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Conheça 9 Cenotes Incríveis na Região de Quintana Roo e Yucatán

Conheça 9 Cenotes Incríveis na Região de Quintana Roo e Yucatán

Viagem em 22 de maio de 2022
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Olá exploradores!

Durante nossa viagem ao México em maio/2022, além das incríveis ruínas maias, não pudemos deixar de explorar os inúmeros cenotes da região.

E, apesar de nunca termos qualquer experiência com snorkeling ou mergulho, podemos afirmar com toda certeza que são destinos imperdíveis para qualquer pessoa que esteja passando pela península de Yucatán, onde há mais de 6000 cenotes.

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Afinal, o que é um cenote? Como eles se formam?

Esses poços naturais se formaram há milhares de anos através da infiltração da chuva e colapso da estrutura que cobria rios subterrâneos. Assim, após a ruptura de tal estrutura – geralmente composta de calcário -, abriram-se autênticas “janelas” espetaculares no chão.

Dentre as características principais dos cenotes, pode-se notar a presença de água (quase sempre) cristalina, justamente por eles terem se originado de rios subterrâneos. E, como o solo é majoritariamente composto por calcário, e esse tipo de rocha sedimentar é extremamente poroso, a água é “filtrada”, tornando-se transparente.

Cenotes são verdadeiras jóias naturais escondidas que não devem ser subestimadas por roteiro algum!

O que significa cenote em espanhol? Por quê se chama cenote?

O termo “cenote” deriva da palavra “Ts’onot”, que significa “poço” ou “abismo” na língua Iucateque, usada pelos nativos maias na Península do Iucatão para se referir a qualquer local com águas subterrâneas acessíveis.

A importância histórica dos cenotes: como os maias utilizavam-nos

Os cenotes tinham grande importância para os Maias. Eles acreditavam que essas cavidades eram portais para o mundo subterrâneo de Xibalbá, o perigoso inframundo habitado pelos senhores malignos da mitologia maia. E que o deus da chuva, Chaac, habitava nas profundezas desses poços, os quais eles consideravam como sagrados. Os Maias também faziam rituais e cerimônias nos cenotes sagrados para atrair chuvas e boas colheitas.

Além da questão mitológica e religiosa, os cenotes também foram essenciais para a civilização Maia por conta das “deficiências” geográficas de Yucatán: não há rios ou lagos naturais em toda a península – o sistema aquífero é composto por rios subterrâneos e cavernas inundadas. Portanto, o acesso à água doce era possibilitado através dos cenotes. Essa não era a única fonte de água dos maias pois sabiam construir reservatórios para coleta de água da chuva, mas era a principal fonte utilizada.

Os tipos de cenote

Podem ser encontrados em quatro diferentes tipos:

  1. Cenotes abertos. Facilmente confundíveis com lagoas, tendem a ser rodeados de extensa vegetação e populados por uma rica fauna. Parecem verdadeiros “oásis” escondidos no meio da floresta;
  2. Cenotes semi-abertos. O contraste entre a parte aberta e a parte submersa forma formações rochosas enigmáticas e fascinantes jardins alagados;
  3. Cenotes de caverna. São os mais jovens e tendem a possuir forma circular, sendo acessíveis por meio de túneis ou passagens. A maior incidência de estalagmites e estalactites tornam-no especiais;
  4. Cenotes verticais (ou antigos). Totalmente abertos, são os mais famosos, tendo “paredes” altas de até 25 metros.
Cenote Azul, Cenote Sac Aua, Cenote Taak Biha, Cenote Ik Kil

Isso posto, a luz solar é um fator relevante durante as visitas, pois, dependendo do cenote, a incidência de luz no interior da caverna pode embelezar exponencialmente o local.

Ainda assim, cada cenote, sem exceção, tem sua peculiaridade e seu aspecto que o torna único. São todos maravilhosos, e fica até difícil escolher quais visitar! Para facilitar essa escolha, reunimos neste artigo alguns dos melhores cenotes da península de Yucatan.

Quantos cenotes existem no México?

Não há um número exato. É difícil precisar com exatidão quantos cenotes existem no México, visto que muitos deles ainda não foram descobertos ou mapeados.

