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Guia Completo Para Visitar As Ruínas Maias no México

Guia Completo Para Visitar As Ruínas Maias no México

Viagem em 22 de maio de 2022
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Olá exploradores!

A Península de Yucatán era o centro do império maia, com muitas impressionantes ruínas maias espalhadas pela região. É possível encontrá-las em diferentes formas, desde vastas e abertas praças que poderiam facilmente abrigar milhares de pessoas, até locais envoltos pela selva com macacos bugios reivindicando seu território em voz alta – não há duas ruínas maias iguais.

Viajamos para o México em maio/2022 e resolvi escrever esse guia definitivo para visitar as ruínas maias mexicanas, com o intuito não somente de facilitar sua viagem e a montagem do seu roteiro, como também compilar e trazer o conhecimento dessa sociedade tão interessante. Deixo a ressalva que as dicas abaixo estão enviesadas pela nossa experiência em torno das ruínas que visitamos, sendo elas na região da Riviera Maya e ao redor da cidade de Valladolid.

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Quem foram os maias?

A civilização maia é conhecida como uma das três grandes civilizações pré-colombianas nas Américas, sendo as outras duas os astecas e os incas. O termo ‘Maia’ é usado para descrever uma variedade de povos na mesma região com culturas semelhantes. Emprestado do espanhol maya e do Iucateque mayab (“plano”), o termo é uma auto-designação dos maias do norte para si mesmos, sendo a palavra maya’ encontrada de forma composta em frases – por exemplo, maya’ wiinik (“homem maia”).

Quando os maias viveram?

Eles nunca estiveram unidos ou tiveram um senso comum de unidade, e, ainda assim, até hoje mais de 25 línguas maias ainda sobrevivem e são faladas. Alcançaram seu auge de poder e influência durante o período Clássico, entre 250 d.C. e 900 d.C., principalmente por volta do século VI d.C.

Situada na região da Mesoamérica (atual México, Belize, Guatemala, El Salvador), a civilização maia atingiu um alto nível de sofisticação em agricultura, cerâmica, escrita, matemática e no desenvolvimento de calendários. Também deixou para trás seus edifícios com arquitetura icônica e suas simbólicas obras de arte. Veja essa incrível exibição das viagens de Alfred Maudslay pelo Google Earth.

Por quê e quando os maias sumiram?

Acredita-se que devido à uma convergência de fatores – como a superpopulação, uso excessivo da terra, guerras endêmicas e seca -, grande parte de suas cidades clássicas foram abandonadas, e que, por volta de 900 d.C., a civilização maia entrou em colapso na região das planícies do sul.

Apesar disso, algumas cidades maias localizadas nas terras altas do Yucatán, como Uxmal, Mayapán e Chichen Itzá, continuaram a florescer no período Pós-Clássico, tendo finalmente ruído por volta de 1500 d.C. E, são justamente os resquícios de algumas dessas impressionantes cidades que podemos visitar atualmente, após um exímio trabalho de escavação transformar esses locais em sítios arqueológicos.

Ruínas maias no México

As ruínas maias estão presentes em toda a Mesoamérica, com grande destaque para o território mexicano. Ruínas de outras civilizações pré-colombianas, como Astecas e Incas, também podem ser encontradas nessa região, mas se estiver visitando a Península de Yucatán, os vestígios que você vai se deparar são da civilização maia, que também viveram em regiões das florestas tropicais de Guatemala e Honduras.

Essas ruínas são patrimônios históricos transformados em sítios arqueológicos, onde você encontra muita beleza natural e valiosas informações sobre a vivência dessas antigas civilizações.

No meio das ruínas de Ek' Balam

E o que seriam esses tais sítios arqueológicos? São localidades onde se encontram vestígios de ocupação humana e se realizam estudos de arqueologia, uma ciência social que se preocupa em compreender ou obter informações sobre as sociedades e as formas antigas de organização humana por meio do estudo direto de evidências históricas.

São localidades onde é possível obter uma grande quantidade de informações acerca de estruturas, valores e práticas das sociedades antigas, e por conta disso carecem de preservação, visto que reservam importantes informações históricas de nossos antepassados.

