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San Telmo, La Boca e Puerto Madero: Domingo completo em Buenos Aires

San Telmo, La Boca e Puerto Madero: Domingo completo em Buenos Aires

Viagem em 20 de novembro de 2022
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Olá aventureiros!

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Em nosso terceiro dia completo explorando a bela cidade de Buenos Aires, aproveitamos para conhecer a tradicional feira de San Telmo, que ocorre apenas aos domingos.

Também deu tempo de visitar o bairro de La Boca, onde ficam as lindas casinhas coloridas de El Caminito, e o estádio La Bombonera, do Boca Juniors.

Por fim, terminamos o dia tomando uma baita chuva em Puerto Madero e conhecendo (sem querer) mais um excelente centro cultural. Vem conosco!

Dia 3: Domingo completo em San Telmo, La Boca e Puerto Madero

Bom, se você já leu algum roteiro de Buenos Aires, muito provavelmente se deparou com a Feira de San Telmo, que, como disse acima, acontece somente aos domingos.

A feirinha, que de pequena não tem nada, se estende por diversas ruas ali na região do Centro. Como era um pouco distante de nosso apartamento, caminhamos até o metrô de Callao e descemos (ou subimos?) na estação de Independencia.

As caminhadas pela cidade de Buenos Aires são sempre aprazíveis para os apreciadores de arquitetura urbana.

Metrô de Buenos Aires

Metrô em Buenos Aires

Como foi nossa primeira vez utilizando o metrô na cidade, precisamos comprar o cartão do “Subte”. Foi uma correria para achar, visto que era domingo de manhãzinha e, em cada guichê que perguntávamos, todos nos diziam para comprar esse cartão nos diversos kioscos espalhados pelas ruas (aquelas lojinhas de conveniência). Estávamos na estação Callao.

E, nos poucos quiosques que encontramos abertos, nos diziam o contrário – que os cartões só eram vendidos nos guichês. Depois de entrar e sair em umas 5 estações, desistimos – pois nosso roteiro já seria corrido e perdemos quase 1 hora nessa brincadeira. Então, decidimos tentar pedir para alguém que estivesse passando que nos liberassem com o cartão deles, e pagaríamos o valor da passagem em dinheiro. E a vergonha de fazer esse pedido em espanhol?

Por sorte, pedimos a uma família que entendeu nosso problema e passou o deles para gente, recusando até mesmo que lhe pagássemos pelas passagens (custavam cerca de R$ 0,74 cada).

Preços do metrô de Buenos Aires - o cartão saia por volta de R$ 2,10 e cada passagem por R$ 0,70

Evidentemente que mais tarde fomos atrás desse cartão para usar e abusar do metrô nos próximos dias na cidade, já que era super barato e rápido. O cartão custou R$ 2,20.

Feira de San Telmo: muvuca, Mafalda e barraquinhas

O percurso que fizemos foi da estação Callao até a Independencia. Nós descemos nessa estação pois pesquisamos no Google Maps, o qual indicava que a feira ficava a umas duas quadras dessa estação. Entretanto, para nossa logística isso foi um erro, pois depois da feira nós pretendemos ir para o bairro La Boca, que fica ainda mais para baixo.

Em vermelho: caminho de Callao até Independencia. Verde: o que teríamos feito se soubéssemos que a feira se estende por todo o retângulo azul

Sendo assim, se pretende juntar os dois bairros no mesmo dia (e eu recomendo que o faça), fica a dica: desça na estação Plaza de Mayo, aquela praça onde se situa a Casa Rosada. A partir dali, entre na rua Defensa (você provavelmente já vai estar vendo a rua com infinitas barraquinhas), e siga caminhando à vontade pelas próximas 12 quadras (aproximadamente).

Como não sabíamos disso, descemos na estação Independencia, de modo que começamos a caminhar e ver as barraquinhas em direção ao Norte. Depois disso, tivemos que andar todo o caminho de volta para o Sul, em direção ao bairro La Boca.

Enfim, divagações à parte… ficamos bem confusos ao chegar na tal “feirinha”, pois não é um lugar específico e exatamente demarcado (apesar de ter, sim, uma pracinha “principal”).