No entanto, estima-se que existam possivelmente cerca de 10 mil cenotes espalhados pelo México, sendo que 6 mil estariam por toda a península de Yucatán.

Alguns desses cenotes são acessíveis ao público e foram desenvolvidos para atividades recreativas, enquanto outros permanecem intocados e podem ser explorados apenas por espeleólogos e mergulhadores experientes.

Tem cenotes no Brasil?

No Brasil, embora não haja formações idênticas aos cenotes, existem formações geológicas semelhantes, como as dolinas e os abismos, que também podem conter águas subterrâneas. Entretanto, essas formações não são tão comuns ou tão bem desenvolvidas como as encontradas no México e na América Central.

De qualquer maneira, para aqueles que desejam experimentar ambientes semelhantes aos dos cenotes, uma opção seria de visitar Bonito, no Mato Grosso do Sul. Localizado no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, este destino também oferece locais de mergulho e flutuação fascinantes em rios com mais de 2 mil espécies de animais aquáticos e inúmeras plantas, muito propícios para praticar snorkel.

Embora as formações subterrâneas em Bonito sejam diferentes dos cenotes, você também terá uma experiência única e emocionante.

Por que visitar cenotes

Os cenotes oferecem diversas oportunidades para os aventureiros. Alguns dos motivos para conhecer essas maravilhas incluem a beleza natural das águas cristalinas e da vegetação exuberante ao redor; a possibilidade de praticar atividades aquáticas como nadar, mergulhar e fazer snorkel; além de aventuras como rapel e tirolesa.

Os cenotes também possuem valor histórico e cultural, sendo considerados sagrados pelos povos maias e utilizados em rituais religiosos, além de oferecer um ambiente perfeito para relaxar e se desconectar.

Por fim, são excelentes complementos para a exploração de ruínas maias, visto que estas estão expostas ao sol quente e clima abafado e seco dessas regiões; assim, você poderá se refrescar à vontade depois do calorzão que passará nos sítios arqueológicos.

Não deixe de vivenciar essa experiência única e inesquecível!

O que fazer em cenotes?

A atividade mais legal de se fazer em um cenote é, sem dúvidas, snorkeling (ou esnórquel), uma prática esportiva de mergulho utilizando máscaras e tubos para respiração. A água é absurdamente cristalina, e é possível observar e contemplar a vida marinha desses locais, além da vegetação submersa, troncos caídos e formações rochosas incríveis. Garanto que você não se esquecerá do momento em que raios de sol iluminarem a água enquanto estiver com seu snorkel!

Snorkel no Cenote Sac Aua

Na maioria dos cenotes, há muitos peixes pequenos (e alguns não tão pequenos) que podem dar mordidinhas em suas pernas e pés enquanto você nada. Se você nunca experimentou isso antes, não se preocupe, pois é completamente indolor, mas pode dar um pouco de aflição. De qualquer forma, os peixes são predominantemente pequenos e completamente inofensivos.

Cenote Sac Aua

Para os mais experientes, ou até para quem deseja se aventurar (e gastar) ainda mais, há também diversos passeios de mergulho com direito a cilindros de oxigênio, lanternas e roupas de neoprene. O Cenote Dos Ojos, por exemplo, faz parte do sistema Sac Actun, a maior rede de cavernas subaquáticas do mundo, que só pode ser explorada por mergulhadores. Quando se está fazendo snorkeling no local, pode-se ver diversas lanternas distantes nas escuras profundezas desses cenotes.

Além disso, claro, simplesmente nadar nesses lugares já é bastante agradável, visto que as temperaturas na península de Yucatán quase sempre estão elevadas. Alguns cenotes possuem água bem gelada, mas isso não é realmente um problema no México, a não ser que vá em uma época que esteja fazendo frio / chovendo muito, ou que passe horas na água gelada, sem sair.

Cenote dos Ojos

Ah, lembrando que, antes de entrar em qualquer cenote, você será obrigado a tomar uma ducha para tirar o protetor solar e outros produtos do seu corpo, mantendo assim as águas limpinhas.

Por fim, meramente contemplar não apenas o cenote em si mas também seus entornos, é uma experiência única. Os diversos tipos de cenotes trazem diferentes perspectivas, e cada um tem sua beleza ímpar.

O que levar em um cenote?

