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Chapada dos Veadeiros: Guia Completo e Roteiro

Chapada dos Veadeiros: Guia Completo e Roteiro

Viagem em 12 de setembro de 2024
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Olá, moxileiros!

Dando continuidade à nossa saga de conhecer todas as chapadas do Brasil, dessa vez tivemos a oportunidade de viajar com alguns amigos para a Chapada dos Veadeiros. Veja aqui como foi nossa viagem para a Chapada das Mesas.

Confira nosso grupo para falar sobre destinos nacionais. Não fique de fora!

Você provavelmente já ouviu falar deste destino, considerando que é um dos mais populares do Brasil. Neste post, vamos trazer várias informações úteis para quem está se planejando para conhecer a região.

O que é a Chapada dos Veadeiros?

A Chapada dos Veadeiros é um Parque Nacional localizado no estado de Goiás, Brasil. É um destino popular para os amantes da natureza e do ecoturismo, sendo bem conhecido por suas cachoeiras e formações rochosas impressionantes – já adianto que você provavelmente nadará todos os dias -, além de uma biodiversidade rica. Declarada Patrimônio Mundial da UNESCO, esta chapada abriga uma variedade de espécies de plantas e animais, muitos dos quais são endêmicos da região, ou seja, que só crescem por lá.

Além de sua beleza natural, a Chapada dos Veadeiros é um local considerado “místico”, sendo frequentemente associada ao avistamentos de óvnis e fenômenos sobrenaturais. Moradores e visitantes relatam experiências extraordinárias, como a sensação de estar em contato com seres de outros mundos. Essa aura de mistério é acentuada pela localização da Chapada no Paralelo 14, uma linha que conecta outros locais sagrados pelo mundo, como Machu Picchu. Você verá muito desse misticismo nas decorações e souvenirs das cidades, fato que nos fez compará-las bastante com São Thomé das Letras.

Portal da Chapada dos Veadeiros (Alto Paraíso de Goiás)
Portal da Chapada dos Veadeiros (em Alto Paraíso de Goiás)

Onde Fica a Chapada dos Veadeiros e Quais Cidades estão Próximas?

A Chapada dos Veadeiros está situada no estado de Goiás, no Brasil, e faz parte do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Está localizado a aproximadamente 230 km de Brasília, a capital do país, e 420 km de Goiânia, a capital do estado.

Já para os municípios mais próximos da Chapada que servem como pontos de partida para explorar as belezas da região:

  • Alto Paraíso de Goiás é a cidade considerada como “portal da chapada”, além de ser a maior da região e ter mais opções de hospedagem, estabelecimentos e alimentação.
  • São Jorge é um bairro de Alto Paraíso afastado (há cerca de 40 minutos), que é basicamente onde fica a entrada do parque nacional e tem uma vibe mais hippie. Tinha as opções mais caras (seja para comer ou para dormir).
  • Cavalcante é uma cidade ao norte de Alto Paraíso, próxima da fronteira do Tocantins, e base para alguns dos passeios mais incríveis e distantes da região, como o Complexo de Canjicas e das Pratas, estando também próxima da comunidade kalunga, sendo que muitos dos seus habitantes têm essa origem.

Como Chegar na Chapada dos Veadeiros

A Chapada dos Veadeiros é acessível por diversas rotas, e a forma mais comum de chegar é indo de avião até Brasília e alugando um veículo.

  • De Carro: Se você estiver vindo de Brasília, a viagem leva cerca de 3 horas (aproximadamente 230 km). O trajeto mais utilizado é pela BR-030 e depois pela GO-118, que leva diretamente a Alto Paraíso de Goiás, considerada a porta de entrada da Chapada. Se você estiver chegando de Goiânia até Brasília de ônibus, recomendo alugar pela Localiza em uma unidade bem ao lado da rodoviária.
  • De Ônibus: Existem linhas de ônibus que partem de Brasília e Goiânia em direção a Alto Paraíso. A viagem pode levar de 4 a 7 horas, dependendo da origem. Se optar por essa maneira, verifique os horários e faça as reservas com antecedência.
  • De Avião: Você sabia que Alto Paraíso tem seu próprio aeroporto? Entretanto, é apenas para aeronaves pequenas. Sendo assim, o aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Brasília (BSB). Alternativamente, há também voos para o Aeroporto de Goiânia (GYN). Nossa passagem de ida e volta era para Goiânia e nos arrependemos disso (compramos apenas pois era a opção a qual tínhamos pontos suficientes para emitir as passagens), de modo que pegamos um ônibus chegando em Goiânia até Brasília.

Nossa sugestão seria a de pegar um vôo para Brasília usando emissões em milhas da Azul ou da Gol (Smiles) e alugar um carro na capital do país. Tente também sair de Brasília pela manhã ou perto do começo da tarde, para assim evitar o trânsito da cidade, além de não dirigir à noite e também poder apreciar as vistas, considerando que é uma rota cênica.

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Nosso vôo foi pela Azul, que tem boas emissões para Brasília. Alugamos um carro na Localiza
Nosso vôo foi pela Azul, que tem boas emissões para Brasília. Alugamos um carro na Localiza

Como são as estradas na Chapada dos Veadeiros? Preciso alugar um 4×4?

As estradas entre as cidades e bairros que mencionamos (Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante) são asfaltadas e em boas condições. Já para chegar até as atrações, as estradas são de terra, que podem apresentar trechos irregulares, principalmente após chuvas. Tem algumas atrações que provavelmente são tenebrosas de chegar durante esse período de chuva, como a Cachoeira do Segredo e o Complexo do Macaquinho.

No entanto, para a maioria dos pontos turísticos mais visitados, um veículo comum é aceitável. Alugar um 4×4 não é obrigatório – eu diria que o carro não ser baixo seria o suficiente, além de um condutor com experiência em estradas deterioradas. Pegamos um Mobi 1.0 e não tivemos problema em chegar em várias atrações que havíamos lido ser “muito difícil de se chegarem”, mas reitero que fomos em um período de absoluta seca.

A estrada acima é o trecho final da Cachoeira dos Macaquinhos - no caso, precisa estacionar o carro antes disso, pois é impossível passar se não for 4x4
A estrada acima é o trecho final da Cachoeira dos Macaquinhos – no caso, precisa estacionar o carro antes disso, pois é impossível passar se não for 4×4

Com isso em mente, se sua viagem for durante a temporada de chuvas (geralmente entre outubro e abril), um veículo com tração nas quatro rodas pode trazer mais segurança e conforto, já que as estradas de terra ficam mais escorregadias e com lama.

Em minha opinião, a estrada para chegar até o Complexo do Canjica é a mais “sofrida”, pois são cerca de 2 horas de percurso de terra desde Cavalcante, com muitas “costeletas de vaca” que é o que mais costuma incomodar. Saiba que a estrada para chegar na comunidade dos kalungas e conhecer a famosa Cachoeira Santa Bárbara é a mesma (exceto pelos últimos km).

Qual a Melhor Época para Visitar a Chapada dos Veadeiros?

A melhor época para visitar a Chapada dos Veadeiros depende da experiência que você deseja ter, mas de cara eu diria que entre maio e julho, fugindo das chuvas e queimadas. A região possui duas estações principais bem definidas: a estação seca, que vai de maio a setembro, e a estação chuvosa, de outubro a abril. A Maria Clara, querida que participa bastante dos nossos grupos de viagem, mora na região e nos deu boas dicas com relação a isso.

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Estação Seca (maio a setembro): Este é o período mais indicado para visitar, especialmente para aqueles que querem explorar trilhas e cachoeiras com mais segurança. Durante essa época, as estradas estão em melhores condições, e as cachoeiras têm menos risco de enchentes repentinas, além de ainda estarem com uma vazão considerável. Além disso, o clima é mais ameno, com dias ensolarados e noites frias, sendo ideal para atividades ao ar livre. Pelo lado negativo, o risco das queimadas: o período entre o meio de agosto e meio de setembro costuma ser marcado por fortes e destrutivas queimadas, facilitadas especialmente pelo clima extremamente seco.

