️ Dali, descemos por uma trilha até a beira da lagoa, e acho que essa foi a parte mais legal. Tiramos muitas fotos com flamingos, e, andando mais um pouco, muitas lhamas. Parecia um sonho, com todos esses animais pertinhos da gente, muitas montanhas ao fundo e uma lagoa com água colorida!!! O mais difícil, sem dúvidas, é ir embora.
O destaque do primeiro dia só poderia ser a Laguna Colorado!
Árbol de Piedra
🌳️🪨️ Na última parada do dia, a menos de 30 minutos da laguna, de onde saímos extasiados, visitamos a famosa pedra em formato de árvore. Como o sol já estava quase se pondo (por volta das 18:30), ficamos só uns 20 minutos para caminhar entre as pedras e tirar fotos da famosa Árbol.
Última parada do dia nas curiosas formações rochosas
Hostal Samay Wasi, em Villamar
O dia terminou algumas horas depois no Hostal Samay Wasi, no pequeno povoado de Villamar. Adoramos o lugar, onde fomos recebidos com algumas bolachinhas com chá. Também deu tempo de tomar banho até que a janta fosse servida. A água do chuveiro era quente, mas se duas pessoas usassem ao mesmo tempo, não dava conta. Demos sorte de estarmos “sozinhos” ali nesse dia.
😋️ A comida estava bem saborosa, com direito a sopa, pão, salada, carne, linguiça e batatas fritas. Outra sorte nossa é que conseguimos pegar wi-fi (coisa rara nesse passeio) sem que o anfitrião nos cobrasse. Bem alimentados, fomos descansar para o dia seguinte. Nosso quarto era simples mas bem espaçoso, com uma cama de casal e uma de solteiro sobrando (a Sajama nos providenciou quartos privados).
Passamos a primeira e a última noite aqui, foi ótimo e conseguimos até usar o wi-fi
Salar de Uyuni, Dia 2: Copa del Mundo, Itália Perdida, Laguna Vinto e Misteriosa, Cânion de Anaconda, Bofedales de Sora, Hostel de Sal e Mais
No dia seguinte, acordamos por volta das 08:00 da manhã, tomamos café na própria hospedagem, arrumamos nossas coisas e partimos para o segundo dia da expedição.
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La Copa del Mundo e Camello de Piedra
É evidente que, como em toda expedição, algumas paradas são meio que para preencher o dia – são atrações interessantes, mas nada imperdível. Eu particularmente penso assim dessas duas formações rochosas, apesar de ter achado elas bem curiosas. O Pietro gostou mais, acredito. A primeira formação supostamente tem o formato do Troféu da Copa do Mundo (forçando um pouco e no ângulo certo 😂️), enquanto a segunda é semelhante a um camelo – achei essa mais parecida. Não consegui nem encontrá-las no Google Maps!
Acharam parecido? 🤔
Valle de las Rocas: Ciudad de Piedra (Italia Perdida)
Alguns minutos depois, chegamos na Italia Perdida, que são vários paredões rochosos imponentes de areia. Achei muito bonito e fotogênico!
As pedras eram gigantes – talvez pelas fotos não dê para ter noção das dimensões reais -, além de terem muitas e sem formatos definidos. Quase como se fosse uma cidade mesmo, com ruas e formações… na história que nosso guia contou, supostamente um turista italiano entrou ali e ficou perdido. Então tá, né? 😂️🤌️
Lugar muito fotogênico! Aquele buraco ali na parte à direita é lindo para fotos
Laguna Vinto
Seguindo adiante, o Marino nos deixou pertinho dessa lagoa, onde vimos um motorhome acampado, e a princípio era bonita mas não parecia ter nada tão especial.
Eis que andamos mais um pouco e… lhamas, dezenas de lhamas! 🦙️ Um dos locais onde mais vimos lhamas de toda a viagem, tiramos muitas fotos. Esses animaizinhos são apaixonantes, muito fofos! Alguns flamingos também estavam ali, mais para o fundo.