Muitos dos cenotes que visitamos requerem basicamente esses itens. Deixávamos as coisas no carro e levávamos apenas uma mochila com esses itens – sendo que o chinelo apenas usávamos para guardar as sapatilhas limpas. Aquelas toalhas de secagem rápida também são uma boa opção, pois basta tirar o excesso de água e o calor do México dará conta de secar o resto do corpo.


Os dois itens que consideramos realmente indispensáveis nos cenotes são as máscaras de snorkel e sapatilhas aquáticas. Ambos podem ser facilmente encontrados para comprar em grandes mercados, como Walmart e Mega Soriana. As sapatilhas também são vendidas em todas aquelas lojas “genéricas” com o preço em dólares. Você provavelmente gastará de R$ 40 a R$ 80 nas sapatilhas (preços em maio/2022), e de R$ 50 a R$ 100 nas máscaras.

Snorkel e sapatilhas que usamos

Nós já tínhamos esses equipamentos, então trouxemos do Brasil. Não hesite em comprá-los, visto que eles podem ser usados futuramente em muitos outros lugares: cachoeiras, lagos, rios e outros. O Pietro é fã das sapatilhas!

Por serem lugares, em sua maioria, isolados, o pagamento quase sempre será feito com dinheiro em espécie. Alguns lugares aceitam dólares, mas recomendamos que leve pesos mexicanos para não ter nenhum problema (e também para não sofrer com cotações ruins). Clique aqui para ler sobre o cartão de débito da Wise, a melhor forma de conseguir dinheiro em espécie no México (e justamente a forma que utilizamos).

Por serem águas muito cristalinas, é legal também ter uma opção para alguns registros enquanto estiver nadando. Caso não tenha um celular à prova d’água ou uma GoPro, pode comprar também aquelas capinhas que protegem os celulares da água, mantendo-os bem selados.

Cenote Taakbiha

Além disso, dependendo do lugar, eles oferecem coletes salva-vidas. Em alguns, obrigavam a usar; em outros, era opcional; e, em outros, era preciso alugá-los. Em poucos que fomos havia guarda-volumes. Geralmente, as pessoas deixam os itens em uma mochila na área seca do cenote, mas, apesar de serem lugares seguros e monitorados, sempre ficávamos de olho e tentávamos não nos afastar muito.

9 cenotes imperdíveis no México

Em maio de 2022, viajamos para Playa del Carmen e selecionamos esses 9 cenotes para conhecer, os quais consideramos os melhores cenotes para conhecer no México. Evidentemente que a lista é baseada em nossa experiência própria e limitada pelos lugares que pudemos planejar com antecedência e visitar.

Cenote Tankach-ha

O Cenote Tankach-Ha é um dos três mais populares de Cobá, uma antiga cidade da civilização maia e que hoje é um sítio arqueológico. Esses cenotes são localizados bem próximos uns dos outros – os cenotes Choo-Ha e Multum-Ha são praticamente vizinhos.

Esse foi o primeiro cenote que conhecemos em nossas vidas, e, apesar de ter visto muitas fotos, não sabia muito bem o que esperar.

Chegando no local, deve-se tomar uma ducha e descer uma extensa escada de madeira para chegar até o poço. Após alguns degraus, já é possível observar o impressionante “salão” subterrâneo que compõe esse cenote.

Descendo até o fim, chega-se até uma pequena área seca com duas entradas opostas para a água. Todas as nossas expectativas foram superadas: uma água linda, gelada e surrealmente cristalina. A caverna é iluminada artificialmente, pois o teto é totalmente fechado.

Chegamos cedo, logo após a visita às ruínas de Cobá, e tivemos o privilégio de estarmos sozinhos com o local todo para nós!

De todos os cenotes que visitamos, esse é um dos melhores para snorkeling. Infelizmente, por essa ser nossa primeira experiência em um cenote, e por estarmos a sós no local, ficamos inseguros de curtir e explorar mais.

A água é azulada e muito funda, chegando a 20m de profundidade – seu nome, inclusive, significa “águas profundas” em língua maia. Ainda assim, a cristalinidade permite ver tudo que está acontecendo ali embaixo. Muitos peixinhos.