Estação Chuvosa (outubro a abril): A estação chuvosa é caracterizada por chuvas intensas, especialmente à tarde. Embora a vegetação esteja mais exuberante e as cachoeiras mais cheias, algumas trilhas podem ficar escorregadias e perigosas, e há risco de cabeças d’água causando enchentes relâmpagos, um risco que não pode ser negligenciado. Para quem busca aventura e não se incomoda com o clima imprevisível, essa também pode ser uma boa opção, desde que com os devidos cuidados.

Uma dica é tentar encaixar as atrações mais “famosas” e acessíveis durante a semana, e deixar os finais de semana para locais mais distantes e difíceis de serem visitados. Mas saiba que é difícil escapar da multidão – quase todos os locais que visitamos estavam lotadíssimos!

Nós fomos no começo de setembro e, apesar de muitas notícias negativas sobre queimadas, isso estava ocorrendo em regiões afastadas das atrações e por sorte não comprometeram nossa viagem. No entanto, menos de uma semana depois de voltar para casa, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi fechado para visitação por conta de um incêndio. Recomendo que fique atento ao Instagram oficial do parque para atualizações confiáveis.

Quantos dias ficar na Chapada dos Veadeiros?

Essa é mais uma daquelas perguntas com respostas chatas: depende. Leve em consideração que provavelmente o primeiro e último dia serão apenas para traslado, e os números abaixo já estão considerando isso. Continue lendo, pois vamos dar algumas sugestões de roteiro de acordo com a quantidade de dias que você tiver disponível.

  • Diria que no mínimo 4 dias para conhecer as “principais” atrações. Nesse caso, eu ficaria apenas ali por volta de Alto Paraíso e São Jorge, aproveitando o que a noite de cada cidade tem a oferecer.
  • Idealmente de 7 a 10 dias, tendo assim tempo suficiente para explorar Cavalcante e fazer tudo com maior tranquilidade e flexibilidade. Nossa viagem durou 10 dias (8 dias para passeio e 2 dias para a chegada e partida). Para nós, foi uma boa quantidade de dias (em alguns momentos ficou até meio cansativo demais para algumas pessoas).
  • Em até 15 dias, você terá tempo suficiente para explorar quase todas as atrações mais conhecidas. Leve em conta que você não vai conseguir “zerar” a Chapada dos Veadeiros, pois é uma área gigantesca e com inesgotáveis atrações, sendo mais de 350 cachoeiras catalogadas – conhecemos uma pessoa que mora na região há 5 anos e ainda não conseguiu conhecer nem 20% das cachoeiras.

Agora, se você tem um único dia e quer fazer um bate e volta de Brasília, pode conferir essa excursão privada (apesar de eu achar muito corrido e caro).

Onde se hospedar na Chapada dos Veadeiros?

Existem três locais-base ideais para quem deseja explorar a Chapada dos Veadeiros: o vilarejo de São Jorge, a cidade de Cavalcante e Alto Paraíso de Goiás. Cada uma dessas localidades oferece uma experiência diferente possui ótimas opções de hospedagem dependendo do que você quer visitar na região.

  • São Jorge é ideal para quem quer ficar perto da entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, além de oferecer uma atmosfera rústica, aconchegante e hippie. Veja aqui algumas opções de hospedagem – nós ficamos em 6 pessoas nesse local.
  • Cavalcante é bem tranquila e humilde e serve como base para visitar a incrível Cachoeira Santa Bárbara e o Complexo do Canjica. Aqui tem excelentes opções.
  • Por fim, Alto Paraíso é o principal centro da região, com a melhor infraestrutura de restaurantes e pousadas, além de ser um ponto estratégico para explorar várias cachoeiras e trilhas. Confira essas hospedagens. Em um grupo de 6, nos hospedamos nesse local.

No nosso roteiro, ficamos 4 noites em São Jorge, 3 noites em Cavalcante e 2 noites em Alto Paraíso. Essa distribuição se encaixou muito bem com as atrações que planejamos visitar e com o tempo disponível para cada região, mas acredito que teria passado mais noites em Alto e menos noites em São Jorge, onde tudo é bem mais caro.

Nossa hospedagem em São Jorge - olha que lugar lindo!
Nossa hospedagem em São Jorge – olha que lugar lindo!

O Que Levar para a Chapada dos Veadeiros?

Pela nossa experiência, a Chapada dos Veadeiros é, essencialmente, um destino para explorar cachoeiras e poços naturais, então esteja preparado para nadar praticamente todos os dias. Aqui está uma lista do que levamos e não nos arrependemos:

  • Sapatilha aquática: Fundamental para nadar e caminhar em áreas com pedras. Vai usar todos os dias! Escolha uma dessas opções e compre sem medo.
  • Snorkel e Case à prova d’água: Nós levamos e foi divertido usar em Cavalcante, mas se você estiver com pouco espaço na mochila, não é indispensável. O modelo do Pietro é esse e ele adora, enquanto o meu se parece com esse (mas eu não uso muito). Se quiser se aventurar e tirar fotos legais embaixo da água e dos peixinhos em alguns lugares (destaque para os poços antes da Cachoeira dos Segredos e o Complexo do Canjica), pode levar essas capinhas à prova d’água também (nunca confie 100% nisso).
  • Dinheiro e PIX: A maioria das atrações aceita pagamento via PIX e tem Wi-Fi na portaria apenas para esse intuito (obrigado, Starlink). Leve apenas um pouco de dinheiro em espécie (cerca de R$ 500) para emergências, como por exemplo, caso o local esteja sem sinal de internet, mas não precisa carregar muito.
  • Roupas para trilhas: Não leve roupas de praia, pois você passará a maior parte do tempo em trilhas e exposto ao sol. Uma blusa de manga longa com proteção UV será sua melhor amiga, e você provavelmente usará todos os dias para evitar marcas de sol. Além disso, é essencial usar aqueles chapéus que protegem o pescoço, como por exemplo esses aqui, baratinhos mesmo.
  • Roupas versáteis: O Pietro usou praticamente apenas duas trocas de roupas: uma para o aeroporto, ficar em casa e sair à noite, e outra para as trilhas (shorts de nadar e camisa de manga longa, que ele usava para nadar e caminhar, já que ela secava rápido). Ou seja, no máximo com umas quatro trocas de roupa você terá o suficiente, basta lavá-las quando estiver em sua hospedagem. A blusa de manga longa dele é parecida com essa.
  • Bota de trilha: Essencial para caminhar nas trilhas longas e garantir segurança em terrenos irregulares. Somos suspeitos a falar pois gostamos bastante das botas da marca Vento. Inclusive, no site oficial deles vocês podem usar nosso cupom MOXILEIRA para ter 10% de desconto! Diria que o modelo Finisterre é o mais popular, mas pagando um pouco mais caro você pega a Titã, que é uma Finisterre “melhorada” com proteção na ponta dos dedos para você poder chutar pedras sem dó à vontade. 😂️
  • Meias confortáveis: Invista em boas meias de caminhada para evitar bolhas durante as trilhas. Essas meias da Selene são uma boa opção.
  • Saco estanque: Para proteger seus pertences da água, não precisa nem ser necessariamente aqueles sacos estanques. Essas bolsinhas impermeáveis são suficientes para manter secos seus pertences mais valiosos dentro da mochila.
  • Remédios pessoais: Não se esqueça de levar os remédios que costuma usar e qualquer outro medicamento de emergência que possa precisar. Falamos mais extensivamente sobre o assunto nesse post.
  • Mochila de ataque: Pense que, além da mochila com todos os seus pertences, você vai sair durante o dia e precisará de uma bolsa para levar água, alimentos, remédios e afins. O ideal seria uma mochila de 15 a 30 litros e com barrigueira (que a torna bem mais confortável para longas caminhadas, tirando o peso de sua coluna).
  • Carregador portátil: Esse é um item que todo viajante precisa ter, de preferência um modelo de 20.000mAh como esse. Você não vai querer ficar sem bateria, seja para poder tirar fotos ou para conseguir se localizar caso esteja fazendo as trilhas sem guia.