Nos divertimos muito com as lhaminhas da Laguna Vinto
Laguna Misteriosa / Catal
Meia hora depois, chegamos na atração estrela do dia, e também onde ficamos mais tempo. Deu até para subir o drone.
Depois de descermos na entrada do “vale”, caminhamos cerca de 15 minutos por esse bofedal cercado por paredões rochosos até chegarmos na Laguna Misteriosa, que também é chamada de Catal. Pelo caminho, presenciamos mais lhaminhas espalhadas e pastando.
A lagoa em si era um espetáculo, pois além dos seus arredores incríveis, a reflexão das pedras em suas águas transformava o lugar naqueles planos de fundo do Windows. Também dava para subir nos paredões e ter vistas do alto – estávamos literalmente nas bordas de um mar de pedras. Que lugar surreal!
Após mais de 1 hora se divertindo nas pedras, voltamos caminhando até o estacionamento (demoramos demais para conseguir sair de lá pois haviam muitas lhamas espalhadas no caminho, inclusive baby lhamas!) onde Marino nos esperava com um belo almoço preparado – já era 12:30 da tarde. Arroz com legumes, saladinha e frango desfiado com cebola, além de uma lasanha para as vegetarianas. Junto de nós estavam umas 8 mesas cheias de outras expedições, todos comendo juntos; me lembrou muito a vibe da expedição do Jalapão.
Com o drone foi possível ter uma perspectiva ainda melhor do surrealismo desse lugar
Cañón del Inca, ou Cañón de la Anaconda
Pouco mais de 1 hora depois de almoçar, chegamos em um dos lugares mais lindos do passeio (na minha opinião). Trata-se de um cânion no qual pode-se andar em cima de uma rocha “saltada” para fora e ter belas vistas do rio abaixo. Ficamos uns 25 minutos ali. Se você tiver vertigem, cuidado!
A princípio, pensávamos que o nome se dava por conta do rio, que tem formato de cobra quando visto de cima. No entanto, depois descobrimos que na verdade as pessoas deram esse nome por conta dessa pedra saltada por onde caminhamos em cima, a qual supostamente tinha formato de pedra. Achei o rio mais parecido… 🐍️
Dá uma vertigem, hein? É bem alto e exposto
Paredão Aleatório
Essa atração nem estava no itinerário, mas o Marino comentou que conhecia e ficava no caminho. Deixamos o jeep na beira da estrada e caminhamos por uns 10 minutos em direção a um paredão.
🪨️ Infelizmente não sabemos o nome desse paredão (e o guia também não comentou), mas foi um lugar super legal e com várias lhamas em volta. Era uma muralha imensa de pedras, chuto que uns 9 a 12 metros de altura, e também pudemos entrar em uma fenda e tirar fotos incríveis.
Sei que, pelo horário das fotos que tiramos, esse paredão fica a uns 10 minutos da parada seguinte, uma pequena aldeia onde paramos para provar as famosas cervejas artesanais de quinoa e cactus.
Paredão que não prometeu nada e entregou tudo
Julaca e Cervejas Artesanais de Quinoa e Cacto
Por volta das 17:30, fizemos uma parada de uns 40 minutos em um território indígena, a pequena aldeia de Julaca, que era praticamente deserta a não ser alguns barezinhos onde pudemos experimentar as famosas cervejas artesanais locais de quinoa e cactus, e também pela presença de um bêbado que nos incomodou um pouco.
🍻️ Atravessamos a “rua” para ver os preços da cerveja no outro bar, mas eram parecidos – pelo menos tinha garrafas maiores. Compramos 2 garrafa de 600ml de cerveja de quinoa para compartilharmos entre nós 5 do grupo e achei muito boa! Você precisa experimentar. Me lembrou um pouco a cerveja de trigo e havia de cacto (que experimentamos mais tarde) e de folha de coca também.