Na escada, há duas plataformas para pular: uma de 5 metros e outra de 10 metros de altura. O Pietro pulou na plataforma mais baixa e sofreu um pouco com a queda. Atenção: se não tiver experiência com saltos altos, eu definitivamente não recomendaria que pule.

Cenote Tankach-ha

Pagamos $100 pesos mexicanos por pessoa (maio/2022), e recomendamos muito a visita. O horário de funcionamento é das 08h às 17h. Passamos cerca de 45 minutos no local. Pode pedir por coletes salva-vidas na entrada – não usamos, mas vale a pena usá-los para se sentir mais seguro e curtir melhor o snorkeling, mesmo que saiba nadar.

Cenote Choo-Ha

O Cenote Choo-Ha, por ficar a menos de 300 metros do Tankach-Ha (dá para ir a pé de um para o outro), é também parada obrigatória para quem estiver passando por Cobá.

Trata-se de um pequeno cenote fechado – uma caverna subterrânea cheia de estalactites e estalagmites. Seu nome se traduz como a “água que pinga” em referência à água pingando de suas formações rochosas. A iluminação artificial exalta bem essas estruturas.

Diferentemente do primeiro, havia mais gente no local. Mas logo percebemos como os cenotes são tão diferentes uns dos outros: a água é bem rasinha e também cristalina, mas uma coloração mais esbranquiçada; o teto, muito mais baixo.

Há um vestiário e é preciso tomar uma ducha antes de entrar. A escada de madeira, que deve ser descida com cuidado pois pode estar escorregadia quando molhada, leva diretamente caverna adentro.

Mesmo com outras pessoas, é um lugar bem sereno e silencioso. O chão submerso pode ser visto facilmente, devido à água rasa.

Cenote Choo-ha

Também pagamos $100 pesos mexicanos (maio/2022), e passamos cerca de 35 minutos no local. O horário de funcionamento é das 08h às 17h. Para quem quiser, pode pegar coletes salva-vidas na entrada, mas esse cenote é muito mais raso que o anterior.

Cenote Multum-Ha

O Cenote Multum-Ha (“colina de pedras” em língua maia) é o terceiro e último do grupo de três cenotes situados próximos uns aos outros. Não é exatamente vizinho um do outro, assim como os outros dois, mas fica a cerca de 3 km de distância (menos de 10 minutos de carro). A estrada de terra é bem esburacada, mas aceitável.

É um pouco semelhante com o Tankach-Ha, mas é mais aberto e menos “intimidador”. Há também um pequeno buraco no teto, pelo qual, dependendo do horário, os raios solares incidem dentro da caverna e embelezam ainda mais a água.

A área seca é uma plataforma de madeira, onde dá para deixar os pertences. Além de nós, havia outras cinco pessoas no local.

É sem dúvidas um dos melhores cenotes para usar seu snorkel, e foi inclusive a primeira vez que o utilizei, pois demorei para criar coragem. Gostei tanto que acabei até arrependida de não ter usado nos outros dois.

A sensação de mergulhar e flutuar, contemplando silenciosamente o visual incrível do fundo do poço, que é iluminado por algumas luzes artificiais estratégicas, é inesquecível. Sua profundidade fez eu me sentir em um mundo alternativo, difícil de explicar. A água estava bem limpa e com temperatura agradável.

Cenote Multum-ha

Assim como nos outros dois cenotes, pagamos $100 pesos mexicanos (maio/2022). Ficamos lá por aproximadamente 50 minutos. O horário de funcionamento também é das 08h às 17h. Seguindo o procedimento padrão, é preciso tomar uma ducha antes de entrar, e há cabines para trocar de roupa.

Os ingressos para os três cenotes de Cobá devem ser comprados em uma cabaninha rústica na beira da rodovia, logo na entrada da estrada de terra para chegar nos dois primeiros cenotes – as coordenadas são aproximadamente essas. Pode-se conhecer os três principais cenotes próximos de Cobá em menos de 2 horas.

Cenote X'Canché

Durante a visita às ruínas de Ek’ Balam, é bastante conveniente aproveitar para conhecer o Cenote X’Canché, que fica muito próximo do sítio arqueológico.

A entrada fica dentro do próprio estacionamento de Ek’ Balam, sendo a partir dali cerca de 2 km de distância. Sendo assim, depende da sua disposição se quer percorrer o caminho a pé ou alugar uma bicicleta no local. Nós fomos até lá de carro.