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Quanto Custa uma Viagem para a Chapada dos Veadeiros e Como Economizar?

Uma das principais formas de economizar na Chapada dos Veadeiros é viajando com amigos. Algumas cachoeiras, como Santa Bárbara, Capivara, Candaru (R$ 200) e o Complexo Canjica (R$ 300), exigem a contratação de um guia. A boa notícia é que esses custos podem ser divididos entre um grupo de até 6 ou 7 pessoas. Para encontrar guias, basta se dirigir ao Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de cada cidade.

Viajar acompanhado torna o destino muito mais acessível, pois você poderá dividir os custos do guia, aluguel do carro, gasolina e até das refeições, cozinhando na hospedagem quando possível (algo que costuma estar entre as três principais fontes de gastos de toda viagem). Além disso, a Chapada dos Veadeiros é o lugar perfeito para curtir com uma turma, tornando a experiência ainda mais divertida!

Caso você esteja viajando sozinho, faça uma estimativa de cálculos e veja se vale a pena (financeiramente falando) fechar pacotes com alguma agência ou guia.

Abaixo vou deixar a média de gastos em nossa viagem por pessoa. A viagem foi de 6 pessoas e ocorreu entre 12/09/24 e 21/09/24. Alugamos dois carros, ou seja, aluguel, limpeza, estacionamentos e gasolina foram divididos entre 3. Cozinhamos em casa alguns dias, tomamos vários açaís/sorvetes e bebemos bastante cerveja. 🍻️

  • Hospedagem: R$ 550 (lembrando que, dividindo em 6, encontramos opções mais em conta). Estime R$ 40 a R$ 100 / dia / pessoa
  • Atividades: R$ 500 (entradas e guias). Estime R$ 30 a R$ 70 / dia / pessoa
  • Aluguel de Carro: R$ 460 (aluguel e limpeza). Estime R$ 1.000 a R$ 1.500 / carro
  • Alimentação, Água e Cerveja: R$ 300 (cozinhamos alguns dias). Esse valor inclui também snacks, frutas e lanches para as trilhas. Estime de R$ 15 a R$ 60
  • Restaurantes, Sorvete e Açaí: R$ 270. Estime de R$ 25 a R$ 100 / dia / pessoa
  • Traslados, Transportes e Estacionamento: R$ 320 (pau de arara, ônibus, Uber, etc). Gastos com estacionamento no Parque, Couros e Canjica
  • Gasolina: R$ 550 (não passamos por nenhum pedágio). Estime de R$ 400 a R$ 650 / carro
  • Souvenir: R$ 25 (achamos tudo bem caro, e os ímãs estão na faixa de R$ 15 – R$ 25). Outros souvenirs como plaquinhas e afins eram ainda mais caros

Sendo assim, eu e o Pietro gastamos, cada um, R$ 2.675 para 10 dias na Chapada dos Veadeiros em setembro de 2024, contratando guias apenas quando era obrigatório e fazendo a viagem em 6 pessoas.

Esse valor não inclui nossas passagens aéreas – voamos pela Azul de Campinas (VCP) até Goiânia (GYN), pagando em milhas. Convertendo pelo valor que compramos essas milhas, a ida e volta saiu por menos de R$ 300. Se quiser aprender mais sobre milhas, entre em nosso grupo de passagens e dicas.

Onde Comer na Chapada dos Veadeiros?

Conforme comentamos acima, cozinhamos em alguns dias de nossa viagem. Essa é uma ótima dica para economizar. Entretanto, também tivemos algumas oportunidades de comer em restaurantes da região. Vou mencioná-los abaixo e também colocar outras opções que lemos comentários positivos a respeito.

Não deixe de ir no restaurante Buriti em São Jorge, e de experimentar os sorvetes com os Sabores de Goiás
Não deixe de ir no restaurante Buriti em São Jorge, e de experimentar os sorvetes com os Sabores de Goiás

Onde comer em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

Passamos a maioria das noites em Alto Paraíso, que é a cidade onde você encontrará mais opções gastronômicas.

  • Brocas Lanches: comemos ali duas noites pois, além de acharmos os lanches com bom preço, eles também vendem açaí (que veio bem servido e com preço legal).
  • Pizzaria Cerrado Verde: experimentamos uma pizza neste restaurante e estava boa, mas achamos a massa muito fininha pelo valor cobrado.
  • Restaurante e Lanchonete Calunga: comida caseira com várias opções veganas e vegetarianas, além de opções de marmitex por R$ 15 e R$ 23.
  • Padaria Santa Maria: pegamos um uns salgados rapidamente nesta padaria em nosso último dia (é uma das mais movimentadas da cidade, ficando bem perto da rodoviária).
  • Quintal de Maria – Espaço Gastronômico: mais uma ótima opção para tomar café da manhã na cidade.
  • Sorveteria Sabores do Cerrado: não saia da Chapada dos Veadeiros sem experimentar os sorvetes com frutas típicas da região (especialmente se você gosta de frutas azedinhas)!

Onde comer na Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros

A pequena São Jorge tem algumas opções boas para se alimentar, porém com preços bem mais elevados do que Alto Paraíso.

  • Ohana Casa de Sanduiches: um dos melhores hambúrgueres que já comemos. Recomendo demais! Os lanches custavam na faixa entre R$ 30 e R$ 45.
  • Restaurante Buritis: um lugar que você definitivamente deve ir em sua passagem pela Chapada dos Veadeiros. O método de preparo é muito interessante, de modo que o chef Messias te atende de maneira enérgica e personalizada, preparando as massas na hora – tudo feito de maneira ágil e bem servido. Por R$ 30 você pode pegar dois pratos com quanta comida couber (ou seja, um prato + repetir outro).
  • Restaurante Sabor do Cerrado: parece ser uma boa opção, mas infelizmente estava fechado pois chegamos meio tarde. Self-service com comida caseira e saborosa, sendo que o kg sai por volta de R$ 70.
  • Sideral Burger: lanches diferentes e de qualidade. Quase fomos neste estabelecimento, mas acabamos não encontrando (fica meio escondido na esquina) e optamos pelo Ohana.
  • Pousada e Restaurante da Nenzinha: comida típica muito saborosa de acordo com comentários – galinha caipira, feijãozinho, salada, etc. Uma boa sugestão para almoçar depois das trilhas.

Onde comer em Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros

Em Cavalcante, comemos fora apenas um dia e achamos melhor cozinhar em casa para economizar. Entretanto, há também boas opções (até mais do que em São Jorge).

  • Lamirah Cozinha Árabe: estávamos afim de levar nossos amigos experimentar as famosas shawarmas árabes e encontramos este estabelecimento. A comida estava saborosa, mas o “pão” da shawarma e o atendimento deixaram a desejar um pouco. Tem estacionamento gratuito na frente.
  • Du cheff Bar e Hamburgueria: estabelecimento relativamente novo (2024), lemos comentários bem positivos!
  • Dona Preta Pastelaria e Macarrões: tem iguarias locais como o pastel de frango com pequi. Não deu tempo de visitarmos, infelizmente.
  • Encanto da Pizza: pizzaria bem famosa e com várias opções interessantes. Lota bastante e o ambiente parece bem agradável.
  • Restaurante Auriana: situando-se no quilombo Kalunga do Engenho II, a comida é feita com ingredientes locais e no fogão à lenha. Para quem gosta de turismo de base comunitária, é imperdível. Infelizmente, chegamos um pouco tarde para ter tempo suficiente de experimentar a comunidade local.

Melhores Atrações da Chapada dos Veadeiros: Valores e Informações

Depois da nossa querida tabelinha fazer muito sucesso no post sobre as atrações do Atacama, vou deixar abaixo uma versão contendo preços e informações que considero relevante para cada atração que nós visitamos. Leve em consideração que essas não são todas as atrações da Chapada dos Veadeiros, apenas as que visitamos, e que os valores podem oscilar (no caso, esses são de setembro de 2024).

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Sabemos que faltaram algumas atrações, então fique à vontade para nos enviar pelos comentários valores de outras atrações e estaremos felizes em atualizar a tabela (com seus devidos créditos) ou a seção seguinte!