No Brasil já foram registrados mais de 20 mil sítios arqueológicos. O México também dispõe de dezenas de milhares desses locais, e o número não pára de crescer, pois constantemente são feitas novas escavações e descobertas. Nesse país, atualmente mais de 180 sítios arqueológicos podem ser visitados pelo público.

Onde se hospedar para conhecer as ruínas maias?

Para otimizar dinheiro e tempo em suas visitas às ruínas, a melhor maneira é se hospedando próximo delas. A resposta para a pergunta acima é, evidentemente, relativa e depende de muitos fatores.

Explorando a partir de Valladolid

Se a maior intenção de toda sua viagem é explorar as ruínas maias e você pretende escolher e ficar em uma única cidade, a cidade mais bem localizada nesse quesito seria Valladolid, no estado de Iucatão (Yucatán).

Letreiro da cidade de Valladolid

Isso baseado em alguns motivos:

  • fica bem ao centro de três importantes ruínas maias: Chichen Itzá, Ek’ Balam e Cobá;
  • está bem localizada numa região central da península, sendo conectada por importantes rodovias como a rodovia federal 180D (que vai de Cancún até Mérida, a capital e maior cidade do estado), além da rodovia 180 que leva até Cobá, e a rodovia federal 295 que vai até as lindas águas rosas de Las Coloradas (Rio Lagartos) ao norte;
  • também está a menos de duas horas da Riviera Maya, um trecho do litoral do Caribe no nordeste da península onde estão cidades como Tulum e Playa del Carmen;
  • tem boas opções de estabelecimentos em geral;
  • é uma cidade bonita e menos turística do que as cidades costeiras, sendo mais acessível e irradiando mais a cultura mexicana;
  • está próxima de muitos dos principais cenotes da península.

Mérida, a maior cidade do estado de Yucatán

Outra opção interessante seria dividir as estadias entre Mérida e Valladolid. Claro, lembrando que essas dicas são para caso esteja dando prioridade para as visitas aos sítios arqueológicos maias.

A partir de Mérida, você estará próximo de muitas ruínas, como as ruínas de Uxmal e suas vizinhas, além de muitos cenotes, especialmente na região da Reserva Estatal Geohidrológica Anillo de Cenotes, um complexo de 99 cenotes produto de um grande impacto de meteoro há 65 milhões de anos, que formou uma rede cavernosa complexa que atua como um açude e oleoduto de grandes massas de água.

E por ser a maior cidade e capital do estado, é uma cidade que oferece muitas opções de lazer, culinária, hospedagem e cultura de maneira geral.

Nossa opção queridinha: Playa del Carmen

Mas se a ideia for ficar bem localizado mas sem dar tanta prioridade às ruínas,  acredito que a opção mais legal seja Playa del Carmen.

Além de ser muito bem localizada para explorar a Riviera Maya, estando entre Cancún e Tulum e próxima da ilha de Cozumel e de muitos cenotes (conheça aqui 9 desses cenotes maravilhosos), também está a poucas horas de Valladolid e é uma cidade incrível e encantadora. Você vai se divertir na Quinta Avenida!

Mesmo cansados, nossa vontade era de toda noite sair caminhar pela Quinta Avenida

Como eu disse, talvez eu tenha sido imparcial por conta da experiência positiva que tivemos. Mesmo assim, espero que os motivos expostos te auxiliem na sua decisão!

Como visitar as ruínas maias

Uma dúvida que percebemos ser muito recorrente é a de que se é possível visitar sítios arqueológicos por conta própria. E a resposta é, sim! As três principais maneiras são:

  1. Através de uma agência ou guia turístico autônomo.
  2. Por conta própria, dirigindo até o local usando um carro alugado.
  3. Por conta própria, indo em um transporte coletivo (ônibus ou van (colectivo)).

Não se esqueça de levar dinheiro em espécie, pois alguns locais aceitam apenas essa forma de pagamento. Neste artigo explicamos mais sobre o cartão de débito da Wise, o qual usamos para sacar dinheiro em caixas eletrônicos com a melhor cotação possível.