Apesar de ser bem turístico e geralmente cheio, justamente pela localização, trata-se de uma combinação perfeita para se refrescar depois de explorar os vestígios maias de Ek’ Balam.

O procedimento é o mesmo: ducha antes de entrar, coletes salva-vidas opcionais. Tinham também alguns armários para guardar as coisas, mas não usamos. No local há banheiro e um restaurante, o qual não tivemos tempo de conhecer – dizem ter preços justos e boa qualidade, com opções a partir de $80 pesos mexicanos (maio/2022).

Ao seu redor há alguns “mirantes” nas escadas de madeira usadas para descer até o nível da água. E é um lugar muito lindo, tanto visto por cima como também por baixo, onde os cipós enaltecem a beleza do local.

A água estava um pouco turva e escura – portanto, as atividades principais são relaxar, nadar e contemplar a beleza desse cenote, que é aberto: flutue e aprecie a bela visão do céu azulado com os harmoniosos cipós ao redor. Há também uma corda para se pendurar e pular na água. Por cerca de $400 pesos mexicanos (maio/2022), pode-se até fazer rapel no local. Tem tirolesa também!

Cenote X'Canché

Pagamos $170 pesos mexicanos (maio/2022) pela entrada. Ficamos lá por cerca de 45 minutos, após visitar as ruínas de Ek’ Balam, e é justamente a melhor combinação a se fazer para conhecer esse cenote. Apenas fique de olho no horário, pois está aberto entre às 08h e 16h, sendo que a última entrada é às 15h30.

Cenote Ik Kil

Similarmente ao cenote X’Canché, que fica ao lado das ruínas de Ek’ Balam, o Cenote Ik Kil também é uma opção conveniente caso esteja visitando o sítio arqueológico de Chichen Itzá, situado a aproximadamente 3 km de distância.

No entanto, justamente por estar ao lado de um destino muito popular – Chichen Itzá, uma das 7 maravilhas do mundo moderno, está entre os sítios arqueológicos mais visitados do México -, o local está sempre muito cheio, principalmente por geralmente as pessoas conhecerem as ruínas e depois já irem para o cenote se refrescar. A parte seca não é muito grande, e quando visitamos, mal conseguimos andar por lá!

Dentre os que visitamos, esse era o cenote mais “estruturado”. Há restaurante e sorveteria; tem um estacionamento gigante; o banheiro é amplo e limpo. Não é permitido descer com nada (nem bolsas/mochilas) além de celular, trocas de roupa e equipamentos para snorkeling – há muitos armários para guardar os pertences, com funcionários monitorando tudo. O colete salva-vidas é obrigatório e disponibilizado no local, e também é necessário tomar uma ducha (gelada) antes de entrar.

Ainda assim, é muito bonito e nos lembrou bastante o X’Canché: com sua abertura de 60 metros de diâmetro, trata-se de um cenote do tipo aberto e rodeado por cipós. Tem também uma corda para se pendurar e pular na água, ou pode pular diretamente da plataforma elevada, a alturas de 3 a 5 metros.

A escada que dá acesso à água se parece com um “túnel” de pedras, e há alguns pontos de mirante com uma vista interessante para o cenote, o qual a superfície fica a cerca de 18 metros abaixo do nível do solo. Tenha cuidado ao descer essa escada, pois ela provavelmente estará molhada e escorregadia.

A água estava turva e o local estava lotado. Apesar de vermos muitos peixinhos, não achamos que esse cenote seja tão interessante para snorkeling, e sim para relaxar e contemplar essa maravilha natural.

Cenote Ik Kil

Pagamos $150 pesos mexicanos (maio/2022). Está aberto entre às 09h e 17hfique atento com o fuso horário do estado de Yucatán, que em alguns meses do ano tem uma hora de diferença em relação ao estado de Quintana Roo. É uma visita conveniente caso Chichen Itzá já esteja em seu roteiro, mas não iríamos até lá apenas para conhecer o cenote. De qualquer forma, caso vá visitar as ruínas na parte da tarde, tente chegar no cenote o mais cedo possível, e provavelmente estará mais vazio. Ficamos cerca de 1 hora no local.