CategoriaValoresObservação
Trilha dos Saltos (Amarela) no Parque NacionalEntrada R$ 45 e estacionamento R$ 30Recomendo comprar os ingressos online com antecedência. Não aceitam o pagamento em espécie
Trilhas dos Cânions (Vermelha) no Parque NacionalEntrada R$ 45 e estacionamento R$ 30Recomendo comprar os ingressos online com antecedência. Não aceitam o pagamento em espécie
Cachoeiras Almécegas I e II e São BentoR$ 70 ou R$ 40 para apenas a São BentoEsse é um ingresso caro, mas não compensa pagar R$ 40 para ir apenas na São Bento, que é a mais razoável. A Almécegas I é imperdível. Tem wi-fi para pagar no PIX e também passam cartão
Cachoeira do SegredoR$ 60É difícil chegar lá? Sim, a estrada é péssima. Mas vale a pena!
Vale da LuaR$ 40Talvez a atração mais "clichê" (para nós, uma das mais superestimadas). Tem wi-fi para pagar no PIX e também passam cartão
Jardim de MaytreaGrátisMirante muito lindo entre São Jorge e Alto Paraíso de Goiás
Cachoeira Santa BárbaraEntrada R$ 55, guia R$ 200, pau de arara R$ 10 por trechoPrecisa de guia e a mesma pessoa te leva na Santa Bárbara, Candaru e Capivara. Tem wi-fi para pagar no PIX (no CAT) e também passam cartão
Cachoeira CandaruEntrada R$ 33, guia R$ 200, pau de arara R$ 15 por trechoPrecisa de guia e a mesma pessoa te leva na Santa Bárbara, Candaru e Capivara. Tem wi-fi para pagar no PIX (no CAT) e também passam cartão
Cachoeira CapivaraEntrada R$ 33, guia R$ 200, pau de arara R$ 15 por trechoPrecisa de guia e a mesma pessoa te leva na Santa Bárbara, Candaru e Capivara. Tem wi-fi para pagar no PIX (no CAT) e também passam cartão
Mirante da Cachoeira da Ave MariaGrátisTrilha bem curta antes de chegar no mirante da Nova Aurora. Quando fomos, infelizmente a cachoeira parecia estar seca, mas parece linda quando mais volumosa
Mirante da Nova AuroraGrátisParada fácil indo para a comunidade Kalunga, fica rente à estrada e vale a pena
Complexo do CanjicaEntrada R$ 50, guia R$ 300, estacionamento R$ 20O guia é obrigatório e pode ser contratado no CAT de Cavalcante, ou tentando a sorte e entrar em outro grupo ao chegar no complexo. Tem wi-fi para pagar no PIX e também passam cartão
Catarata dos CourosEntrada grátis e estacionamento voluntário (demos R$ 20 por carro)Não deixe de contribuir com o estacionamento, são moradores locais que fazem a segurança dos carros
Complexo dos MacaquinhosR$ 50Tem wi-fi para pagar no PIX e também passam cartão

Atrações Próximas de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros

A vila de São Jorge é um bairro afastado de Alto Paraíso de Goiás. Estando praticamente ao lado da entrada principal do parque nacional, é uma das bases mais populares para explorar as belezas naturais da Chapada dos Veadeiros.

Trilha (Amarela) Saltos do Rio Preto

Fizemos essa trilha em cerca de 7 horas (2h45min em movimento), percorrendo 11 km no total com 420m de desnível positivo. É uma das principais atrações do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

O trajeto passa pelo mirante dos Saltos do Rio Preto, Cachoeira do Garimpão, Poço do Carrossel e as Corredeiras, com trechos de subida mais intensos no retorno. É uma trilha exigente – separe o dia apenas para ela -, mas muito recompensadora! Confira nosso Strava ou Wikiloc.

Quedas de Rio Preto (Trilha Amarela), com incríveis 120m! No topo esquerdo é possível ver um pedaço da Garimpão
Quedas de Rio Preto (Trilha Amarela), com incríveis 120m! No topo esquerdo é possível ver um pedaço da Garimpão

Trilha (Vermelha) dos Cânions e Cachoeira Cariocas (Carioquinhas)

Trilha tranquila de 11,4 km, leva cerca de 6h30min no total (2h40min em movimento) e perto de 130m de desnível positivo. É uma caminhada sob sol forte, com poucas sombras, então leve 2L de água e proteja-se. O percurso inclui o Cânion II, ótimo para nadar, e a Cachoeira Cariocas, uma das mais belas da região.

Atração imperdível! A Cariocas é realmente um espetáculo. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

A impressionante Carioquinhas, na Trilha Vermelha
A impressionante Carioquinhas, na Trilha Vermelha

Complexo São Bento (Cachoeiras São Bento, Almécegas I e II)

O Complexo São Bento tem ingresso de R$ 70 para as três cachoeiras ou R$ 40 apenas para a São Bento (não achamos que essa opção valha a pena). Começamos pela Almécegas II, com trilha fácil de 435 m. Depois, fomos para Almécegas I, uma das mais bonitas de todas, com 800 m de trilha. Por fim, passamos pela São Bento, ótima para nadar, mas estava cheia. Apesar de caro, vale a pena pagar o ingresso completo, especialmente pela Almécegas I.

No total, caminhamos 3,5 km, com 170 de desnível positivo, 55 minutos em movimento e passamos 4 horas no complexo. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

À esquerda sou eu pleníssima na Almécegas I, e à direita é a São Bento, que estava bem lotada (mas segundo o Pietro era uma das melhores para Pular)
À esquerda sou eu pleníssima na Almécegas I, e à direita é a São Bento, que estava bem lotada (mas segundo o Pietro era uma das melhores para Pular)

Cachoeira do Segredo

A estrada até a Cachoeira do Segredo é ruim, com trechos de areia e algumas pontes de madeira. Se for em comboio, tome cuidado pois os carros levantam muita poeira e às vezes é preciso parar o carro e esperar a poeira baixar. Usamos um Mobi 1.0 em setembro de 2024 e, como a estrada é de terra, é necessário um carro mais alto. O Google Maps ajuda até certo ponto, mas ainda faltam alguns quilômetros de estrada, levando cerca de 45 minutos saindo de São Jorge.

A trilha é tranquila, com cerca de 2 km sob sombra e o restante exposto ao sol. Passamos por dois bons pontos para nadar, com água cristalina e bem gelada. A cachoeira é deslumbrante, com um grande poço para nadar. No entanto, há um cordão que limita o acesso, pois a área próxima à queda é perigosa.

O ingresso custa R$ 60 por pessoa, e a caminhada totalizou 7 km, com 265 m de desnível positivo. Fizemos a trilha em 1h25min de movimento e 3h40min no total. Vale a pena ir cedo para aproveitar melhor a atração ou combiná-la com o Vale da Lua no período da tarde. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

A belíssima Cachoeira do Segredo
A belíssima Cachoeira do Segredo (vista por uma águia)

Vale da Lua

Chegamos no Vale da Lua com um Mobi 1.0 sem dificuldades. A entrada custa R$ 40, e a portaria fecha às 16:15, permitindo ficar até às 17h. A trilha é curta, cerca de 1,5 km, praticamente toda em descida, com um belo mirante no caminho, mas a volta é toda subida.

Há dois bons poços para nadar e formações rochosas impressionantes. Vale a pena, mas é bom ir sem muitas expectativas. Ficamos 2h no local, com 20 minutos de movimento e 55m de desnível positivo. Visitamos a atração no mesmo dia da Cachoeira do Segredo. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

Mirante Jardim de Maytrea

Com uma vista deslumbrante das planícies e montanhas da região, o Jardim de Maytrea é um local de paz e contemplação. Perfeito para apreciar o nascer ou o pôr do sol, é um ponto fotográfico gratuito rente à estrada entre Alto Paraíso e São Jorge. Há espaços para estacionar alguns carros no acostamento. Para rápida de uns 15 minutos. Descendo o acostamento pela pequena trilha de alguns metros, a placa danificada quase passa despercebida.