Os agitos da Feira de San Telmo

Eram ruas com muita, muuuuita muvuca e tendinhas. Não dava pra saber onde começava e onde terminava. Comprei apenas um óculos de sol (o meu tinha quebrado no dia anterior na Floralis Generica), alguns imãs de geladeira e umas latinhas de cerveja para refrescar o calor intenso.

Explorando a badalada feira, conhecemos as famosas “Milongas”, que é um gênero musical muito interessante; a dança nos remeteu muito a um tango mais acelerado. E, para quem não foi em nenhum show de tango (eram um pouco caros para nosso orçamento), foi uma experiência bem legal, autêntica e gratuita. Vimos várias durante o dia, e os artistas dançam e pedem gorjetas para quem estiver passando. 

Seguindo o fluxo de pessoas, chegamos em uma viela com mais tendinhas. Tinha menos pessoas e parecia mais organizada, e, nas barraquinhas, havia mais artesanato e decoração do que bugigangas, diferentemente das espalhadas pela rua. Na verdade, o que estava chamando atenção ali era o banquinho com a Mafalda sentada – uma fila enorme para fotos, nem perdemos tempo. Essa personagem foi criada pelo cartunista argentino Quino, e é muito famosa no país, de maneira parecida como a Turma da Mônica é para nós.

Banco da Mafalda e os dançarinos de tango

Plaza Dorrego, o coração e as antiguidades da feira

Por fim, terminamos a visita à Feira de San Telmo na Plaza Dorrego, onde estava tendo um show muito animado de tango/milonga com 3 casais e várias pessoas em volta assistindo. Ali também tinham barraquinhas mais voltadas para itens antigos.

O coração da Feira de San Telmo: Plaza Dorrego e suas antiguidades

Mercado San Telmo

Cerca de duas quadras para cima, rumamos ao Mercado San Telmo pois já era hora do almoço e estávamos cansados e famintos. Muito semelhante a outros mercadões que já visitamos, estava lotado, fervendo (figurativamente) de pessoas e (literalmente) de calor, principalmente por ser domingo e estar passando um jogo da Copa do Mundo.

Mercado de San Telmo caótico: em horário de almoço e exibindo jogo da Copa

Desistimos de comer pois os preços não eram tão bons e o ambiente estava nos apavorando com a quantidade de pessoas. Assim, caminhamos algumas quadras até chegar praticamente onde se pegam as balsas da Colonia Express, assim como fizemos em nossa ida ao Uruguai alguns dias antes. Dali, pedimos um Uber até o bairro La Boca.

Bairro La Boca: conhecendo a colorida El Caminito

É claro que começamos a visita pela famosa rua colorida de El Caminito. Em frente à loja Cachafaz Caminito, muitas pessoas paravam para tirar fotos com uma roupa alugada de dançarinos de tango, e também aproveitamos para entrar e subir no segundo andar, onde tinha uma varanda com vista para a rua.

El encantador Caminito

Nas ruas coradas, também é possível encontrar uma infinidade de restaurantes e barzinhos. As ruas são compostas basicamente por esses restaurantes, alguns mini shoppings e muitos muros e casas coloridas. Você vai caminhando e se perdendo nas ruazinhas paralelas.

As mesas dos restaurantes ficam espalhadas pelas calçadas. Cada casinha com uma cor e arte diferentes

O melhor choripán está na churrascaria El Gran Paraiso

Inclusive, foi assim que encontramos a churrascaria El Gran Paraiso, onde comemos o melhor choripán de todos, uma tradicional linguiça no pão que nos custou R$ 18 bem gastos. Tem uma parte interna, mas fizemos o pedido em uma bancada voltada para a rua e esperamos na frente mesmo, onde dá para ficar observando as grelhas com dezenas de peças de churrasco sendo feitas.

Casinhas coloridas e um delicioso choripan em El Gran Paraiso

Estádio La Bombonera, do Boca Juniors

Seguindo adiante, paramos rapidamente na Heladeria Piriápolis para experimentar um milkshake de dulce de leche que nos chamou a atenção. Fomos caminhando em direção ao estádio La Bombonera, do Boca Juniors, e é muito interessante ver a quantidade de lojas temáticas do time, que iam aumentando conforme nos aproximávamos do estádio.