Cenote Sac Aua

Quando se fala sobre Valladolid, uma charmosa cidade mexicana que fica bem localizada para explorar a península de Yucatán, a maioria das pessoas pensam nos cenotes Suytun, Zaci, Ik Kil ou X’Canché. No entanto, o Cenote Sac Aua é uma das gemas dessa lista que montamos.

Muito menos turístico e conhecido que os anteriores, esse cenote ganhou nossos corações. Há milhares de anos, seu teto colapsou, formando uma ilha circular a céu aberto e quase que perfeita – é tão surreal que parece um cenário montado.

Depois de estacionar o carro no local, você deve tomar uma ducha (caso vá nadar) e percorrer um pequeno caminho reto de cerca de 400 metros (de 5 a 10 minutos). Quando fomos, havia um morador no final desse caminho realizando alguns rituais maias em turistas passantes com fumaça e incensos.

Descendo por uma escada de até 30 metros (o teto fica bem alto), você chega a um amplo espaço central rodeado pelas águas do cenote, com direito a árvores e outras vegetações – Sac Aua, inclusive, é o nome de uma árvore que está crescendo bem no meio da abertura natural.

Em grande parte, é bem rasinho e tranquilo de nadar, mas no local pode alugar coletes se quiser. Dá para flutuar em volta de toda a ilha, fazendo snorkeling e vendo os peixinhos. A água, um azul turquesa meio escuro, ficava ainda mais bonita nos pontos onde batia sol e também estava com uma temperatura agradável.

Caso possua um drone ou câmera 360º, vai amar esse lugar. E, se não tiver, vai amar do mesmo jeito!

Cenote Sac Aua

É possível também fazer rapel, andar de caiaque ou um tour guiado de aproximadamente 20 minutos por uma caverna. Essas atividades não estão inclusas, e não temos muitos detalhes pois não as fizemos.

Pagamos $150 pesos mexicanos (maio/2022) e foi um dos nossos cenotes preferidos. Ele está aberto para visitação entre às 9h e 18h, sendo a última entrada até às 17h30. Fica a 35 km da cidade de Valladolid.

Cenote Dos Ojos

Onde fica e como ir no Cenote Dos Ojos

Localizado à beira da estrada entre Playa del Carmen (a cerca de 30 minutos de distância) e Tulum, o Cenote Dos Ojos é um dos mais famosos da península de Yucatán.

Está localizado em um complexo com dezenas de outros cenotes, o Parque Dos Ojos, como os cenotes Jaguar, El Pit, Nicte Ha e Los Monos. Visitamos o principal, Dos Ojos, e o Cenote Taak Bi Ha, próximo da lista. Depois de comprar o ingresso em um guichê logo na entrada à beira da rodovia, passe por uma guarita e continue por cerca de 2 km. É importante lembrar que, caso venha de ônibus ou van (colectivo), terá que percorrer esse caminho a pé (de 15 a 30 minutos).

Trata-se de um ótimo destino para quem quer fazer snorkeling, e, principalmente, mergulhar profundamente.

Isso porque faz parte do sistema de cavernas Sac Actun, a qual, com a descoberta em 2018 de uma conexão entre o Cenote Sac Actun e o Cenote Dos Ojos, passou a ser considerada a maior caverna subaquática do mundo, podendo chegar de 60 km a mais de impressionantes 340 km de extensão já descobertos e mapeados, e que continua sendo estudada.

Quem gosta de mergulhar deve se programar para que possa fazer o tour guiado com alguém credenciado. Ali há também outro famoso mergulho guiado, o da Caverna dos Morcegos.

Sempre que líamos esse nome, traduzíamos erroneamente para cenote “dos olhos”. No entanto, o nome se dá por serem “Dos” (dois, em espanhol) cenotes em formatos circulares, que lembram um olho. Você encontrará milhares de estalactites e estalagmites nos pisos e tetos dessas cavernas.

Logo depois de entrar, à esquerda está o “primeiro olho”, que é bem menor que o outro, mas muito legal de fazer snorkeling por ser mais profundo. A água é absurdamente cristalina e azul, com muitos peixinhos.