Visitando ruínas maias com guias ou agências de turismo

Se você não dirige, se sente inseguro/intimidado em dirigir em outro país, quer ter uma experiência com alguém que mora no local e tem grande conhecimento turístico ou simplesmente não quer “correr atrás” de se planejar e está disposto a pagar por isso, opte por agências turísticas ou até mesmo guias autônomos (existem muitos brasileiros que moram na região da Riviera Maya e oferecem esse tipo de serviço).

A dica aqui é pesquisar bastante, principalmente em grupos de viagem no Facebook (use a ferramenta de pesquisa) e WhatsApp – existem vários grupos de dicas especificamente sobre Cancún, Playa del Carmen e Tulum. Busque por relatos de outras pessoas e leia sobre a experiência que tiveram para não ser pego de surpresa.

Não fizemos nenhum passeio para recomendar alguém, mas em um grupo do WhatsApp sobre PDC em que estamos, muitas pessoas já foram com e recomendam a Renata Galiza (@passeiosemplayadelcarmen). Ela também nos ajudou com várias informações sobre as características climáticas e turísticas de cada época do ano para a seção “Quando visitar as ruínas maias”.

Não esqueça de contar pra gente nos comentários sua experiência com algum passeio e se recomenda a agência/pessoa em questão! Não somos patrocinados e nem temos rabo preso com ninguém. 🙂️

Grupos Dicas de Cancún e México

Visitando ruínas maias com um carro alugado

Por outro lado, se você gosta de se planejar e está tentando economizar, pode ir até os sítios arqueológicos usando um carro alugado ou em um transporte coletivo. Você pode explorar as ruínas por conta própria, tendo estudado antes e lendo as plaquinhas informativas, bem como pode contratar um guia lá mesmo caso queira explicações mais completas e aprofundadas, além de estar ajudando a economia local.

Placas informativas dentro dos parques arqueológicos

Alugar um carro proporciona muito conforto e flexibilidade, pois você poderá sair e voltar a hora que quiser, criando seus próprios roteiros e dependendo menos de outras pessoas. É a maneira que preferimos e escolhemos.

No entanto, esteja ciente que o ideal é preparar-se: estudar antecipadamente os trajetos até os lugares que vai visitar (por exemplo, se estiver em Playa del Carmen e pretende ir pela rodovia 305D, saiba que tem um pedágio bem caro e que pode ser driblado indo pelo caminho alternativo que passa por Tulum), bem como as leis de trânsito do México (que em geral são bem parecidas com as do Brasil – a “maior” diferença que notei foi a possibilidade de virar para a direita caso esteja esperando em um semáforo vermelho e não tenha nenhum carro vindo ou placa indicando a proibição, assim como ocorre nos EUA), e também que esse país tem uma fama questionável em relação a experiências negativas com batidas policiais. Faremos em breve um post sobre como evitar golpes e outros problemas frequentes.

Carro que alugamos pela empresa Isis na ilha de Cozumel

Visitando ruínas maias em ônibus e/ou vans (transportes coletivos)

E, por fim, a opção ainda mais barata, que requer menos preparação (mas também é mais inflexível) seria a de ir nas ruínas usando transportes coletivos, como ônibus e vans – os famosos “colectivos”.

Os colectivos são tipicamente uma grande van ou pequeno ônibus que leva uma multidão de pessoas em uma comunidade local de um lugar (geralmente não tão distante) até outro, desde residentes locais até turistas. Costumam ter indicado o destino final escrito em seu pára-brisas.

A vantagem é que são mais baratos e podem deixá-lo no ponto que quiser. Se você não está com pressa e não se importa de esperar o colectivo parar algumas vezes pelo caminho e chegar mais tarde nos lugares, então esta é uma ótima alternativa – certifique-se de dizer ao motorista seu destino e preste atenção ao longo do caminho para que não perca sua parada.

Para embarcar em um colectivo numa cidade, procure por uma van branca ou colorida com as palavras “Colectivo” ou “Microbus” e sinalize. Normalmente, pode encontrá-los em alguns estacionamentos de grandes supermercados, como o Soriana ou Chedraui – basta pedir informações para os locais.