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O filho da moça desse bar nos viu e perguntou se queríamos jogar UNO com ele, mas como estavamos em grupo e tinhamos horário para ir embora, dissemos que não dava. A criança começou a espernear e chorar, então eu e a Bruna, uma das pessoas queridas de nossa expedição, aceitamos jogar um pouquinho, fazendo com que a criança tivesse uma reação muito fofa, abruptamente ficando muito feliz e trazendo as cartas ali fora onde estavamos bebendo cerveja.
Claro que o jogo não deu muito certo, pois a criança inventava as regras que davam em sua cabeça. Mas foi muito legal conversar em espanhol com o menino, lhe fazer várias perguntas e entretê-lo. A vida ali parecia absolutamente monótona, e nossos corações se encheram em poder ver aquela criancinha tão feliz com algo que para nós era tão simples e banal. 💓️
A cerveja é muito boa! Vale experimentar
Magia del Salar, um Hostel Feito de Sal
Uma das “atrações” que todas as agências mencionam quando vendem os pacotes é o tal de hostel de sal. Na verdade, existem vários desses na região.
O que nos hospedamos se chama Magia del Salar e o chão é todo com pedrinhas de sal, igual à areia da praia. As paredes também pareciam ser compostas de sal (em partes), e a cama… também era de sal!! Brincadeira 🤣️, era um colchão em cima de uma pedra de sal. Ah, e, ao lado havia uma mesa de sal.
Antes de chegarmos, passamos rapidamente numa loja de souvenirs no mesmo quarteirão e compramos cerveja de cactus e de folha de coca! Os sabores são interessantes, mas o que chamou atenção mesmo foi o vinho boliviano Kohlberg que compramos no próprio restaurante do hostel. Se dependesse de nós, descíamos mais umas 3 garrafas ali mesmo… 🍷️
🛌️ Achamos o hostel bem confortável e aconchegante, não temos nada a reclamar. Os banheiros (compartilhados) estavam limpos e a água esquentava. A janta também estava muito boa mais uma vez.
Para fechar a noite, o Pietro ainda saiu fora do quarto e olhou para o céu. Eu infelizmente não fiz isso, mas ele disse que não vai dar detalhes – simplesmente falou para você fazer isso também! 🌠️
Hotel de sal Magia del Salar perto de Uyuni, Bolívia
Salar de Uyuni, Dia 3: Amanhecer e Fotografias no Salar, Isla Incahuasi, Antigo Hotel de Sal, Bosque de Banderas, Monumento Dakar, Feira Artesanal em Colchai, Cemitério de Trens e Mais
⭐️ O terceiro e “último” dia, considerando que o quarto dia seria apenas o retorno até San Pedro de Atacama, é o mais aguardado por todos. É basicamente o dia que justifica o nome de toda a expedição. A grande estrela do rolê!
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Salar do Uyuni: Um Nascer do Sol Inesquecível
Saímos literalmente de madrugada do hostel, antes das 05:00 da manhã. Depois de alguns minutos, já estávamos no Salar, porém o especial do passeio é entrar bem “no meião” dele para tirar as famosas fotos na imensidão branca.
🌄️ Quando o horizonte começou a se alaranjar, o nosso guia Marín estacionou o carro para tirarmos várias fotos divertidas.
Pietro sendo abduzido durante o nascer do sol no Salar do Uyuni. Realizando um sonho!
Isla Incahuasi (ou Isla del Pescado)
Um pouco mais adiante, uma montanha começa a emergir no horizonte no meio do nada. Trata-se da famosa Isla Incahuasi ou Isla del Pescado, a “ilha” de cactos gigantes que significa “Casa Inca” na língua quíchua. A ilha oferece certa infraestrutura para os visitantes, incluindo um restaurante, área coberta e até banheiro – um verdadeiro oásis no meio do deserto. O custo para subir a trilha é de Bs30 (também já contabilizados naquela quantia que as agências pede para você levar).