Ali, há também uma área exclusiva para mergulhadores, onde eles se preparam para a exploração subaquática. Ao flutuar, também conseguimos ver na escuridão da água profunda muitos flashes da lanterna de mergulhadores que voltavam do abisso cavernoso, além das linhas que são usadas por eles para se guiarem.

Primero Ojo - Cenote dos Ojos

Já o “segundo olho” é maior, mais raso e oferece mais opções, tanto para nadar como para relaxar fora da água. Há diversas redes espalhadas na ampla área rodeada pela caverna, e uma escada de madeira para entrar na água, a qual também ostenta uma cor azul turquesa surreal.

Para mim, essa parte foi a mais legal de toda a viagem para se fazer snorkeling (com menção honrosa ao Cenote Taak Bi Ha). Dá para dar a volta pelo olho sem tirar a cabeça da água em nenhum momento.

As árvores e vegetação do local também tornam um lugar ótimo para relaxar.

Segundo Ojo - Cenote dos Ojos

Esse cenote não pode ficar de fora de sua lista. A entrada nos custou $350 pesos mexicanos por pessoa (maio/2022), e ficamos lá por cerca de 1h30 – foi difícil ir embora! Não queríamos parar de fazer snorkeling e de explorar o lugar.

O Cenote Dos Ojos está aberto para visitação entre às 8h e 17h todos os dias. Fomos bem cedo em um dia de semana e tinham poucas pessoas além de nós. Com o passar da tarde, lemos também que o local vai se esvaziando. Se possível, evite ir durante o final de semana.

Há uma área para trocar de roupas e tomar a ducha obrigatória antes de nadar. Os coletes salva-vidas são inclusos e, quando fomos, sua utilização era obrigatória (não havia muita fiscalização, mas quando um funcionário via alguém sem, pedia para colocar).

Cenote Taak Bi Ha

Pensem em um lugar instagramável. Se você pensou no Cenote Taak Bi Ha, acertou! Situado no Parque Dos Ojos, a cerca de 30 minutos de carro a partir de Tulum ou Playa del Carmen, este cenote de caverna é fechado e tem uma abundância de frágeis estalactites, estalagmites e muitas colunas espetaculares. Ele faz parte do sistema Sac Actun, a maior caverna subaquática do mundo, da qual o Cenote Dos Ojos também faz parte.

Para entrar no Cenote Taak Bi Ha, que significa Rota Oculta da Água, é preciso descer por uma pequena entrada com uma escada de madeira rústica muito íngreme que o levará a uma incrível área de caverna iluminada artificialmente. Essas luzes realçam ainda mais a riqueza de cores que você verá.

Você ficará maravilhado logo que descer pela escada e se deparar com o amplo ângulo de visão de toda a estrutura natural feita de estalactites e estalagmites de rochas calcárias abraçando a água azul-turquesa.

É incrível fazer snorkeling nesse cenote. A água, sendo extraordinariamente cristalina, permite enxergar as profundezas com tranquilidade, como se estivesse em outro planeta. Tem algumas partes rasas e outras mais fundas.

Cenote Taakbi-ha

Pagamos $350 pesos mexicanos, e esse sem dúvidas está entre os que mais gostamos. Tem wi-fi aberto para os visitantes. Fica aberto entre às 09h30 e 17h.

Cenote Azul

Também com um charme único, o Cenote Azul é bastante popular, sendo facilmente visitado das três principais cidades de Quintana Roo: Cancún, Tulum e Playa del Carmen – fica a cerca de 25 km dessa última. Sua entrada é logo à beira da rodovia.

Uma pequena trilha deve ser feita para chegar até o cenote, e há diversas piscinas naturais menores e bonitas pelo caminho.

Piscinas naturais do Cenote Azul

Fazer snorkeling nesse cenote foi até legal, tinham muitos peixes. A água é bem salgada (parecia um pouco suja), e não tive coragem de mergulhar o celular (que é à prova d’água). O segmento mais popular é dividido por uma passarela de pedra em duas partes, sendo uma bem rasinha e com mais peixes, e a outra mais funda, onde dá para se divertir pulando de cima de uma face aberta da trilha de pedras.

Por ter pessoas pulando a todo momento da parte alta, além da barulheira e agito do local, não diria que é a melhor escolha para relaxar. Mas, se esse é o objetivo, os poços naturais escondidos pela trilha são uma boa opção.