Jardim de Maytrea e Vale da Lua
Jardim de Maytrea e Vale da Lua

Cachoeira do Abismo (Mirante da Janela)

A Cachoeira do Abismo (Mirante da Janela) é uma trilha desafiadora, especialmente pela subida íngreme na volta. A cachoeira estava seca devido à falta de chuva, então resolvemos pular esta trilha, que tem cerca de 6 km e exige bom preparo físico, com muitos desníveis e pedras. O visual do mirante, com pedras empilhadas e uma vista incrível, parece valer o esforço (quando a cachoeira está lá). A entrada custa R$ 50 (2024), e lemos que o acesso é difícil, especialmente em carro baixo.

Cachoeira Raizama

A Cachoeira Raizama é bem popular, com trilha de 3 a 5 km de dificuldade média, ideal para quem quer um passeio tranquilo. A entrada custa R$ 40 (2024) e oferece belos cânions, quedas d’água e piscinas naturais. A água é ótima para nadar, e o local é perfeito para relaxar. Atravessar o córrego é fácil, mas atenção com crianças, pois sair da trilha pode ser perigoso. Ideal para quem busca natureza e descanso. Não fizemos esta trilha por falta de tempo.

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Cachoeiras Cordovil, Rodeador, Encontro e Poço das Esmeraldas

A entrada para as cachoeiras custa R$ 60 (2024). A trilha de 6 km é tranquila, com vários pontos para nadar (mas não para pular – há muitas pedras). A Cachoeira do Cordovil e o Poço das Esmeraldas são os destaques, sendo necessário bom calçado para descer até o poço. Na época de seca, a água é reduzida e lemos que definitivamente não vale a pena ir, mas, na época chuvosa sim. A Cachoeira do Rodeador é fechada de novembro a fevereiro.

Atrações Próximas de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

Alto Paraíso de Goiás é o ponto de partida para muitos dos cartões-postais da Chapada dos Veadeiros. Nesta cidade, você encontrará a melhor infraestrutura, com mais opções de hospedagem, supermercados e restaurantes, além de estar bem localizado para visitar as atrações da região.

Cataratas dos Couros, Almécegas 1000 e Cachoeira da Muralha

A Cataratas dos Couros é uma das cachoeiras mais impressionantes da Chapada dos Veadeiros. O acesso é desafiador e estávamos receosos, pois lemos muitas pessoas recomendando um veículo 4×4 devido à estrada de terra, que pode ser difícil, especialmente em períodos chuvosos, mas, fomos no período de seca (setembro/24) e chegamos sem nenhum problema com um Mobi 1.0. São cerca de 46 km de estrada a partir de Alto Paraíso, levando por volta de 50 minutos.

A trilha, classificada como moderada, tem uma extensão de 4,5 km (ida e volta), com subidas e descidas íngremes (170m de desnível positivo), algumas áreas com cordas, e rochas escorregadias – deve-se tomar muito cuidado. No entanto, o visual é deslumbrante, com quedas d’água absurdas e a força da natureza em sua máxima expressão. Não há cobrança de entrada, apenas uma contribuição voluntária para o estacionamento (nós demos R$ 20 por carro). Recomenda-se evitar o local ou até mesmo a contratação de um guia em época de chuvas, e sempre é bom levar água e lanches. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

Cataratas dos Couros e Cachoeira da Muralha, ambas maravilhosas, mas a dos Couros foi uma das mais surpreendentes da viagem!
Cataratas dos Couros e Cachoeira da Muralha, ambas maravilhosas, mas a dos Couros foi uma das mais surpreendentes da viagem!

Complexo Macaquinhos

Este complexo está localizado a cerca de 45 km de Alto Paraíso, sendo boa parte desse trajeto de estrada de terra. O percurso é parcialmente sinalizado e acessível para veículos comuns, embora os últimos 2 km só sejam transitáveis com carros 4×4. De qualquer forma, pode-se estacionar antes de começar a descida final até a portaria e seguir a pé a partir dali, como fizemos. Fomos com um Mobi 1.0, e foi preciso muito cuidado e atenção redobrada neste último trecho. Atente-se com o que for deixar no carro, pois ele estará ao relento.

A partir da recepção (entrada R$ 50 em setembro/24), há uma trilha de cerca de 2 km que dá acesso a 10 atrações naturais. Entre os destaques estão o Poço do Jump, a Cachoeira da Caverna e a Cachoeira do Encontro, cada uma com características únicas. A trilha, com subidas e descidas, exige preparo físico e atenção, principalmente em trechos de declive acentuado.

Estrutura básica está disponível na recepção (banheiros, água e Wi-Fi para fazer PIX), mas é importante levar água e lanches. O passeio é ideal para um dia inteiro e proporciona paisagens impressionantes. Foram 8,55km de caminhada no total, desde o ponto onde paramos o carro (a cerca de 1,5km da portaria), até a última queda (Cachoeira da Caverna), e cerca de 315m de desnível positivo. Confira nosso Strava ou Wikiloc.

É possível ver várias das quedas do Complexo Macaquinhos, sendo que essa última é a Cachoeira dos Encontros
É possível ver várias das quedas do Complexo Macaquinhos, sendo que essa última é a Cachoeira dos Encontros

Cachoeira dos Anjos e Arcanjos

A estrada até a Cachoeira dos Anjos e Arcanjos tem buracos e pedras, mas é acessível com carros de passeio, como o HB20, especialmente na seca. A entrada custa R$ 30 por pessoa (2024) e o estacionamento é bem sinalizado. A trilha de 1,5 km é de nível médio, com trechos íngremes e pedras, mas conta com cordas para auxiliar. As cachoeiras têm poços profundos ótimos para banho. Pets são permitidos, mas só podem entrar em um riacho próximo à portaria. Não visitamos o local por falta de tempo.

Cachoeira do Sertão Zen

A trilha para a Cachoeira do Sertão Zen é desafiadora, com 8 km de percurso, exigindo bom preparo físico, especialmente para enfrentar o calor e a falta de sombra. O Cerrado preservado oferece belas paisagens e várias oportunidades para fotos. Começar cedo é fundamental para evitar o sol forte, e levar lanternas é recomendável caso a trilha se estenda até a noite. A cachoeira, com águas mornas, é a recompensa após o esforço. Não visitamos o local por falta de tempo.

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Cachoeiras dos Cristais, Água Fria e Véu de Noiva (Complexo dos Cristais)

O Complexo dos Cristais é um destino com diversas cachoeiras, como o Véu de Noiva, que se destaca pela beleza e fácil acesso, ideal para banhos revigorantes. A trilha que leva até as cachoeiras é curta e com boas paradas, mas requer cuidado com descidas íngremes. O Poço da Vovó é acessível para famílias e crianças, enquanto a Água Fria exige preparo físico, com uma trilha desafiadora e sem sinalização. O local conta com boa infraestrutura, incluindo restaurante, áreas de descanso e piscinas naturais, com entrada de R$ 40, oferecendo uma experiência completa para os amantes da natureza e aventura. Não visitamos este complexo por falta de tempo, mas era uma de nossas opções.

Cachoeira das Loquinhas

O local é uma fazenda com diversos poços de águas cristalinas e pequenas quedas d’água, localizada próxima à cidade de Alto Paraíso. O acesso ao local custa R$ 50 por pessoa. A trilha é curta e fácil, com boa infraestrutura como pontes de madeira, sendo adequada até mesmo para crianças e idosos. Há mais de 10 poços para banho, com diferentes profundidades e características, sendo os mais populares os poços do Xamã e do Sol. Apesar da boa infraestrutura e acessibilidade, o local pode ficar lotado, especialmente nos horários de pico. O valor de entrada foi considerado alto por alguns visitantes nos relatos em que lemos (não visitamos esta atração). Também lemos para tomar cuidado em dias de chuva!

Atrações Próximas de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros

A pequena Cavalcante é conhecida por abrigar algumas das cachoeiras mais incríveis da Chapada dos Veadeiros, como a icônica Santa Bárbara. Menos movimentada do que outras regiões, a cidade oferece uma experiência mais tranquila e autêntica, com uma verdadeira imersão na cultura local.