A trilha até o topo da ilha pode ser um pouco desafiadora por conta da altitude em que estamos, mas basta ir devagarinho e qualquer pessoa com condicionamento básico consegue chegar no topo. Levamos menos de 30 minutos e estávamos apressados pois o sol já estava nascendo.
🌵️ A vista panorâmica é outra coisa que vai tirar o fôlego, não apenas pelos cardones, cactos gigantes centenários pelos quais passamos do ladinho enquanto subimos, mas também pela possibilidade de contemplar o salar em 360º no horizonte e a cordilheira à distância, uma vista inesquecível! Também foi curioso poder ver as inúmeras marcas de pneus no chão de sal.
Trilha de tirar o fôlego, literalmente
Tinha bastante gente no topo e deu para encontrar um cantinho para voarmos e tirarmos algumas fotos. É claro que a gente precisava ver esse lugar de cima, né?
Não deixe de passar no Arco de Coral quando estiver descendo.
Quase 1h30 depois, voltamos até o jeep para tomar nosso café da manhã em uma das mesinhas de sal espalhadas no estacionamento.
Até o banco era feito de sal!
Tempo Livre no Salar do Uyuni para Fotos Divertidas: Sonho Realizado
De barriga cheia, fomos um pouco mais à frente com o carro em um local não tem carros por perto e tiramos algumas fotos. Pudemos nos divertir durante alguns minutos com a imensidão branca como plano de fundo.
📸️ A partir dali, nos afastamos mais ainda da ilha, e nesse momento pudemos tirar as melhores fotos do salar, além de conseguir subir o drone novamente. Ficamos por quase uma hora ali, o suficiente para belas imagens e lembranças incríveis. Foi literalmente a realização de um sonho meu. 🥹
Esse deserto de sal é tão grande que, apesar de termos visto dezenas de carros de expedições diferentes, não vimos nenhuma agência por perto durante um bom tempo. Imagino que cada guia consegue se isolar (sem muitas dificuldades) em um lugar longe de todos.
🧂️ O salar visto de cima é surreal, de verdade. Basta olhar a foto abaixo. O formato hexagonal é uma característica comum em muitos sais minerais quando se cristalizam. Quando as moléculas de sal se organizam em uma estrutura cristalina, elas tendem a formar hexágonos regulares. Por isso que vemos esse padrão geométrico magnífico durante a temporada de seca.
Sempre quis tirar fotos nessa imensidão branca 🥹
Plaza de las Banderas e Museu de Sal (Antigo Hotel de Sal Playa Blanca)
🚩️ Depois de muitas fotos lindas e divertidas, cruzamos o deserto de sal até o ponto possivelmente mais famoso deste passeio, que é a Praça das Bandeiras. Como indica seu nome intuitivo, trata-se de um monumento caracterizada por suas fileiras de mastros altos com várias bandeiras de vários países, estados e até times diferentes (vimos bandeiras da Ponte Preta e do Fortaleza 😂️) e que se tornou Monumento Nacional da Bolívia em 2012.
🌬️ Sem barreiras ao redor, o vento é bem forte e chega sem resistência, o que faz com que as bandeiras tremulem e estiquem quase em sincronia – é super bonito de se ver.
Plaza de las Banderas no Salar do Uyuni
Em frente ao monumento das bandeiras, fica o Museo de Sal, um antigo hotel de sal (o primeiro do mundo) que exibe esculturas e móveis esculpidos em sal.
Atualmente, o museu funciona como uma atração turística e oferece uma pequena loja, banheiros (pagos) e mesas onde alguns grupos de excursão podem fazer suas refeições. É bem interessante ver as esculturas e os detalhes de sal, recomendo que entre e dê uma olhada – eu particularmente deixaria para comprar os souvenirs na próxima parada, a não ser que seja algo especificamente relacionado àquele local.
Museu de Sal (antigo Hotel de Sal Playa Blanca), no Salar do Uyuni
Dakar e Mesinhas de Souvenir
Ao lado da Praça das Bandeiras e do Museu de Sal, fica também o Monumento Dakar, uma linda estrutura construída em homenagem ao famoso Rally Dakar. É impossível sair dali sem tirar uma foto com essa bela obra.