Já na estrada, você precisa estar visível para o motorista. Chegue o mais perto que puder da beira da estrada (com cuidado) e quando vê-lo, acene para baixo. Diga ao motorista para onde você está indo e pague a taxa (só aceitam “efectivo” – dinheiro vivo; clique para ver como fazemos para sacar dinheiro com as melhores taxas). Se estiver cheio, evidentemente ele não vai parar.

Assim como em outros transportes, seja cortês e ceda seu assento caso um idoso ou uma mulher grávida estejam em pé. E fique de olho em seus pertences, pois furtos não são incomuns nessas situações.

Como encaixar as ruínas maias no roteiro?

As visitas aos sítios arqueológicos costumam durar entre 1h30min e 4h. São lugares ao ar livre e nos quais você costuma ficar bem exposto ao sol, então tenha expectativas de uma experiência bem quente. O México tem médias de temperaturas altas e em vários momentos ficamos com aquela sensação de um calor infernal e “abafado”.

Ruínas maias e cenotes: excelentes complementos

Por conta disso, a combinação perfeita para esse tipo de passeio é exatamente o que você deve estar pensando: cenotes. Não há experiência mexicana melhor e mais imersiva do que, depois de visitar ruínas maias, ir se refrescar em algum cenote próximo! Confira 9 cenotes incríveis que visitamos no México. Em todas as ruínas que visitar, você poderá encontrar boas opções de cenote nas proximidades.

Conhecendo cidades próximas das ruínas

Além disso, é legal também aproveitar para explorar as cidades principais próximas a esses sítios arqueológicos. Por exemplo, se estiver indo para as ruínas de Muyil ou Tulum, não deixe de conhecer a cidade de Tulum. Se for para Chichen Itzá, Ek’ Balam ou Cobá, vale muito a pena conhecer a cidade de Valladolid, que é uma graça e, apesar de também ser relativamente turística, nos passou muito mais a “vibe mexicana” do que as cidades do litoral.

Iglesia De San Servacio na cidade de Valladolid, México

Dica valiosa: sempre que for a um lugar, abra o Google Maps, coloque a rota que irá fazer e comece a explorar o trajeto para ver se encontra alguns pontos de interesse nas proximidades do caminho. Já achamos lugares incríveis fazendo isso!

Qual é o melhor sítio arqueológico do México?

Essa é uma pergunta muito pessoal e relativa. Cada sítio arqueológico tem suas características únicas e peculiaridades, e cada um lhe proporcionará diferentes experiências

No México, são centenas de ruínas que podem ser visitadas, sendo elas de diferentes grupos étnicos – desde os maias e astecas até os teotihuacanos, totonacas, toltecas, mixtecos e zapoteca-, e fica difícil escolher só uma para ir, até porque gosto é gosto e cada pessoa prefere algumas peculiaridades em relação a outras. Portanto, se possível, dê uma chance para cada ruína nas proximidades!

Abundância de sitios arqueológicos na Península de Yucatán e proximidades da Cidade do México

Algumas das mais famosas e legais são: Chichen Itzá, Uxmal, Teotihuacán, Templo Mayor, Cobá, Monte Albán, Tula, Tulum, El Tajín e Cholula. A maioria está localizada nos arredores da Cidade do México ou na Península de Yucatán.

Nós visitamos 6 ruínas (3 delas na lista anterior), estando elas no estado de Quintana Roo e ao redor da cidade de Valladolid, e consideramos que foram as mais “convenientes” para quem estiver viajando pela Riviera Maya. Nos próximos dias, faremos um post completo contando nossa experiência e mais detalhes e dicas sobre essas ruínas.

Quando visitar as ruínas maias?

A melhor época do ano para explorar as ruínas maias

Estivemos estudando várias referências de outros sites informativos e turísticos para tentar identificar quais seriam as melhores épocas para visitar os sítios arqueológicos.

Com a ajuda da Renata Galiza (@passeiosemplayadelcarmen), obtivemos muitas informações sobre as características turísticas e climáticas de cada época.

Temporada de furacão

Para decidir a melhor época do ano para visitar os sítios arqueológicos do México, é uma boa ideia começar evitando os meses da temporada de furacões no Golfo do México. Ela começa em junho e vai até o mês de novembro, sendo que, historicamente, a primeira quinzena do mês de setembro costuma ser o período mais afetado.