Cachoeira Santa Bárbara

A cachoeira Santa Bárbara é uma das atrações mais conhecidas da Chapada dos Veadeiros. Ela possui uma água cristalina e azul belíssima. O acesso à cachoeira é através do quilombo Kalunga Engenho II, a cerca de 1h 30min de estrada de terra desde Cavalcante (leia a seção de otimizações do roteiro para uma dica valiosíssima que adoraríamos ter considerado quando fomos para lá). Apesar da estrada de terra cheia de costeletas de vaca, não há nenhum trecho crítico e chegamos com um Mobi 1.0 sem nenhum problema.

Deve-se ir até o CAT (Centro de Atendimento ao Turista), onde é cobrada uma taxa de entrada por pessoa (R$ 55) e um guia local obrigatório (R$ 200 por grupo de até 6 pessoas, válido para o dia todo, ou seja, pode-se ir com o mesmo guia na Candaru e Capivara). Então, o carro deve ser estacionado em uma área com alguns vendedores ambulantes, e ali é preciso pegar um transporte (“pau de arara”) que custa R$ 20 por pessoa (total ida e volta, valor pago diretamente ao motorista). Ou seja, visitar essa cachoeira vai custar entre R$ 108 e R$ 275 (!), a depender de quantas pessoas você estiver junto para dividir o valor do guia.

Obs: não esqueça de comprar e provar os docinhos locais deliciosos vendidos no CAT!

Depois de toda essa jornada, a trilha em si é bem tranquila e sinalizada (mas isso é indiferente, dado que é obrigatório contratar um guia local). Começamos a trilha às 10h e chegamos na cachoeira perto das 11 da manhã e o sol foi iluminando-a perfeitamente, então recomendo esse horário. Ao longo do dia, o local fica mais cheio e a água pode ficar um pouco turva. O tempo máximo permitido na cachoeira é de 1 hora.

Após a visita à cachoeira, é possível comprar um almoço preparado pela comunidade local, com opções de pratos típicos feitos no fogão a lenha (infelizmente, não pudemos experimentar). Essa é uma experiência complementar muito valorizada pelos visitantes e pessoas que já foram para lá. Sendo assim, é uma atração imperdível em minha opinião, apesar do custo um pouco elevado e dificuldade para acessá-la.

Foram cerca de 3,6 km de trilha (ida e volta) e 80m de desnível positivo, de modo que levamos 50 minutos em movimento (2h20min no total, desde o estacionamento). Confira nosso Strava ou Wikiloc.

Olha só a cor da água da Cachoeira Santa Bárbara
Olha só a cor da água da Cachoeira Santa Bárbara 🤏️

Cachoeira Candaru

A cachoeira Candaru é outra das atrações famosas do território Kalunga, localizada a cerca de 27 km de estrada de terra após Cavalcante. Deve-se fazer o mesmo processo que descrevi acima: ir até o CAT, pagar pelo ingresso (R$ 33 por pessoa) e também contratar um guia local (R$ 200 para um grupo de até 6 pessoas, mas se você já pagou pelo guia para ir em outra cachoeira, não precisa pagar novamente).

O carro fica estacionado ali no CAT mesmo, de modo que um transporte (pau de arara, R$ 30 por pessoa ida e volta) o levará até o início da trilha. Essa estrada de terra foi uma das coisas mais absurdas que já vimos – não à toa o caminhão que faz esse trajeto quebrou e acabamos perdendo a Cachoeira da Capivara por conta do atraso (ele vai e volta em cerca de 30 a 40 minutos, e precisa ficar esperando sua vez).

A trilha é bem curta mas com trechos moderadamente íngremes. Chegando na cachoeira, vê-se uma queda d’água de dois andares e um belo lago – é incrível! A água é muito gelada, especialmente no inverno, quando a cachoeira fica exposta ao sol apenas até as 15h. Nós não tínhamos expectativas depois de visitar a Cachoeira Santa Bárbara, e fomos surpreendidos pela beleza natural da Candaru.

No total, percorremos perto de 1,15 km de trilha (ida e volta) e 40m de desnível positivo, levando menos de 20 minutos em movimento e 1h40min desde o começo da trilha, contando o tempo que ficamos lá. Confira nosso Strava ou Wikiloc. Nos apressamos para voltar logo e dar tempo de ir na última cachoeira mas, como disse acima, o caminhão quebrou e acabou não adiantando correr. Ou seja: deixe a Candaru por último.

A Cachoeira Candaru na Chapada dos Veadeiros tem duas quedas grandes
A Cachoeira Candaru na Chapada dos Veadeiros tem duas quedas grandes

Cachoeira Capivara

A Cachoeira Capivara é uma bela atração localizada na comunidade quilombola Kalunga. O acesso à cachoeira é feito por uma trilha de nível médio a difícil, com trechos íngremes e pedregosos. Apesar da dificuldade da trilha, a cachoeira é considerada uma das mais belas da região, com águas cristalinas e uma visão incrível do cânion.

O ingresso para visitar a cachoeira custa R$ 33 e é obrigatório contratar um guia local. No entanto, se você já tiver contratado um guia para outras cachoeiras da região, como a Cachoeira Santa Bárbara ou Candaru, não será necessário pagar novamente.

Recomenda-se visitar a cachoeira entre segunda e quinta-feira, para evitar a grande quantidade de visitantes nos finais de semana. Nós infelizmente perdemos esta atração pois o caminhão que leva até a Cachoeira Candaru quebrou no caminho. Sendo assim, recomendo fazer essa cachoeira antes e deixar a Candaru por último. Nossa única felicidade no caso foi ter visto a cachoeira Capivara através do drone (subimos ele enquanto estávamos esperando o caminhão que havia quebrado).

Só deu para ver a Capivara à distância com o drone enquanto aguardávamos pelo caminhão quebrado
Só deu para ver a Capivara à distância com o drone enquanto aguardávamos pelo caminhão quebrado 🥲️

Mirante da Nova Aurora

O Mirante Nova Aurora é um ponto de observação localizado entre as cidades de Cavalcante e a comunidade quilombola Kalunga. Ou seja, você inevitavelmente passará por ali caso vá para as famosas atrações próximas de Cavalcante, como as Cachoeiras Santa Bárbara, Canduru, Capivara ou os complexos Canjica ou do Prata.

Este mirante gratuito oferece uma vista panorâmica e bela do parque, sendo um ótimo local para tirar fotos. Apesar de não haver nenhuma estrutura de apoio, o acesso ao mirante é bastante fácil, com bastante espaço para estacionar e fica rente à estrada, sem necessidade de desvios. Há um painel com mapa e informações no mirante.

Esta é uma parada rápida mas muito válida, seja no nascer ou no pôr-do-sol, e até mesmo se já tiver anoitecido completamente – a quantidade de estrelas no céu é um show à parte, e o vale iluminado pela luz da lua também fica espetacular.

O mirante fica bem naquela curva cheia de carros e parte da vista é essa à direita
O mirante fica bem naquela curva cheia de carros e parte da vista é essa à direita

Complexo do Canjica: Poço do Buriti, Poço Águas Lindas e Cânions

O Complexo Canjica, na região da Chapada dos Veadeiros, é um destino de beleza impressionante, repleto de cachoeiras de águas cristalinas e poços refrescantes. São cerca de 75 km de estrada de terra saindo de Cavalcante, com trechos cheios de buracos e poeira na seca, ou lama e valetas no período chuvoso. Apesar disso, carros de passeio conseguem chegar – nós fomos com um Mobi 1.0 e, tirando o trecho final, o resto da estrada foi tranquilo (as muitas costeletas de vaca enchem o saco).

A contratação de um guia é obrigatória, custando entre R$ 300 e R$ 400 por grupo de até 7 pessoas (eles falam 6, mas outra pessoa foi conosco e o guia aceitou numa boa). É possível se juntar a outros grupos diretamente no local, mas precisa contar com a sorte. Pagamos R$ 300 para um guia que encontramos no CAT de Cavalcante (ele foi conosco em um dos carros). Saia o mais cedo possível da cidade.