Sua construção se deu em 2016, e o monumento é feito com tijolos de sal e marca a passagem do rali pela região, que começou em 2014. Além disso, em volta ficam também algumas mesinhas com vendedores de souvenirs – tem algumas opções legaizinhas ali, e nós até compramos ímãs, mas a próxima parada é definitivamente o lugar para comprar souvenirs. Este monumento é a última atração dentro do salar. 🥲️
Infelizmente meus souvenirs de sal já derreteram no Brasil… continue lendo!
Mercado de Artesanías de Colchani: O Paraíso dos Souvenirs e do Artesanato
Depois de menos de meia hora, estávamos fora do Salar de Uyuni. Saímos diretamente na pequena cidade de Colchani, a qual costuma ser a base para iniciar os passeios no salar e onde paramos para explorar as dezenas de opções de lojinhas com infinitos souvenirs e peças lindas feitas à mão. Nem preciso falar que nós, amantes de souvenirs, enlouquecemos ali, né?
Rodamos rapidamente por todas as tendas (apenas para bater o olho e “pegar noção” do tipo de coisa que era vendida e o preço médio) e somente então fomos às compras. Foi tudo muito corrido e gostaria muito de poder ter ficado mais alguns minutos ali (pelas minhas contas ficamos menos de 40 minutos).
Mas, felizmente, conseguimos comprar nossos sonhados ponchos bolivianos, os quais deixamos de comprar na Argentina e no Atacama especialmente por serem muito caros. Paguei R$ 50 no meu modelo feminino e o masculino saiu por R$ 100, por ser maior e levar mais tecido.
E foi aqui que ficamos malucos 😂
Ah, e tome cuidado com onde você vai deixar seus souvenirs de sal! Proteja-os bem durante a viagem, e, depois da viagem, em sua casa, certifique-se de não deixar em um lugar com umidade ou que corra risco de molhar, pois o negócio é literalmente feito de sal, mesmo. Meu ímã de sal já derreteu… 🫠
Cartão Wise no Salar de Uyuni, Bolívia
Tem todo tipo de souvenir com estampas coloridas, roupinhas simbólicas que lembram muito a Bolívia. Confesso que perdemos a mão aqui e gastamos todos os nossos bolivianos que levamos e inclusive precisamos passar algumas coisas no cartão. 🤣️
💳️Sim, o cartão Wise funcionou normalmente lá! Tínhamos apenas dólares no saldo e o valor cobrado foi em bolivianos, mas esse cartão é realmente uma maravilha e faz a conversão automaticamente quando você não tem a moeda usada na compra.
Cementerio de Trenes (Cemitério de Trens)
🚂️ Enfim chegamos à última atração da expedição do Salar do Uyuni, outro lugar com várias tendas vendendo belos tecidos e outros souvenirs. Como já haviamos comprado muitos na parada anterior, evitamos até de ver. 🥲️
🪦️ Como o próprio nome diz, o Cemitério de Trens é um local onde antigos trens e vagões abandonados estão expostos, criando uma atmosfera única e desolada. A maioria dos trens encontrados no cemitério datam do início do século XX e foram importados da Grã-Bretanha.
Com o passar do tempo, os ventos salgados do Salar de Uyuni corroeram o metal dos trens, deixando apenas as carcaças para nós, visitantes, explorarmos. O Pietro até subiu em um vagão, mas tome muito cuidado, pois está tudo enferrujado e literalmente caindo aos pedaços!
Última parada oficial da expedição
Um Almoço Diferente na Cidade de Uyuni: Carne de Lhama!
Enfim chegamos na cidade de Uyuni! Pouco depois das 13:00 (sim, o último dia de atrações acaba essa hora, cedinho), almoçamos em um salão ao lado da sede da Sajama Expedições onde o representante da agência pelo lado boliviano nos recebeu super bem.