Milkshake com a especialidade dos argentinos e o famoso La Bombonera

O passeio por dentro é pago, onde tem o Museo Club Atlético Boca Juniors. Como havíamos lido que não ia até o campo, somente dentro do museu, não fizemos questão de pagar os R$ 28 para entrar e ficamos apenas olhando a loja da Adidas e tirando fotos na parte externa.

La Bombonera, estádio do Boca Juniors

Plaza Irala

Ao lado do estádio, sentamos para descansar em uns bancos de cimento muito confortáveis na Plaza Irala. Ali, começou a chover e pedimos um Uber para a hamburgueria El Banco Rojo.

Fachada do La Bombonera vista da Plaza Irala

El Banco Rojo, uma hamburgueria alternativa

Gostamos do ambiente agradável e também da energia alternativa do local, o qual estava muito movimentado. Tem uma área externa com os bancos vermelhos que dão nome ao lugar, mas nos sentamos dentro por conta da chuva. Pelo que vi, parecia ter apenas funcionárias mulheres. Pagamos R$ 28 por um chopp e um lanche que vinha com papas fritas diferentes (pareciam salgadinho), estava tudo muito gostoso.

Hamburgueria El Banco Rojo

Puerto Madero e Porto de Buenos Aires

Alimentados, andamos pela Avenida Independencia até chegar no Porto de Buenos Aires, onde atravessamos a ponte e entramos no bairro de Puerto Madero. É um bairro diferente, com vários prédios altos e que aparenta ser mais moderno do que o resto da cidade, por conta de uma recente revitalização que o transformou em uma nova área turística. Também tem uns guindastes (grúas) inativos gigantescos que deixam o cenário ainda mais interessante.

O bairro de Puerto Madero é muito moderno

Caminhamos ao lado do Rio Darsena Sur e vimos uma infinidade de barzinhos e cafés. Foi um lugar muito legal de conhecer, apesar de não termos parado para comer em nenhum. Como de praxe, o calçadão estava super florido e bonito.

As cenas encantadoras de Puerto Madero

Puente de La Mujer e bar Peñón del Águila

Seguimos até perto da Puente de La Mujer e planejávamos ir no bar Peñón del Águila Puerto Madero, mas o bar fechou por conta da chuva, então demos a volta no quarteirão para ver se tinha mais barzinhos. Passamos rapidamente por um supermercado Dia (tem vários na Argentina) comprar uma cerveja e água, e então a chuva apertou absurdamente e precisamos esperar mais de meia hora embaixo da fachada de um prédio.

Puente de La Mujer e o bar flutuante Peñón Del Águila

Quando finalmente a chuva deu uma trégua, atravessamos a ponte ao lado do bar flutuante e estávamos indo em direção à estação de metrô Correo Central, quando demos de cara com um prédio com arquitetura linda e gigantesca que estava muito movimentado e prontamente despertou nossa curiosidade.

Centro Cultural Kirchner: mais um centro cultural interessante

O prédio ficava bem em frente ao metrô, e se tratava do Centro Cultural Kirchner. Muito imponente, localizado no centro, tem nove andares e abriga várias exposições, uma diferente em cada andar, com propostas diferentes entre elas. É o maior centro cultural da América Latina e o terceiro maior do mundo. Nem sabíamos da existência de tal, então quando entramos, não havia nenhuma expectativa.

O lindo edifício do Centro Cultural Kirchner

Por dentro, ele era chique, alto, parecendo um palácio. Como chegamos tarde (perto das 19h de um domingo), vários andares já haviam encerrado suas exposições e estavam vazios. Também percebemos que a maioria das salas não pareciam estar sendo usadas naquele dia, e o “desperdício” de espaço nos afligiu um pouco.

Mesmo chegando tarde, ainda conseguimos visitar uma exposição na sala principal de onde estava vindo uma barulheira aleatória. Ali, artistas levaram seus instrumentos (haviam dezenas de instrumentos que nunca vimos antes), e os visitantes podiam ouvir explicações e tocar esses instrumentos.