A trilha é tranquila, mas pode ser exaustiva devido ao sol intenso. São muitas paradas para se refrescar, o que ajuda a tornar o passeio mais leve. A duração média é de 7 a 8 horas horas. Leve lanches, água, dinheiro ou PIX (eles têm uma Starlink), e quando fomos estavam vendendo alguns refrigerantes e água gelada.

O percurso começa com uma longa descida, parando rapidamente no maravilhoso Poço do Buriti, depois seguindo para o Poço Águas Lindas, Poço Encanto, Poço Esmeralda, e vários cânions adentro culminam finalmente na famosa cachoeira da borda inifinita. No caminho vimos até uma vereda de capim amarelo! O que nos incomodou é que infelizmente o guia não controlou muito bem o tempo e não deu tempo de visitarmos a Cachoeira Canjica, que dá o nome ao local. Isso realmente nos chateou, mas, fazer o quê. Para não cometer o mesmo erro que ele, saia da borda infinita no máximo até às 15:30.

Foram 7,75 km e 220m de desnível positivo percorridos em 2h em movimento (mas no total, passamos o dia todo lá – ficamos mais de 6 horas). Confira nosso Strava ou Wikiloc. O Canjica foi uma dica da querida Janaína, sempre presente em nossos grupos de viagens gratuitos no WhatsApp!

No Complexo do Canjica estão algumas das águas mais azuis que vimos nessa viagem!
No Complexo do Canjica estão algumas das águas mais azuis que vimos nessa viagem!

Complexo do Prata

O Complexo do Prata, próximo a Cavalcante, é um destino impressionante na Chapada dos Veadeiros, conhecido por suas cachoeiras de águas cristalinas, como a Cachoeira Rei do Prata, de um verde esmeralda deslumbrante. A trilha é desafiadora, podendo chegar a 14 km (ida e volta) e tem vários pontos para banho, sendo o passeio uma imersão na natureza que pode durar o dia inteiro.

O acesso ao complexo é feito por estradas de terra, recomendando-se veículos altos – mas lemos que é possível chegar com carro baixo. Considerando que fica perto do Complexo Canjica, na qual fomos de Mobi 1.0, temos uma noção de como é boa parte da estrada. O custo em outubro de 2023 era de R$ 100 por pessoa (R$ 64 na primeira portaria e R$ 60 na segunda), além da contratação obrigatória de guias, com preços médios de R$ 350 a R$ 400 para grupos de até seis pessoas. Pode-se encontrar guias facilmente no CAT de Cavalcante.

Para quem busca uma experiência completa, há hospedagem simples e acolhedora no local, com muitos comentários positivos a respeito da hospitalidade dos anfitriões. Nós definitivamente teríamos dormido lá se soubéssemos como era a estrada de Cavalcante até o Complexo Canjica ou as cachoeiras Santa Bárbara, Candaru e Capivara. Isso porque fica muito cansativo fazer esse bate e volta – são 1h30min a 2h de estrada de terra até essas atrações, ou seja, de 3 a 4 horas por dia de estrada (e geralmente em dias consecutivos), fora o cansaço das trilhas durante o dia todo.

Sendo assim, a dica é: se for conhecer o Complexo Canjica, do Prata e o quilombo Kalunga, considere dormir no Complexo do Prata. Infelizmente, tivemos que escolher entre Canjica e Prata, então não deu tempo de conhecermos o Complexo do Prata, mas todos os comentários que lemos a respeito do local foram positivos.

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Fazenda Veredas e Cachoeira Veredas

A Fazenda Veredas possui diversas cachoeiras lindas, sendo a principal a Cachoeira Veredas. Há diversos pontos de banho e a paisagem é deslumbrante. O guia local fornece uma ótima explicação sobre o local e mostra vídeos de drone que ajudam a entender o percurso. A infraestrutura da trilha é considerada boa, com uma passarela metálica ancorada nas paredes do cânion e nas pedras do rio, com escadas e rampas. O acesso não é tão simples, especialmente para a parte superior, que requer um veículo 4×4 adequado – caso não tenha, precisará estacionar antes e fazer a Trilha dos Escravos, que lemos que é uma subida bem cansativa. O valor de entrada é de R$75 por pessoa. Nós não visitamos esta atração, então essas informações foram de relatos que lemos.

Cachoeira Poço Encantado

Localizado a cerca de 50km de Alto Paraíso de Goiás, o acesso é feito por estrada de asfalto e terra em boas condições, com estacionamento amplo e fácil, além de portaria organizada. A cachoeira é um lugar agradável, com muitas famílias e crianças, pois o acesso/trilha da entrada até o poço é bem fácil, com menos de 500 metros. O local é recomendado para qualquer idade, contando com a presença de dois salva-vidas. O poço tem água cristalina em alguns pontos, com profundidade de até 8 metros no meio, e fundo cristalino com muitos peixes nos pontos mais rasos. Há sombra, embora não muita, sendo possível encontrar um lugar confortável. O acesso do asfalto até a entrada é de 500/600 metros de estrada de terra muito boa, e da entrada até o poço a caminhada é leve e bem estruturada, acessível até para idosos e crianças.

No entanto, alguns visitantes acharam o valor do ingresso (R$60,00 por pessoa) caro, considerando que não há outras atrações além da cachoeira. Além disso, lemos que a comida no restaurante local não foi tão apreciada por conta da demora no atendimento e preços altos, e não é permitido entrar com bebidas no local. Fica entre Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, e nós não visitamos.

Sugestões de Roteiro para a Chapada dos Veadeiros

Roteiro de 5 dias na Chapada dos Veadeiros

Uma opção seria fazer as trilhas mais “clássicas”:

  • Dia 1: Chegar cedo em Brasília, visitar as Cachoeiras dos Couros, e pernoitar em Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 2: Ir à Cachoeira do Segredo e ao Vale da Lua, passando pelo Jardim de Maytrea, e pernoitar em São Jorge.
  • Dia 3: Fazer a Trilha Vermelha no Parque Nacional (Cânions e Cachoeira Cariocas) e pernoitar em São Jorge.
  • Dia 4: Fazer a Trilha Amarela no Parque Nacional (Saltos do Rio Preto) e pernoitar em São Jorge.
  • Dia 5: Retorno para Brasília.

Mas, uma alternativa também interessante seria focar em atrações espetaculares (mas mais distantes):

  • Dia 1: Chegar cedo em Brasília, visitar as Cachoeiras dos Couros, e pernoitar em Cavalcante.
  • Dia 2: Passar o dia no Complexo do Prata e pernoitar no local.
  • Dia 3: Visitar o Complexo Canjica e pernoitar no Prata novamente.
  • Dia 4: Conhecer a Comunidade Kalunga, incluindo as Cachoeiras Santa Bárbara, Capivara e Candaru, e pernoitar em Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 5: Retorno para Brasília.
Algumas das atrações que você verá nessa segunda opção de roteiro na Chapada dos Veadeiros
Algumas das atrações que você verá nessa segunda opção de roteiro na Chapada dos Veadeiros

Roteiro de 7 dias na Chapada dos Veadeiros

Nesse caso, daria para fazer uma mistura dos dois roteiros acima:

  • Dia 1: Chegar cedo em Brasília, visitar as Cachoeiras dos Couros, e pernoitar em Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 2: Conhecer a Cachoeira do Segredo e o Vale da Lua, passando pelo Jardim de Maytrea, e pernoitar em São Jorge.
  • Dia 3: Fazer a Trilha Vermelha no Parque Nacional (Cânions e Cachoeira Cariocas) e pernoitar em São Jorge.
  • Dia 4: Fazer a Trilha Amarela no Parque Nacional (Saltos do Rio Preto) e pernoitar em Cavalcante.
  • Dia 5: Visitar o Complexo do Prata, passar o dia e pernoitar no local.
  • Dia 6: Explorar o Complexo Canjica ou as atrações da Comunidade Kalunga (cachoeiras Santa Bárbara, Candaru e Capivara), e pernoitar em Cavalcante ou Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 7: Retorno para Brasília.