A refeição, na verdade, foi a última “atração” da expedição: carne de lhama. 🦙️😥️
🥩️ Sim, apesar de parecer estranho para nós (e ficarmos ressentidos pensando na fofura desses bichinhos), é normal comer carne de lhama não apenas na Bolívia como também em muitas das regiões andinas.
As lhamas resistem bem a esse clima e foram domesticadas há milênios pelos povos pré-colombianos, e sua carne atualmente é considerada uma iguaria local. Além disso, ainda fornecem leite e lã, além de suas fezes também poderem ser utilizadas para alimentação como combustível e fertilizante natural.
Bem, o nosso intuito é de sempre tentar ter experiências imersivas, e, já que tivemos a oportunidade, provamos a carne. Já havíamos comido uma vez alguns dias antes no norte da Argentina, em uma empanada, mas sinceramente, não estava nada boa. Entretanto, dessa vez estava uma delícia, bem saborosa!
Depois do almoço deixamos as malas na agência e descansamos por umas horinhas no salão. Nos despedimos do Marin pois ele mora em Uyuni e ficou por lá, além do Julian, um alemão integrante de nossa expedição que também ficaria lá para pegar o ônibus até La Paz, e trocamos de carro (e de condutor), o qual nos levou até Villamar novamente, onde dormimos no mesmo hostel da primeira noite.
Sede da Sajama Expedições e almoço em Uyuni. À direita, despedida do Julian
O retorno de Uyuni até Villamar é cansativo e demorado, levando mais de 3 horas em muita estrada de terra.
⚠️ Além disso, estávamos em uma situação desconfortável pela primeira vez no passeio, pois nosso novo condutor estava visivelmente cansado (ele havia acordado de madrugada para fazer outros passeios), agindo de maneira estranha e dirigindo de maneira imprudente em alguns momentos, como por exemplo quando animais estavam cruzando a pista e ele parecia simplesmente ignorar (ou não ver, o que era difícil) e se aproximar com velocidade sem motivo nenhum, além de outras coisas que preferimos nem comentar.
Felizmente a Sandrita, uma outra querida que estava em nossa expedição, foi o caminho inteiro sendo uma boa co-pilota e companhia, e deu até alguns belos sermões (merecidos) no condutor. 😂️
Nessa terceira e última noite, diferentemente da primeira, ficamos em um quarto com banheiro privado – não estávamos esperando por esse upgrade, mas foi muito bem vindo. Outra diferença é que agora sim o hostel estava cheio com outras pessoas se hospedando lá, mas nada que nos incomodasse, especialmente pois estávamos em uma “suíte” privada.
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Salar de Uyuni, Dia 4: Retorno de Villamar para San Pedro do Atacama, Ônibus para Calama e Voo para Santiago
Como mencionamos anteriormente, a diferença entre o passeio de 3 dias e 2 noites para o passeio de 4 dias e 3 noites é apenas o transfer de volta até San Pedro de Atacama (ou Uyuni caso tenha feito o caminho inverso). Sendo assim, nosso 4º e último dia de expedição foi apenas isso, um transfer de volta para o Chile.
☕️ Acordamos bem cedinho e tomamos café por volta das 07:30 nas Termas de Polques, onde nadamos no primeiro dia (mas dessa vez sem nos banharmos). Fomos atravessar a fronteira somente por volta das 09:00 da manhã, mas, antes disso, há um controle aduaneiro na Reserva Nacional de Fauna Andina onde é obrigatório apresentar aquele ingresso de Bs150 que compramos logo que entramos na Bolívia no primeiro dia. Entendeu o motivo de eu ter falado para guardar bem? O Pietro guardou em um bolsinho de uma de suas 300 carteiras diferentes e precisou ficar procurando por alguns minutos.
Adeus Salar de Uyuni! 🤍
Passando por esse controle, seguimos até o controle imigratório (aquele onde tomamos café no primeiro dia). Ali, algumas pessoas estavam deitadas esperando nosso condutor para levá-las para começar a expedição delas. Deu para entender o porquê de eles ficarem tão cansados: realmente não param, é expedição atrás de expedição!