Caso opte por viajar nessa época, vale a pena monitorar a evolução de possíveis furacões que possam atingir o Golfo do México, visto que eles dificilmente “brotam” de uma hora para outra – você pode monitorá-los nesse link, pelo site do National Hurricane Center.

Estação chuvosa e seca

A estação chuvosa tende a ocorrer entre o fim de maio e outubro, especialmente setembro e outubro, quando em termos de média histórica, há um alto índice pluviométrico, o que pode acabar atrapalhando os passeios ao ar livre.

Já a estação seca tende a ocorrer entre dezembro e abril, especialmente dezembro, janeiro, fevereiro e março, quando em termos de média histórica, há um índice pluviométrico mais baixo.

Devo reiterar que são médias históricas de Valladolid e Chichen Itzá (regiões “centrais” de nosso interesse nesse artigo), ou seja, não é algo “escrito em pedra”. A meteorologia é algo imprevisível e varia bastante, então podem ocorrer anos atípicos onde no período mais chuvoso (setembro e outubro) chova pouco, e no período mais seco (dezembro a março) chova bastante – o mundo está sempre passando por mudanças.

Estações do ano

Devido ao fato de o México estar acima da Linha do Equador (Hemisfério Norte), as estações do ano são invertidas em relação ao Brasil: enquanto para nós o meio do ano é inverno, lá é verão. A mesma inversão é válida para as outras estações.

Sendo assim, maio e junho costumam ser meses bem quentes, enquanto dezembro e janeiro dispõem de temperaturas mais amenas.

Estações do ano nos hemisférios Norte e Sul. O México está localizado no Hemisfério Norte

Alta e baixa temporada do turismo mexicano

Sobre as temporadas do turismo, os fatores que mais influenciam são os calendários escolar dos EUA e, principalmente, o do México. O ano letivo começa no final de agosto, então durante o meio e fim de julho e quase o mês de agosto inteiro, a maioria das escolas está em recesso de férias.

Portanto, julho e agosto são considerados meses de alta temporada, onde o preço de hospedagens e atrações costuma aumentar.

De setembro até a primeira quinzena de dezembro prevalece a baixa temporada e o fluxo de turistas diminui bastante, com exceção do Halloween e Dia de Los Muertos (31 de outubro e 02 de novembro). São datas importantes onde ocorrem muitos eventos, desfiles, pessoas se maquiando de caveira mexicana (La Catrina) e crianças fazendo a famosa pergunta – doces ou travessuras?

A primeira quinzena de dezembro ainda é considerada baixa temporada. Já na segunda quinzena de dezembro, por conta do Natal e Ano Novo, o fluxo aumenta consideravelmente: alta temporada.

Janeiro, fevereiro e março são meses de baixa temporada. No entanto, no fim de fevereiro começa o Spring Break, a maior festa de estudantes americanos e canadenses, quando os colégios e universidades dão algumas semanas de férias nesse período. É um período onde acontecem muitas festas em várias cidades turísticas do México (especialmente Cancún), as quais recebem milhares de estudantes.

No mês de abril também ocorre a Semana Santa, quando é feriado nessa semana e na semana seguinte, e as escolas costumam entrar em recesso durante essas duas semanas (EUA e Europa). Em termos de turismo, esse período é considerado de alta temporada.

E, por fim, restam maio e junho, considerados meses de baixa temporada.

Eventos e datas importantes

Além dos feriados e datas especiais que comentamos acima – Halloween e Dia de Los Muertos (31 de outubro e 2 de novembro), Natal e Ano Novo (25 de dezembro e 01 de janeiro), Spring Break (fim de fevereiro até meados de abril) e Semana Santa (duas semanas de abril), outras datas importantes, quando falamos de ruínas, são os Equinócios de Primavera (20 ou 21 de março) e de Outono (21 ou 22 de setembro).

Equinócios e Solstícios eram consideradas datas muito importantes para as antigas civilizações. Em Chichen Itzá, durante os equinócios, ao final da tarde, um fenômeno de luzes e sombras naturais desenha “A descida de Kukulcán” na fachada da escadaria da pirâmide de Kukulcán, surgindo a sombra de uma serpente de, aproximadamente, 33 metros. Nesses dias, especificamente, o local fica abarrotado de turistas que querem observar o fenômeno.