A rica vegetação do local e a diversidade dos peixes tornam o Cenote Azul singular nessa lista. Ele tem forma de “L”, seu chão é repleto de rochas calcárias (que ficam encobertas de algas e tornam-se escorregadias, então tome cuidado), e, como o próprio nome destaca, a água tem um lindo tom azulado. Infelizmente, tinha tanta gente que mal consegui tirar boas fotos.

Cenote Azul

O Cenote Azul custa $150 pesos mexicanos por pessoa (maio/2022) e está aberto entre às 8h30 e 17h. Como disse, estava MUITO lotado, a ponto de até não conseguirmos curtir tanto o passeio, então tente chegar bem cedo e evite finais de semana.

Os cenotes Cristalino e Jardín del Eden ficam bem próximos (dá para ir até eles a pé), mas, como eram parecidos nas fotos que vimos, resolvemos conhecer apenas o Cenote Azul.

Considerações finais

Como já mencionado, essa lista foi montada por nós mesmos antes de viajar e visitamos cada um deles. Talvez existam opções melhores, mas, dificilmente se arrependerá quem fizer esse roteiro de cenotes.

No total, gastamos $1.620 pesos mexicanos, que, na época, eram aproximadamente R$ 420 – cerca de R$ 45 por cenote, em média.

Leve em conta também que todos que listamos podem ser visitados tranquilamente pelas famílias. Se tiver filhos pequenos, tenha atenção redobrada nos cenotes mais fundos e também vista-os com coletes salva-vidas.

Outros cenotes que planejamos ir mas não fomos por falta de tempo ou dinheiro:

  • Cenote Zaci;
  • Cenote Suytun;
  • Hacienda Cenote Oxmán;
  • Cenote Chikin Ha;
  • Cenote Aktun Chen;
  • Escondido Cenote;
  • Gran Cenote;
  • Cenote Chaak Tun.

Os três que mais gostamos foram o Cenote Taak Bi Ha, Cenote Dos Ojos e Cenote Sac Aua, mas cada um dos nove tem sua peculiaridade, sua beleza ímpar e seus motivos para estarem nessa lista – não descartaríamos nenhum deles.

Cenote Taak Bi Ha, Cenote Dos Ojos e Cenote Sac Aua

Usamos um carro alugado para conhecer esses lindos cenotes do México, e acreditamos ser a melhor opção. Mas, caso não seja possível, em quase todos dá também para ir de van (colectivo) ou ônibus.

Também pode fazer passeios com agências de turismo, bastando combinar “pacotes” para conhecê-los, e encaixando os cenotes de maneira conveniente junto com outros destinos.

Veja esse exemplo de roteiro para conhecer os cenotes da nossa lista:

  1. Cenotes Tankach-Ha, Choo-Ha e Multum-Ha, ao visitar as Ruínas de Cobá.
  2. Cenotes Sac Aua e X’Canché, ao visitar Valladolid e Ek’ Balam.
  3. Cenote Ik Kil, ao visitar Chichen Itzá – aqui geralmente incluem o Suytun também, que não visitamos.
  4. Cenotes Taak Bi Ha, Dos Ojos e Azul, quando passar entre Playa del Carmen e Tulum, ou quando estiver voltando de Cobá / Valladolid.

Pronto, você tem em mãos um roteiro incrível de cenotes do México!

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Se você for para a península de Yucatán, definitivamente não deixe de conhecer os cenotes: lugares únicos, mágicos e inesquecíveis. E faça-me o favor de combiná-los com visitas aos sítios arqueológicos – clique para ler tudo sobre esse assunto.

Até a próxima!

Vídeos e fotos nos destaque do Instagram

Quanto custa visitar esses cenotes no México?

R$ 405

MX$ 1620

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Imprevistos acontecem e sua viagem pode sair cara.

Respostas de 12

  1. Conteúdo excelente Bia, obrigada por compartilhar, já conheci alguns dos citados e o Tak Be Ha está na minha escala de favorito rs, espero em breve conhecer os outros.

  2. Fui no Taak Be Ha, achei lindissimo, fui às 16h e estava vazio. Me disseram que poderia ficar até 17h30, mas fiquei mais e ninguém foi me tirar, rs

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