Demos “baixa” em nossa passagem pela Bolívia e entramos em uma van com outro condutor, o Mauro, que agora nos levou até o Paso Hito Cajón, onde passamos por raio-x e demos entrada no Chile, recebendo a Tarjeta de Turismo da PDI. Dali seguimos para San Pedro de Atacama, até que finalmente, por volta das 10:15 da manhã, já estávamos na cidade novamente.
🤧️ O motorista nos deixou perto da rua Caracoles, onde nos despedimos da Bruna e Sandrita, nossas queridas companheiras de expedição, que são pessoas incríveis e tornaram o passeio ainda melhor do que poderíamos imaginar, e fomos até a loja da Sajama Expedições, a qual fica no comecinho da rua mais famosa da cidade, para buscar a mochila que havíamos deixado lá antes do passeio. Tudo certinho!
Sandrita, Pietro, Bruna, nosso condutor chileno e eu nos despedindo 💔
🚍️ Por fim, caminhamos até a rodoviária onde compramos duas passagens para Calama por $5.000 CLP cada pela empresa Frontera del Norte. Por volta das 13:30 chegamos na cidade, e às 14:00 já estávamos dentro do aeroporto curtindo a sala VIP da Pacific Club. Nosso vôo foi no começo da noite. Ou seja: deu tempo tranquilamente de voltar para San Pedro, pegar o ônibus até Calama e voar para Santiago – tudo no mesmo dia.
Fotos Memoráveis no Salar de Uyuni, Bolívia
Conclusão: O Passeio do Salar de Uyuni Vale a Pena?
Sim, sem sombra de dúvidas! Não poderia destacar o quanto esse passeio é legal e especial. Conhecer o grande salar era um dos meus sonhos, e a sensação de poder realizá-lo tornou tudo ainda melhor. 💞️
O valor é bem justo e não nos arrependemos em absolutamente nada. Apenas preste atenção na agência em que você vai contratar, e dificilmente você também se arrependerá!
Esse passeio costuma ser feito em uma mesma viagem para quem visita San Pedro de Atacama. Confira nosso post completíssimo de atrações do Atacama, e tenho certeza que você vai sentir vontade de ir para lá também. É a combinação perfeita, sinceramente.
Mas e aí, já conheceu o Salar do Uyuni? Ficou com dúvidas, quer compartilhar sua experiência? Deixe um comentário abaixo!
Obrigada por prestigiar nosso post e até a próxima!
Respostas de 4
Boa tarde, gostaria de tirar uma duvida sobre a alimentação do passeio que esta inclusa. É a vontade? Eles arrumam nossa comida? Se eu quiser comer mais (mesmo que pagando) posso?
Obrigada!!
oi Agatha! São 3 refeições, não é a vontade, eles preparam uma travessa de alguma coisa, por exemplo, macarrao, ou arroz com alguns bifes pequenos (no ultimo dia nem tinha bife pra todos rs). Voce chega na atração e enquanto está curtindo o lugar o guia esta montando a nossa mesa. Pelo menos com a agência que fomos nao tinha a opçao de comer mais ou pedir por mais, mas ouvi relatos que em outras funciona da mesma forma. Como estavamos em uma viagem economica e comendo bem pouco, nao sentimos tanta fome, mas dá pra perceber que é bem pouca comida… o que dá pra fazer é levar bastante snacks pra ir beliscando a tarde… ou falar com a agencia antes do passeio o que eles podem te oferecer…
oi… Me senti no Uyumi sem ter ido ainda…. tem de tudo de lá!! queria saber se vc tem algum contato da Sajame Expediciones ou se só lá mesmo se consegue ver preços e reservar o pacote. Obrigada!
oi Katia, te mandei por instagram, espero que sua viagem seja top! <3
eu que agradeço pelo comentário