Sargaços nas praias

E, como você provavelmente visitará muitas praias além das ruínas, esteja ciente  também que também poderá se deparar com a presença de sargaços no litoral. Caso queira monitorar a situação das praias, recomendo bastante essa página, onde você pode até aproveitar para conhecer algumas opções para visitar!

Não choveu nenhum dia durante nossas idas aos sítios arqueológicos, ainda que enfrentamos a primeira tempestade da temporada de furacões quando estávamos na ilha de Cozumel. Mas sim, nos deparamos com uma quantidade exagerada de sargaço na maioria das praias. 🥲

Forte presença de sargaços em uma praia de Playa del Carmen

Nossa opinião

Analisando todas essas informações, consideramos que, em termos gerais, a melhor época do ano para conhecer as ruínas maias seja no período de seca, entre novembro e maio, evitando as datas festivas.

Os meses de maio e novembro eram nossas escolhas principais. O final de abril também entrou em consideração, especialmente por ser talvez o melhor em relação à temperatura e chuva, mas preferimos deixá-lo de lado por conta dos feriados. Janeiro é o mês mais frio e também pode ser uma opção interessante, apesar de também estar no período mais cheio.

Nós fomos no final de maio de 2022 e as visitas às ruínas foram formidáveis, sem nenhum imprevisto. Estava bem quente, mas suportável, e a combinação com os cenotes foi o complemento perfeito para esses passeios, além de ser conveniente.

Calendário - melhores meses para viajar para a Península de Yucatán no México​ 23-08-22

É bom lembrar que esse calendário e as informações acima são focadas nas visitas às ruínas maias, se tratando, de maneira geral, sobre a Península de Yucatán. O clima e as temporadas variam entre as regiões do México, pois o país é relativamente grande. Então use a imagem apenas como referência e, se quiser saber mais sobre a alta/baixa temporada ou dados históricos climáticos de uma cidade/região específica, deixe um comentário abaixo e vamos te responder o mais rápido possível!

Resumo Mês a mês

  • Janeiro: estação seca; mês historicamente com temperaturas mais amenas; alta temporada turística na primeira semana e baixa temporada no restante.
  • Fevereiro: estação seca; baixa temporada turística; começo do Spring Break em algumas universidades.
  • Março: Equinócio de Primavera (20 ou 21), Descida de Kukulcán em Chichen Itzá (data pontualmente cheia de turistas); estação seca; média temporada turística por conta do Spring Break em algumas universidades.
  • Abril: estação seca; mês historicamente com temperaturas elevadas; fim do Spring Break; alta temporada turística na Semana Santa e na semana seguinte. 
  • Maio: mês historicamente com temperaturas mais elevadas; baixa temporada turística.
  • Junho: começo da temporada de furacões e da estação chuvosa; mês historicamente com temperaturas elevadas; baixa temporada turística.
  • Julho: estação chuvosa; meio a fim do mês começa a alta temporada turística (fim do ano letivo).
  • Agosto: estação chuvosa; alta temporada turística (férias escolares).
  • Setembro: Equinócio de Outono (21 ou 22), Descida de Kukulcán em Chichen Itzá (data pontualmente cheia de turistas); mês historicamente mais afetado pela temporada de furacões; mês historicamente com alta pluviometria; baixa temporada turística.
  • Outubro: estação chuvosa – mês historicamente com alta pluviometria; baixa temporada turística até o final do mês, quando há os eventos Halloween e Dia de Los Muertos.
  • Novembro: fim da temporada de furacões; fim da estação chuvosa; alta temporada turística na primeira semana do mês (Halloween e Dia de Los Muertos) e baixa temporada no restante.
  • Dezembro: começo da estação seca; mês historicamente com temperaturas mais amenas; baixa temporada turística na primeira quinzena e alta temporada na segunda quinzena (Natal e Ano Novo).