Nosso Roteiro de 10 dias na Chapada dos Veadeiros

Aproveito também para deixar nosso roteiro realizado em setembro de 2024, quando viajamos com alguns amigos (6 pessoas no total). Mudaríamos poucas coisas nesse roteiro – deu para aproveitar bem e fazer tudo com muita tranquilidade!

  • Dia 1: Chegada em Goiânia (idealmente você deve chegar em Brasília), ônibus para Brasília, aluguel de carro em Brasília, ida até Alto Paraíso de Goiás (compras no supermercado e encher o tanque) e pernoite em São Jorge.
  • Dia 2: Trilha (amarela) dos Saltos do Rio Preto no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e pernoite em São Jorge.
  • Dia 3: Trilha (vermelha) dos Cânions e Cachoeira Cariocas e pernoite em São Jorge.
  • Dia 4: Complexo São Bento (cachoeiras São Bento, Almécegas I e II), mirante do Jardim de Maytrea e pernoite em São Jorge.
  • Dia 5: Cachoeira do Segredo, Vale da Lua e pernoite em Cavalcantes.
  • Dia 6: Comunidade Kalunga, cachoeiras Santa Bárbara e Candaru e pernoite em Cavalcantes.
  • Dia 7: Complexo do Canjica e pernoite em Cavalcantes.
  • Dia 8: Cachoeiras dos Couros (Almécegas 1000 e Muralha) e pernoite em Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 9: Complexo do Macaquinho e pernoite em Alto Paraíso de Goiás.
  • Dia 10: Retorno até Brasília para devolução do carro, ônibus para Goiânia e vôo de volta para Campinas.
Viajar é bom, mas viajar com amigos é ainda melhor!
Viajar é bom, mas viajar com amigos é ainda melhor!

Dicas para Otimizações

Para aproveitar ao máximo sua viagem e evitar contratempos, seguem algumas sugestões baseadas em nossa própria experiência de visita à Chapada dos Veadeiros.

Chegue pelo Aeroporto de Brasília

Se você não é da região, opte pelo Aeroporto de Brasília como ponto de partida para a Chapada dos Veadeiros. Ele é a melhor escolha devido à proximidade e acessibilidade. Evite comprar passagens para o aeroporto de Goiânia, como fizemos para economizar, o que nos custou quase 4 horas extras de estrada desnecessária (além de gastos).

Planeje a Localização das Atrações no Mapa

Muitas atrações estão entre Alto Paraíso e São Jorge. Organize os passeios por região e considere alternar hospedagens entre as cidades para evitar deslocamentos longos e cansativos.

Faça um Roteiro de 11 Dias

O período de nossa viagem (12 a 21 de setembro) foi quase perfeito, sendo o dia 12 usado para ir e o dia 21 para voltar – ou seja, 8 dias de roteiro completos, e 10 dias no total -, mas faltou tempo para conhecer o Complexo do Prata. Um dia extra daria a flexibilidade necessária para explorar essa atração. Sendo assim, 11 dias é a quantidade ideal, em minha opinião!

Durma no Complexo do Prata

Considere passar uma ou duas noites no Complexo do Prata. A quantidade de noites dependerá das atrações que pretende visitar:

  • Se for para apenas uma atração, um bate e volta de Cavalcante não é má ideia.
  • Entretanto, para duas atrações, acho que vale a pena dormir duas noites no Complexo do Prata. Vá para lá na noite anterior da primeira atração.
  • E mesmo se for conhecer as três atrações – Complexo do Prata, Canjica e a Comunidade Kalunga -, eu acho que também ficaria duas noites. A primeira seria na noite anterior da primeira atração; e no último dia faria as atrações da Comunidade Kalunga e ao invés de voltar para o Prata, tocaria diretamente para Alto Paraíso.

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Deixe a Cachoeira Canduru por Último

Se for visitar o Quilombo Kalunga e incluir a Cachoeira Canduru, priorize outras atrações antes. O transporte até o início da trilha da Canduru é feito por caminhões simples, e problemas mecânicos na estrada ruim podem atrasar o cronograma. Na nossa visita, isso resultou em mais de uma hora de espera e impossibilidade de visitar a Cachoeira Capivara.

Almoce no Quilombo Kalunga

Planeje chegar ao Quilombo cedo para aproveitar a gastronomia local, famosa por pratos típicos deliciosos. Nossa experiência mostrou que o atraso para chegar resultou na impossibilidade de desfrutar a refeição e, mesmo assim, no fim acabamos não conseguindo conhecer a Cachoeira Capivara.

Saia Mais Cedo para os Passeios

Embora não tenhamos saído tão tarde, percebemos que sair por volta das 7 ou 8 horas da manhã da hospedagem teria facilitado as visitas, fazendo as coisas com mais calma, aproveitando melhor os lugares, pegando um sol mais fraco durante a trilha e podendo voltar mais cedo.

Prepare Refeições Mais Nutritivas para os Passeios

Se conseguir, leve um tupperware com arroz, ovos e legumes ou macarrão. Essa dica para economizar é maravilhosa, e também torna a experiência bem mais agradável, dado que na maioria dos lugares não há infraestrutura para almoçar, por exemplo. Alternativamente, lanches rápidos como castanhas, frutas e sanduíches, podem ser ótimos para garantir energia durante as trilhas. E não se esqueça de sempre andar carregado com água suficiente (pelo menos 2L por pessoa).

Reavalie as Cidades onde vai se Hospedar para Economizar

Menos noites em São Jorge: Apesar da vibe descontraída e hippie, São Jorge tem opções de hospedagem mais caras e limitadas.

Mais noites em Alto Paraíso: Alto oferece mais variedade de hospedagem e restaurantes com preços mais acessíveis.

Troque de Hospedagem na Tarde/Noite Anterior

Tente pegar estrada e trocar de hospedagem entre cidades no dia anterior às atrações. Por exemplo, para ir de São Jorge ou Alto Paraiso até as atrações perto de Cavalcante, vá na noite anterior, pois fazer bate e volta acabam sendo muitas horas de estrada, o que fica bem cansativo.

Não Deixe de Provar os Sorvetes Típicos de Goiás

Experimente os sabores únicos da região! Sorvetes azedinhos, como cajá-manga e pequi, são refrescantes e deliciosos.

Considerações Finais

A Chapada dos Veadeiros já ganhou nossos corações. Essa viagem que fizemos foi especial para nós, pois estávamos com nossos amigos próximos – rolou até mesmo noivado!

Nossos melhores amigos noivando na Cachoeira do Garimpão (e eu assistindo de camarote sem entender nada)
Nossos melhores amigos noivando na Cachoeira do Garimpão (e eu assistindo de camarote sem entender nada)

Fica difícil escolher o que mais gostamos, mas entre os destaques, não podemos deixar de falar da Cachoeira Santa Bárbara, que impressionou pelo azul único de suas águas (nos lembrou as Blue Falls of Costa Rica).

Talvez minha atração favorita tenha sido o Complexo Canjica, por causa dos poços perfeitos para nadar. A Almécegas 1000 também foi memorável pela beleza e águas agradáveis. Já as mais geladas foram a Cachoeira do Segredo, Almécegas I e Cachoeira do Encontro, no Complexo Macaquinhos.

Mas, além dessas, outras que nos marcaram foram a Cachoeira Garimpão, dentro do parque, e a Candaru, no quilombo Kalunga. O Vale da Lua, por outro lado, apesar de legal, nos pareceu superestimado, enquanto as Cachoeiras dos Couros foram uma grata surpresa, sendo uma das atrações mais subestimadas da região. Nenhuma trilha se destacou pela dificuldade, mas diria que a mais difícil dessas que fizemos foi a dos Saltos do Rio Preto.

A Chapada é um destino extraordinário, que exige planejamento e priorização para aproveitar ao máximo suas belezas naturais. Sendo assim, espero que esse artigo te ajude a criar o melhor roteiro possível para sua viagem! Se tiver dúvidas, aproveite para entrar no nosso grupo gratuito para falar sobre destinos nacionais. Tem muita dica incrível e exclusiva rolando por lá. Comenta aí: você já conhece a Chapada dos Veadeiros?

Até a próxima!

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