Parte interna do Centro Cultural Kirchner

Andando e desbravando o prédio, chegamos em uma salinha “escondida”, com apenas uma moça aparentemente controlando a entrada na porta. Parecia ser o último evento do dia. Pedimos para entrar e eis que estávamos em um anfiteatro LOTADO, nos deparando com um concerto de 4 homens tocando instrumentos muito diferentes (pesquisei e acho que o nome do grupo era Iberian Ensemble).

Show do Iberian Ensemble no Centro Cultural Kirchner

Saímos de lá maravilhados com mais uma experiência que não estávamos esperando e nem estava no nosso roteiro. Geralmente planejamos muito nossos roteiros, então amamos quando acontecem coisas inesperadas. Vocês podem conferir a agenda do CCK clicando aqui.

Casa Rosada e Plaza de Mayo à noite

Ao invés de pegar o metrô planejado inicialmente, como estávamos bem próximos da Plaza de Mayo, resolvemos dar um pulo para ver a Casa Rosada iluminada à noite. Valeu a pena demais! Estava muito linda e charmosa com suas luzes rosa e azul. Entramos na estação ali na praça mesmo e voltamos para o apartamento.

Casa Rosada iluminada à noite

Enfrentando a fila da pizzaria El Cuartito

Domingo, morrendo de fome e sem ideias para jantar, tomamos a brilhante decisão: chegou a hora de conhecer a pizzaria mais famosa da cidade. Fomos até a El Cuartito, em uma caminhada de aproximadamente 20 minutos do nosso apartamento, e, chegando lá, descobrimos que a decisão não fora tão brilhante como pensávamos.

Demos de cara com uma fila que ia literalmente até a esquina, mas decidimos ficar pois estávamos muito dispostos a entender o porquê de essa pizza ser tão tradicional, além de estar com preguiça de procurar outro lugar em um horário tarde (já era quase 22h).

Fila de mais de hora para entrar em El Cuartito no domingo à noite

Depois de uma hora de fila, finalmente chegou nossa vez. Lá dentro é incrível, a decoração recheia as paredes com vários quadros, camisetas e bandeiras. Pedimos uma pizza metade palmito e metade marguerita ($2500), uma Coca-Cola e uma cerveja da casa. A janta saiu por aproximadamente R$ 40 cada, e saímos muito satisfeitos. A pizza é maravilhosa e chegou rapidinho, certamente uma das mais gostosas que já comemos.

Pizzaria El Cuartito

Fica a dica para usar o modo câmera do Google Tradutor na hora de ver o cardápio; essa ferramenta nos ajudou em vários momentos da viagem.

Tradutor no celular

Três bairros para nosso terceiro dia

Assim terminou mais um dia de muita caminhada e exploração, conhecendo lugares incríveis e três bairros diferentes de Buenos Aires.

A espera na fila da pizzaria El Cuartito nos quebrou um pouco pois já era fim de dia, estávamos bem cansados e famintos, mas, faz parte da experiência!

Os valores detalhados de tudo que consumimos neste dia estão expostos logo abaixo. Para o tanto de coisas que vimos, está ótimo, né?

Qual desses três bairros você gostou mais? Conta para a gente nos comentários. 🙂️

🇦🇷️ Clique aqui para entrar em nosso grupo gratuito de WhatsApp sobre a Argentina!

No dia seguinte, o penúltimo em Buenos Aires, finalmente fomos até o bairro de Palermo, o qual estávamos em dúvida inicialmente se deveríamos nos hospedar lá. Também tem muita coisa para fazer, então, o próximo post é imperdível!

Clique aqui para conferir como foi o nosso quarto dia em Buenos Aires!

Se quiser conferir o roteiro completo de 5 dias em Buenos Aires, veja esse post.

Até a próxima!

Vídeos e fotos nos destaque do Instagram

Quanto gastamos no 3º dia em Buenos Aires?

R$ 212,11

Despesas aproximadas por pessoa

  • Alimentação R$ 71,63

    Choripán, milkshake, cervejas, mercado, pizza

  • Extras R$ 24,16

    Souvenirs, óculos

  • Transporte R$ 15,43

    Uber, cartão Subte

  • Hospedagem R$ 100,89

    1 noite em Buenos Aires

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