Os melhores dias da semana para conhecer as ruínas maias

Já para os dias da semana, a escolha é bem simples: evite ir aos finais de semana, principalmente aos domingos, quando nas ruínas é oferecida entrada gratuita para pessoas com nacionalidade mexicana. Tal entrada franca também ocorre em feriados nacionais do México, então também evite essas datas.

Sendo assim, nos dias de semana, especialmente entre segunda e quinta, você provavelmente não terá problemas em dividir as ruínas com muitos turistas. Mas, mais importante do que o dia da semana é o horário da sua ida a esses locais.

Templo maia de Kukulcán nas ruínas de Chichen Itzá, estava completamente vazio por termos chegado cedinho

O melhor horário do dia para ir nas ruínas maias

Programe-se para chegar nesses destinos o mais cedo possívelantes mesmo de estarem abertos, ou pouco tempo após isso. Geralmente isso é entre 8h e 9h da manhã.

Chegar no fim do dia, depois das 15h ou 16h, também pode ser interessante, pois você evita tanto o sol forte como também os turistas que viajam de cidades mais distantes (como Playa del Carmen e Tulum) e que precisam voltar mais cedo, e também as caravanas de agências turísticas. O único problema, nesses casos, é que o término do seu passeio terá hora marcada, pois as ruínas costumam fechar às 17h ou 18h, então tenha ciência disso também.

Estacionamento de Chichen Itzá

Se estiver indo com uma agência turística, tente combinar com seus guias para chegar o quanto antes, e, caso vá sozinho, estude a rota, veja quanto tempo leva até chegar no local e saia com pelo menos 30 minutos a mais de antecedência para eventuais imprevistos.

Por exemplo, entre Playa del Carmen e Chichen Itzá, onde queríamos chegar o mais cedo possível, eram cerca de 3 horas (via Tulum), e, mesmo saindo faltando 3h30min  para abrir, pegamos trânsito, erramos o caminho e atrasamos um pouco.

Atente-se também ao fuso horário dos estados de Yucatán e Quintana Roo. Isso pois, entre novembro e fim de março, o fuso horário do estado de Yucatán atrasa em 1 hora (por conta do horário de verão), ficando UTC-6h.

Portanto, ao cruzar a fronteira do estado nesse período (entrando em Yucatán por Quintana Roo), seu relógio deve “voltar” uma hora. Antagonicamente, ao sair do estado de Yucatán e entrar no estado de Quintana Roo, o relógio “avança” uma hora.

Nos outros meses (entre começo de abril e fim de outubro), o fuso do estado de Yucatán é UTC-5ho mesmo fuso horário do ano todo no estado de Quintana Roo (UTC-5h).

Diferença dos fusos horários entre as cidades de Valladolid (Yucatán) e Playa del Carmen (Quintana Roo)

Resumo sobre quando ir

  • chegue o mais cedo possível – programe-se para isso;
  • esteja atento com datas especiais e com o fuso horário de Yucatán e Quintana Roo;
  • tente não ir aos finais de semana, principalmente domingos e feriados nacionais;
  • evite os meses da entre junho e outubro, período que contempla a temporada de furacões;
  • se possível, dê preferência para o mês de maio, bem como fim de novembro e fim de abril.

O que fazer em um sítio arqueológico?

  • Você poderá aproveitar as ruínas maias de diversas formas:
  • contemplar o local, de forma geral;
  • se imaginar no passado, como se estivesse visitando uma pujante e energética cidade maia há centenas de anos atrás;
  • apreciar a natureza e respirar o ar puro – são lugares muito limpos, arborizados e rodeados pela vegetação;
  • contratar um guia ou ler por conta própria as plaquinhas informativas, conhecendo a história, a cultura e os costumes dessa civilização pré-colombiana;
  • deslumbrar-se com a incrível arquitetura dos edifícios, bem como suas gravuras e (raras) cores preservadas;
  • tirar lindas fotos, são lugares naturalmente fotogênicos e “instagramáveis”;
  • exercitar-se ao ar livre (dispense as bicicletas nas ruínas de Cobá e você vai entender o que estou falando 🤣);
  • comprar lembrancinhas e artesanatos locais, encontrando verdadeiras pechinchas (principalmente em Chichen Itzá);
  • explorar as ruínas sem expectativas e deixar-se surpreender.
Ruínas de Tulum / Ruínas de Cobá

O que levar nas ruínas maias?

Para curtir ainda mais esses lugares maravilhosos, prepare-se levando:

    • água;
    • lanches rápidos, frutas e barrinhas de cereais;
    • tênis/bota e roupas confortáveis para exercício;
    • roupas para nadar e toalha (você provavelmente visitará algum cenote no mesmo passeio);
    • óculos de sol;
    • chapéu ou boné;
    • capa de chuva;
    • documentos;
    • dinheiro em espécie;
    • celular ou câmera;
    • disposição e vontade de explorar.

É legal também, antes de ir, ver alguns vídeos ou ler alguns livros/artigos para ter um panorama geral sobre os lugares que vai visitar. Ou apenas vá e divirta-se!

Caveira esculpida em uma parede nas ruínas de Cobá

Considerações Finais

Esperamos que esse guia completo para visitar e conhecer os sítios arqueológicos maias do México possa te ajudar de alguma maneira em sua viagem.

✈️ Confira nosso grupo de WhatsApp onde divulgamos dicas, promoções, estratégias e passagens aéreas!

Como nós visitamos algumas dessas ruínas, podemos tentar responder quaisquer dúvidas que tiver, comente abaixo, ou entre no grupo pelo link acima. E também não deixe de comentar caso tenha identificado alguma informação incorreta ou queira sugerir algo.

Aproveitem para combinar a visita às ruínas com os cenotes, belas formações naturais onde você pode se refrescar e que complementarão perfeitamente seu passeio.

Fiquem ligados, em breve estaremos lançando um post com muitas dicas e informações sobre as ruínas que visitamos e sobre nossa viagem ao México.

Até a próxima!

Vídeos e fotos nos destaque do Instagram

Lançaremos um post com todos os detalhes das ruínas maias que visitamos, incluindo os respectivos valores dos ingressos de entrada. Acompanhe o blog!

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Respostas de 6

    1. Olá Raul, muito obrigada pelo comentário! O mês de janeiro apresenta temperaturas amenas, e curtir a praia vai depender de suas preferências pessoais. Para nadar, a temperatura do mar pode variar entre 20ºC a 24ºC, o que pode ser considerado gelado para algumas pessoas. Mas para tomar um banho de sol, ficar na praia tranquilo, relaxando… na minha percepção as temperaturas são agradáveis nesse mês, sim.

  1. Acabo de descobrir seu blog e estou encantado! Que matéria completa e super bem escrita! Uma dúvida: há restrições de acesso aos sítios (áreas delimitadas) ou temos liberdade para andarmos por onde quisermos? Há limitação de número de turistas por dia ou de tempo de permanência nos sítios?

    1. Olá Diego! Obrigada, ficamos muito felizes com seu comentário e espero que o post seja útil para você 😊️

      Há algumas áreas restritas sim, geralmente o interior das estruturas e/ou escadas externas possuem algumas faixas indicando para as pessoas não passarem. Por exemplo, era permitido subir as escadas de Nohoch Mul nas ruínas de Cobá até pouco tempo atrás, mas você ainda pode subir as principais escadas de Ek’ Balam (e a visão lá de cima é muito interessante).

      De qualquer maneira, os sítios arqueológicos estão situados em áreas amplas e abertas, então há bastante liberdade para explorar esses lugares incríveis!

      Em relação às limitações, creio que foram instituídas algumas por conta da pandemia, mas bem flexíveis – Chichen Itzá, por exemplo, fora limitada em 3000 visitantes por dia, e possivelmente é aquela limitação “só para inglês ver”. Ainda assim, quando visitamos (maio/22), não vimos nenhuma indicação sobre isso. Para as outras ruínas – Cobá, Ek’ Balam, etc -, não encontramos nenhuma informação sobre possíveis limitações por número de turistas.

      E, por fim, sobre o tempo de permanência, pode aproveitar tranquilamente durante todo o período em que o local estiver aberto para visitação (geralmente das 08:00/09:00 até 16:00/17:00).

      Em breve estaremos divulgando um post sobre todas as ruínas que conhecemos em nossa viagem 🥰️

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